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<p>Exatamente . Sob o conceiro de subsidio, tudo , o serviços publicos sao um subsidio. </p>
<p>Tomam dinheiro das pessoas a força. Depois no tal benefício da prestação do serviço, nao é a quem foi pagado, mas teoricamente a todos, os que nao tendo pagado, é exatamente igual como se tivessem recebido recursos de gratis, como num subsídio direto.</p>
<p>Ja pensou estudar a fundo uma ideologia sem fundamento na ciencia economica e ficar repetindo isso , que marx tava certo? </p>
<p>Ate fala bonito, pra parecer que tem autoridade e entendimento superior</p>
<p>Sei disso por que nos meus indos 18 anos , apos estudar o marquinhos e decorar cada argumento bonito , mas desprovido de base economica para passar na escola, aos meus vinte eu falava exatamente isso pr convemcer os outros a ser comunista.</p>
<p>Mas gracas a deus fui apresentado aps estudos de ciencia economica e hoje tenho ate vergonha de lembrar das parvorissses que eu ja espalhei pra defender o marcola.</p>
<p>Meu " camarada" ... voce nao falou nada que eu nao ja sei sobre marxs. Esses argumentos sao todos furados. So funcionam em quem nao sabe diferenciar quem fala pomposo dos que realmente estendem e mensuram algo sobre um assunto real.</p>
<p>Falar carvalhoissses espalhafatosas digestivas intelectuais qualquer um pode fazer. Intelectuataloides assim so tem ego de parecer inteligentes pra fazer os outros parecer ignorantes pra parecer que ganharam o debate. </p>
<p>Ufa, ainda bem que o capital imoral voltou. Seja bem vindo! Por um momento pensei que o cara estava escrevendo sério. Ingenuidade minha.</p>
<p>Excelente artigo!</p>
<p> </p>
<p><span class="name">Tucker Carioca</span> <img src="https://mises.org.br/assets/images/clock.svg" alt="" width="16" height="16" /> 27/09/2011<br />Acaso tal comunismo fosse voluntário por todos, nenhum problema haveria também, mesmo porque seria a própria expressão da liberdade; cada um poderia sair a qualquer momento acaso venha a não funcionar, o que, na prática, acaba sendo uma garantia de que deverá continuar funcionando, então todos se esforçariam igualmente; a liberdade é a própria ferramenta que faz o sistema funcionar e acalma a todos com a possibilidade de que, se não estiver bom, o combinado se desfaz. <br />O absurdo é o comunismo imposto por força de político para, obviamente, o bem dele e não das pessoas; neste caso há o problema ético da liberdade de cada um, mesmo contra sua própria vontade, ser obrigado a interagir com quem não gosta, o que sempre agrava ódios polarizações; ademais, causa á óbvia consequência de que apenas os problemas são coletivizados enquanto a riqueza é toda direcionada aos políticos e os oligarcas que giram em torno do mesmo. Todos percebem este estado de coisas, mas todos são escravos, não podendo escapar deste ciclo, sob pena de, no começo apenas aborrecimento, acaso insista medidas para retirada mais incisiva de sua propriedade (ou seja, se torna ainda mais escravo) e, no limite, a retirada completa de sua liberdade e até de sua vida, ou seja, o indivíduo sucumbindo à sociedade que alega matá-lo para o bem dele.</p>
<p>Tentarei contemplar os dois camaradas na resposta, camarada Imperion e camarada "Ex-microempresário". Vou retornar ao tópico principal do texto que pretende refutar Marx. Camaradas, o filósofo e economista Karl Marx, debruçou-se sobre todos os fundadores do CAPITALISMO lendo-os, pesquisando rigorosamente e aferindo em tempo real as contradições do capitalismo. Dedicou-se a produzir uma CRÍTICA a partir dessas contradições do sistema economico capitalista que lá no séc. 19 já saltaram aos seus olhos. </p>
<p> </p>
<p>Marx, estudou o CAPITALISMO. A principal e inacabada obra de Marx entitula-se: "O Capital". Sugiro para os camaradas, como um reforço aos estudos, pesquisarem fontes que não partam somente da crítica vazia e superficial ao pensamento marxista e até quem sabe procurar os textos marxianos, porém isso exige uma contextualização mais aprofundada e com maior esforço cognitivo por tratar-se de terminologias, contextos e ideias complexas que também pedem conhecimento histórico. Digo isso aos camaradas pois compreendo a dificuldade nos dias atuais para nos dedicarmos a estudos mais profundos sobre um tema ou outro. </p>
