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Economia

Pensaram que todos nós fôssemos como eles

18/03/2016

Pensaram que todos nós fôssemos como eles

O discurso de Dilma Rousseff durante a posse de Lula como Ministro-Chefe da Casa Civil demonstrou, de forma cabal, que ela e todos os seus apoiadores vivem em um plano de realidade imaginária.

Por isso, todas as menções que ela faz às instituições, ao respeito à lei e à democracia devem ser entendidas à luz de um profundo rompimento com o mundo real.

Há uma explicação para esse comportamento dissociado da realidade.

No livro "The End of Commitment: Intellectuals, Revolutionaries, and Political Morality", o professor Paul Hollander mostra que, nos países comunistas, os defensores fervorosos do regime tinham uma "capacidade elástica de tolerar ou recusar determinadas ações políticas ou transgressões morais", e que essa tolerância era determinada por aquilo que servia ou não ao partido e ao projeto de poder.

Segundo Hollander, esses crentes políticos (que ainda existem e usam outras qualificações ideológicas e políticas) acreditam piamente que

1) suas convicções e compromissos merecem todo o apoio e dedicação;

2) os fins pretendidos são realizáveis e os meios usados na sua procura, quaisquer que sejam, são aceitáveis e moralmente perfeitos;

3) sua postura tem sempre de ser a de proteger o objetivo final contra quaisquer eventuais ameaças e ataques.

O governo do PT e todos os petistas e seus defensores construíram sua própria realidade e querem encarcerar o Brasil nela. Mas não contavam com aquela parcela da sociedade que se recusa a ser reduzida à mesma estatura ética e moral deles.

O PT não é o Brasil. E o Brasil não é o PT.


Sobre o autor

Bruno Garschagen

É autor do best seller 'Pare de Acreditar no Governo - Por que os Brasileiros não Confiam nos Políticos e Amam o Estado' (Editora Record). É doutorando e Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pelo Instituto de Estudos Políticos...

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