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98º Podcast Mises Brasil - Carlos Vázquez Padín

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É uma pena que o ensino no Brasil ignore a riqueza histórica de nossa cultura, a começar pelo idioma. Não sei se as crianças atualmente aprendem que o português brasileiro nos foi legado pelos portugueses, mas, admitindo que sim, presumo que não lhes seja ensinado que a origem do nosso idioma é o galego-português, o idioma que remonta ao século XI e às atuais regiões da Galícia e de Portugal. Foi no século XIV que o galego-português se dividiu nas duas línguas hoje conhecidas. Essa identidade linguística comum com os galegos é a moldura para o Podcast do Instituto Mises Brasil desta semana que foi encontrar na Galícia, a região autônoma localizada no norte da Espanha, Carlos Vázquez Padín, cientista político e um intelectual ativo nos debates públicos. Leitor do site do IMB e estudioso do pensamento liberal/libertário, nesta entrevista, Carlos falou sobre o ambiente e a situação das ideias da liberdade na Galícia. “Para todos os efeitos, fazemos parte da Europa do Sul, com tudo o que isso implica em termos de ambiente político e social, e diria até mesmo intelectual, muito pouco favorável às ideias da liberdade. A Galícia é uma nação sem estado próprio. E desse ponto de vista, a liberdade é um assunto que pode ser abordado sob enfoques distintos e há de alguma maneira o enfoque da liberdade nacional e da possibilidade da secessão e, portanto, da liberdade individual. (...) Do ponto de vista libertário, Mises já mencionava na sua obra “Nação, Estado e Economia” que a liberdade nacional emana, ou deve emanar, da liberdade individual”. Autor do livro Galeguismo e liberdade, um panorama teórico e prático sobre o liberalismo/libertarianismo na Galícia, Carlos é um intelectual atuante no debate público na região e revelou nesta conversa quais são os principais problemas enfrentados pelos liberais na Galícia na defesa e divulgação das ideias da liberdade, o que, desconsideradas as especificidades culturais, são bastante parecidos aos verificados no Brasil. Também lá, é elevada a influência cultural, política e intelectual da esquerda e a intervenção do estado. Carlos não apenas exerce a função de intelectual público, mas também participa do processo político como membro da Assembléia Municipal da cidade de Tui. Ele é filiado ao Converxencia XXI, partido libertário que ajudou a fundar em 2009. Se hoje o partido, pela sua dimensão reduzida, não tem poder ou influência, nos lugares onde elegeu representantes, serve, pelo menos, como contraponto aos partidos tradicionais da esquerda e da direita espanhola que preservam a visão de que cabe ao governo ser o grande agente político e econômico.

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