<p> </p>
<p>Dito isso, posso explicitar aos senhores que o pensamento marxista parte da crítica e sugere uma SUPERAÇÃO ao capitalismo. Ou seja, é assimilado materialmente que o capitalismo existe e que deve ser SUPERADO por um sistema econômico mais refinado e superior. Esse sistema econômico deve ser baseado na retomada dos meios de produção. Camarada "Ex-microempresário", quando cito:<em> "plantio do algodão, o tratamento da lavoura, a colheita, o transporte, a lavagem, transformação em bem de consumo, embalagem, transporte, armazenamento, exposição e venda"</em>, foi uma simplificação do que Marx compreendeu como "Capitalismo Primitivo", inclusive o pai do capitalismo e do liberalismo econômico Adam Smith classifica esse acontecimento histórico como "previous accumulation". Veja que este acontecimento é um fato histórico, verídico, documentado, aferível. </p>
<p> </p>
<p>O Capitalismo Primitivo é marcado por uma prática conhecida como "cercamento de terra", que é datada desde o séc. 12, porém se intensifica ao longo dos séculos até culminar nas grandes navegações que de certa forma foram os europeus procurando mais terras que eram coletivas para "cercarem". Camarada, perceba que estamos focando no processo histórico principalmente da Inglaterra que se expande por parte da europa, o berço do capitalismo. Bom, segundo pesquisas esse processo histórico de expropriação de terras até então de uso coletivo dos camponeses foi bastante violento, feito através de poderio militar, conflitos e apoiado pela igreja católica endossando o poder divino dos líderes (ideologia). Houveram muitas revoltas camponesas e lutas para que as "terras comuns" não se tornassem "propriedade privada", no entanto esse processo resultou em um grande número de camponeses migrando de maneira forçada para as cidades e vilas, agora eles já não eram donos de sua produção, não podiam comercializá-lo, por que sim: o comércio existe antes do capitalismo, agora, esses camponeses vendem sua força de trabalho para um "capitalista" que explora essa força de trabalho incluindo no calculo o LUCRO, ou seja, um fruto do trabalho que antes era do produtor agora pertence ao dono dos meios de produção (trabalho não pago, para nós marxistas), meios de produção que foram expropriados do uso comum da humanidade. Percebem alguma contradição? </p>
<p>É desse período histórico que surge a propriedade privada dos meios de produção que nós marxistas tanto falamos sobre, além disso é desse período que surge o proletariado e é desse período que emerge o capitalismo. Camarada "Ex-microempresario" talvez você conheça o termo: Esquerda Radical, pois bem, o "radical" é por que atacamos as raízes do problema o nosso materialismo é histórico e dialético, nossa base de pensamento busca as efetivas razões dos problemas seguido por possíveis soluções que dialoguem com a realidade humana no contexto em que este está inserido, afinal, sem saber o problema é impossível solucioná-lo, por isso camarada que quando você diz que "cada um dos bens de capital (meios de produção) foi pago com abstinência de consumo", acredito que seja um equívoco. Se trouxermos essa questão somente para o Brasil e com uma pesquisa rápida pesquisarmos os mais ricos de nosso país e sua árvore genealógica, poderemos reparar facilmente como o capital não é <em>"conquistado com abstinência de consumo"</em>, o verdadeiro capital não é. O conhecido como "old money" que de fato influencia na política sabe?!</p>
<p>Seguimos para a parte final camarada "Ex-empresário", você diz: <em> "(até porque todo bem de capital envolve trabalho humano na sua criação) e exige um trabalho permanente de manutenção."</em> Vou entender como "bem de capital" as ferramentas para o trabalho certo camarada? Como tratores, maquinário industrial, empilhadeiras, fornalhas, ferramentario menor e até as paredes, colunas, vigas e teto. Bom, concordo com você: todo bem de capital envolve trabalho humano na sua criação. Perfeito camarada, tudo no mundo é criado pelo trabalho, a questão para a qual chamamos a atenção é a exploração forçada do trabalho humano para criar esses bens, exploração essa realizada pelos donos dos meios de produção. E "exploração forçada" pois sem vendermos a nossa força de trabalho não sobrevivemos em uma sociedade capitalista. Uma curiosidade camarada: nós marxistas compreendemos esse ferramentário como "trabalho morto", ou seja, trabalho produzido por maquinário que podem ou não depender do "trabalho vivo", este segundo é o trabalho do movimento humano.</p>
<p>Você camarada "Ex-empresário" também diz:<em> "Ou o Guilherme acha que as máquinas que fazem o plantio e a colheita, os caminhões que fazem o transporte, as embalagens, o armazenamento, etc., surgem do nada e não geram despesas?"</em></p>
<p>Camarada "Ex-empresário", pelo contrário, eu tenho convicção que tudo é criado pelo trabalho, desde um prato de risoto até uma laje. Agora, as "despesas" seriam: salários e tributos. Bom, os dois são consequências do capitalismo. Os salários além de manterem a classe trabalhadora que é mais precarizada viva, garantindo o básico para o consumo e com alguma ilusão de poder, também servem para multiplicar o capital, pois é simples: sem consumidor a mercadoria não se realiza, o capitalista sem vender não multiplica o capital. Os tributos (impostos, vulgarmente conhecidos) são mecanismos de reformismo, para nós da esquerda radical. Reformismo que em parte é necessário para manter nossa classe, a classe trabalhadora, pelo menos viva. Através de redistribuição de renda e garantia de alguns serviços básicos para a população (em alguns países), inclusive para os capitalistas que no caso do Brasil possuem todo o sistema judiciário, policial e educacional servindo aos seus interesses, porém financiados pela classe trabalhadora que é quem mais paga tributos em nosso país. Esses reformismo podem servir para deixar a classe trabalhadora em condições básicas de se organizar (ou seja, respirando), porém, eles devem ser acompanhados de mudanças estruturais para seguirmos até a superação do capitalismo e junto com ela a extinção do estado burguês. Até por que onde existiu estado existiu tributo, em toda historiografia da humanidade que se organizou em sociedade. Sim camarada, nós marxistas propomos a extinção do estado. Sim, isso significa nenhum tributo. Porém é importante ressaltar que esse é o DESTINO que vislumbramos, mas como materialistas entendemos que existem passos a serem seguidos até a superação do capitalismo, esses passos não são um manual ou uma cartilha de soma 1+1, pelo contrário, uma superação requer uma construção coletiva, um empenho mútuo da classe trabalhadora, a classe que cria o mundo que conhecemos hoje, portanto, a classe capaz de criar o mundo que ainda não conhecemos. O processo de superação do capitalismo é chamado SOCIALISMO, e é um PROCESSO, existem disputas, avanços, erros e acertos (URSS, Cuba, Vietnã, RDA, Coreia Popular, Burkina Faso, China, etc.). Como o marxismo é um pensamento sociológico, filosófico, histórico e econômico não é controlável a maneira em que os sujeitos revolucionários irão aplicar as ideias, tendo em vista que cada povo tem suas contradições e características, por isso é necessário maior aprofundamento no que tange as maneiras que o marxismo é utilizado desde o "welfare state" até o Thomas Sankara.</p>
<p>Pois bem camarada Imperion, nenhum trabalhador deseja ser explorado, essa afirmação não é verdadeira. Nós enquanto seres humanos vivemos através do "trabalho", pense em um antepassado que precisou lascar a pedra até ela ficar afiada para conseguir separar a pele da carne de um animal, depois cortou a carne, salgou, secou ela ao sol e armazenou, a pele ele lavou, secou, recortou, costurou e fez uma proteção para seu corpo, tudo isso que ele produziu foi através do TRABALHO. Agora pense em um vilarejo no Iêmen onde um antepassado nosso cultivou café, cuidou de seu cultivo e na colheita pegou os grãos conforme iam amadurecendo, secou-os nos telhados, moeu em pilões e produziu uma bebida utilizada em seus rituais religiosos que atravessavam as noites, tudo isso foi feito através do TRABALHO. Pense em um amigo que compra no cartão de crédito um computador, faz um curso de programação, treina seus conhecimentos sem remuneração, acha um emprego como programador, desenvolve sistemas de bancos de dados, aperfeiçoamento em sistemas de segurança, etc, recebe um salário por isso e compra comida para sobreviver, tudo isso que ele produziu foi através do trabalho, porém neste último caso ele trabalhou muito mais para receber muito menos, você acha logicamente possível que alguém deseja repassar os frutos de seu esforço para outra pessoa? No caso de programadores é comum que nem escala de trabalho ou direitos trabalhistas estejam envolvidos na contratação, e isso somente por que o capitalista vive da exploração do trabalho dos outros. Sem trabalhador nada é criado, sem capitalista o fruto do trabalho é de seu criador. A única coisa que o capitalista tem é o título de posse daquela empresa que nosso amigo programador prestou serviço, quem garante ao capitalista esse título de posse de um meio de produção? O estado. Todo o aparato estatal é baseado na proteção da propriedade privada dos meios de produção, por isso, entendemos o estado como estado burguês. Desde a sua formação na Rev. Francesa e Inglesa até ao que observamos hoje com a vulgaridade em que os políticos representantes do povo se oferecem aos desejos de capitalistas, organizados em grupos empresariais, federações de setores, enfim, mudamos os políticos porém os financiadores de campanhas são os mesmos.</p>
<p>E veja camarada, nós marxistas não acreditamos na MALDADE dos capitalistas, na falta de humanidade, na brutalidade... Não meu camarada, esse é um equívoco. O capitalismo escraviza inclusive o capitalista. O capitalista é escravo do lucro, e o lucro é exatamente a exploração do trabalhador, o "trabalho não pago". Se retirarmos o lucro do capitalista e repassarmos como trabalho pago a quem realmente cria o produto, o capitalista some da equação. É claro que simplifiquei a explicação e me utilizei de situações hipotéticas, porém todas essas situações podem ser aferidas em nossa realidade.</p>
<p>Acredito que seja importante ressaltar aqui para os camaradas Imperion e Ex-microempresário que os comunistas não invadem ou roubam propriedades privadas, nossa luta é pelo fim da propriedade privada dos meios de produção. O que hoje em dia, no Brasil, significa basicamente lutar por uma reforma agrária e "ocupar, resistir e produzir!" em terras pertencentes a gigantescos latifundiários (pleonasmo), terras essas que são improdutivas. Além disso temos a luta por moradias na cidade, também baseada em ocupações de imóveis que servem a especulação imobiliária e que estão em débitos profundos com o estado, via de regra: abandonados. Fora isso, nenhum comunista irá tomar seu veículo, sua casa de dois andares, seu ipad, sua coleção de tênis, a padaria do bairro ou a farmácia. Isso é o que chamamos de "espantalho", justamente para assustar no primeiro olhar mais desatento. </p>
<p>Para finalizar, acrescento que nós marxistas entendemos o papel histórico do capitalismo para a humanidade, antes dele nossas cadeias produtivas eram um tanto precárias e nosso modo de vida rudimentar. Com as lutas da burguesia eles dominaram as forças políticas e expandiram esse poder por todo o globo, produzindo e produzindo cada vez mais até que conseguiram ultrapassar a produção necessária para toda humanidade, mas seguiram avançando de maneira inexcrupulosa e violenta sob populações inteiras, sistematizando a escravização, esgotando recursos naturais, destruindo biomas milenares de um complexidade gigantesca, ceifando vidas, muitas vidas. Hoje, o capitalismo produz morte, depressão, ansiedade, poluição, miséria, desespero, tristeza e alienação. Para muitos é mais fácil imaginar o fim da humanidade do que imaginar o fim do capitalismo. </p>
<p>Camaradas, pessoalmente é só uma questão de lógica: O sistema capitalista impõe que as produções de COMIDA devem gerar LUCRO, e literalmente jogam fora excedentes enquanto milhões de pessoas morrem por inanição e bilhões sobrevivem em insegurança alimentar. Porém o capitalismo será SUPERADO, assim como outros sistemas econômicos foram. E como Marx, no séc 19 descreveu: nós, que produziremos a SUPERAÇÃO do capitalismo poderemos nos utilizar de todo esse avanço que o capitalismo trouxe para a humanidade porém em um sistema que não nos obrigue oprimir, subjugar, escravizar e aniquilar outros seres humanos e o planeta terra. </p>
<p>O capitalismo faz parte da história da humanidade e o socialismo será construído pouco a pouco encima de suas bases, e isso quem disse foi Marx camaradas, e só então poderemos planejar um futuro comunista. Por enquanto, nós estudamos e nos informamos da melhor forma que conseguimos para podermos pensar o futuro de nossa família, amigos e da humanidade, sempre vislumbrando algo melhor.</p>
<p><strong>Trabalhar TODOS. Trabalhar MENOS. Produzir o NECESSÁRIO. Redistribuir TUDO.</strong></p>
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<p>Abraço camarada Imperion e camarada Ex-microempresário, bons estudos!</p>
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<p>Exatamente . Sob o conceiro de subsidio, tudo , o serviços publicos sao um subsidio. </p>
<p>Tomam dinheiro das pessoas a força. Depois no tal benefício da prestação do serviço, nao é a quem foi pagado, mas teoricamente a todos, os que nao tendo pagado, é exatamente igual como se tivessem recebido recursos de gratis, como num subsídio direto.</p>
<p>Ja pensou estudar a fundo uma ideologia sem fundamento na ciencia economica e ficar repetindo isso , que marx tava certo? </p>
<p>Ate fala bonito, pra parecer que tem autoridade e entendimento superior</p>
<p>Sei disso por que nos meus indos 18 anos , apos estudar o marquinhos e decorar cada argumento bonito , mas desprovido de base economica para passar na escola, aos meus vinte eu falava exatamente isso pr convemcer os outros a ser comunista.</p>
<p>Mas gracas a deus fui apresentado aps estudos de ciencia economica e hoje tenho ate vergonha de lembrar das parvorissses que eu ja espalhei pra defender o marcola.</p>
<p>Meu " camarada" ... voce nao falou nada que eu nao ja sei sobre marxs. Esses argumentos sao todos furados. So funcionam em quem nao sabe diferenciar quem fala pomposo dos que realmente estendem e mensuram algo sobre um assunto real.</p>
<p>Falar carvalhoissses espalhafatosas digestivas intelectuais qualquer um pode fazer. Intelectuataloides assim so tem ego de parecer inteligentes pra fazer os outros parecer ignorantes pra parecer que ganharam o debate. </p>
<p>Ufa, ainda bem que o capital imoral voltou. Seja bem vindo! Por um momento pensei que o cara estava escrevendo sério. Ingenuidade minha.</p>
<p>Excelente artigo!</p>
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<p><span class="name">Tucker Carioca</span> <img src="https://mises.org.br/assets/images/clock.svg" alt="" width="16" height="16" /> 27/09/2011<br />Acaso tal comunismo fosse voluntário por todos, nenhum problema haveria também, mesmo porque seria a própria expressão da liberdade; cada um poderia sair a qualquer momento acaso venha a não funcionar, o que, na prática, acaba sendo uma garantia de que deverá continuar funcionando, então todos se esforçariam igualmente; a liberdade é a própria ferramenta que faz o sistema funcionar e acalma a todos com a possibilidade de que, se não estiver bom, o combinado se desfaz. <br />O absurdo é o comunismo imposto por força de político para, obviamente, o bem dele e não das pessoas; neste caso há o problema ético da liberdade de cada um, mesmo contra sua própria vontade, ser obrigado a interagir com quem não gosta, o que sempre agrava ódios polarizações; ademais, causa á óbvia consequência de que apenas os problemas são coletivizados enquanto a riqueza é toda direcionada aos políticos e os oligarcas que giram em torno do mesmo. Todos percebem este estado de coisas, mas todos são escravos, não podendo escapar deste ciclo, sob pena de, no começo apenas aborrecimento, acaso insista medidas para retirada mais incisiva de sua propriedade (ou seja, se torna ainda mais escravo) e, no limite, a retirada completa de sua liberdade e até de sua vida, ou seja, o indivíduo sucumbindo à sociedade que alega matá-lo para o bem dele.</p>
<p>Tentarei contemplar os dois camaradas na resposta, camarada Imperion e camarada "Ex-microempresário". Vou retornar ao tópico principal do texto que pretende refutar Marx. Camaradas, o filósofo e economista Karl Marx, debruçou-se sobre todos os fundadores do CAPITALISMO lendo-os, pesquisando rigorosamente e aferindo em tempo real as contradições do capitalismo. Dedicou-se a produzir uma CRÍTICA a partir dessas contradições do sistema economico capitalista que lá no séc. 19 já saltaram aos seus olhos. </p>
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<p>Marx, estudou o CAPITALISMO. A principal e inacabada obra de Marx entitula-se: "O Capital". Sugiro para os camaradas, como um reforço aos estudos, pesquisarem fontes que não partam somente da crítica vazia e superficial ao pensamento marxista e até quem sabe procurar os textos marxianos, porém isso exige uma contextualização mais aprofundada e com maior esforço cognitivo por tratar-se de terminologias, contextos e ideias complexas que também pedem conhecimento histórico. Digo isso aos camaradas pois compreendo a dificuldade nos dias atuais para nos dedicarmos a estudos mais profundos sobre um tema ou outro. </p>
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<p>Dito isso, posso explicitar aos senhores que o pensamento marxista parte da crítica e sugere uma SUPERAÇÃO ao capitalismo. Ou seja, é assimilado materialmente que o capitalismo existe e que deve ser SUPERADO por um sistema econômico mais refinado e superior. Esse sistema econômico deve ser baseado na retomada dos meios de produção. Camarada "Ex-microempresário", quando cito:<em> "plantio do algodão, o tratamento da lavoura, a colheita, o transporte, a lavagem, transformação em bem de consumo, embalagem, transporte, armazenamento, exposição e venda"</em>, foi uma simplificação do que Marx compreendeu como "Capitalismo Primitivo", inclusive o pai do capitalismo e do liberalismo econômico Adam Smith classifica esse acontecimento histórico como "previous accumulation". Veja que este acontecimento é um fato histórico, verídico, documentado, aferível. </p>
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<p>O Capitalismo Primitivo é marcado por uma prática conhecida como "cercamento de terra", que é datada desde o séc. 12, porém se intensifica ao longo dos séculos até culminar nas grandes navegações que de certa forma foram os europeus procurando mais terras que eram coletivas para "cercarem". Camarada, perceba que estamos focando no processo histórico principalmente da Inglaterra que se expande por parte da europa, o berço do capitalismo. Bom, segundo pesquisas esse processo histórico de expropriação de terras até então de uso coletivo dos camponeses foi bastante violento, feito através de poderio militar, conflitos e apoiado pela igreja católica endossando o poder divino dos líderes (ideologia). Houveram muitas revoltas camponesas e lutas para que as "terras comuns" não se tornassem "propriedade privada", no entanto esse processo resultou em um grande número de camponeses migrando de maneira forçada para as cidades e vilas, agora eles já não eram donos de sua produção, não podiam comercializá-lo, por que sim: o comércio existe antes do capitalismo, agora, esses camponeses vendem sua força de trabalho para um "capitalista" que explora essa força de trabalho incluindo no calculo o LUCRO, ou seja, um fruto do trabalho que antes era do produtor agora pertence ao dono dos meios de produção (trabalho não pago, para nós marxistas), meios de produção que foram expropriados do uso comum da humanidade. Percebem alguma contradição? </p>
<p>É desse período histórico que surge a propriedade privada dos meios de produção que nós marxistas tanto falamos sobre, além disso é desse período que surge o proletariado e é desse período que emerge o capitalismo. Camarada "Ex-microempresario" talvez você conheça o termo: Esquerda Radical, pois bem, o "radical" é por que atacamos as raízes do problema o nosso materialismo é histórico e dialético, nossa base de pensamento busca as efetivas razões dos problemas seguido por possíveis soluções que dialoguem com a realidade humana no contexto em que este está inserido, afinal, sem saber o problema é impossível solucioná-lo, por isso camarada que quando você diz que "cada um dos bens de capital (meios de produção) foi pago com abstinência de consumo", acredito que seja um equívoco. Se trouxermos essa questão somente para o Brasil e com uma pesquisa rápida pesquisarmos os mais ricos de nosso país e sua árvore genealógica, poderemos reparar facilmente como o capital não é <em>"conquistado com abstinência de consumo"</em>, o verdadeiro capital não é. O conhecido como "old money" que de fato influencia na política sabe?!</p>
<p>Seguimos para a parte final camarada "Ex-empresário", você diz: <em> "(até porque todo bem de capital envolve trabalho humano na sua criação) e exige um trabalho permanente de manutenção."</em> Vou entender como "bem de capital" as ferramentas para o trabalho certo camarada? Como tratores, maquinário industrial, empilhadeiras, fornalhas, ferramentario menor e até as paredes, colunas, vigas e teto. Bom, concordo com você: todo bem de capital envolve trabalho humano na sua criação. Perfeito camarada, tudo no mundo é criado pelo trabalho, a questão para a qual chamamos a atenção é a exploração forçada do trabalho humano para criar esses bens, exploração essa realizada pelos donos dos meios de produção. E "exploração forçada" pois sem vendermos a nossa força de trabalho não sobrevivemos em uma sociedade capitalista. Uma curiosidade camarada: nós marxistas compreendemos esse ferramentário como "trabalho morto", ou seja, trabalho produzido por maquinário que podem ou não depender do "trabalho vivo", este segundo é o trabalho do movimento humano.</p>
<p>Você camarada "Ex-empresário" também diz:<em> "Ou o Guilherme acha que as máquinas que fazem o plantio e a colheita, os caminhões que fazem o transporte, as embalagens, o armazenamento, etc., surgem do nada e não geram despesas?"</em></p>
<p>Camarada "Ex-empresário", pelo contrário, eu tenho convicção que tudo é criado pelo trabalho, desde um prato de risoto até uma laje. Agora, as "despesas" seriam: salários e tributos. Bom, os dois são consequências do capitalismo. Os salários além de manterem a classe trabalhadora que é mais precarizada viva, garantindo o básico para o consumo e com alguma ilusão de poder, também servem para multiplicar o capital, pois é simples: sem consumidor a mercadoria não se realiza, o capitalista sem vender não multiplica o capital. Os tributos (impostos, vulgarmente conhecidos) são mecanismos de reformismo, para nós da esquerda radical. Reformismo que em parte é necessário para manter nossa classe, a classe trabalhadora, pelo menos viva. Através de redistribuição de renda e garantia de alguns serviços básicos para a população (em alguns países), inclusive para os capitalistas que no caso do Brasil possuem todo o sistema judiciário, policial e educacional servindo aos seus interesses, porém financiados pela classe trabalhadora que é quem mais paga tributos em nosso país. Esses reformismo podem servir para deixar a classe trabalhadora em condições básicas de se organizar (ou seja, respirando), porém, eles devem ser acompanhados de mudanças estruturais para seguirmos até a superação do capitalismo e junto com ela a extinção do estado burguês. Até por que onde existiu estado existiu tributo, em toda historiografia da humanidade que se organizou em sociedade. Sim camarada, nós marxistas propomos a extinção do estado. Sim, isso significa nenhum tributo. Porém é importante ressaltar que esse é o DESTINO que vislumbramos, mas como materialistas entendemos que existem passos a serem seguidos até a superação do capitalismo, esses passos não são um manual ou uma cartilha de soma 1+1, pelo contrário, uma superação requer uma construção coletiva, um empenho mútuo da classe trabalhadora, a classe que cria o mundo que conhecemos hoje, portanto, a classe capaz de criar o mundo que ainda não conhecemos. O processo de superação do capitalismo é chamado SOCIALISMO, e é um PROCESSO, existem disputas, avanços, erros e acertos (URSS, Cuba, Vietnã, RDA, Coreia Popular, Burkina Faso, China, etc.). Como o marxismo é um pensamento sociológico, filosófico, histórico e econômico não é controlável a maneira em que os sujeitos revolucionários irão aplicar as ideias, tendo em vista que cada povo tem suas contradições e características, por isso é necessário maior aprofundamento no que tange as maneiras que o marxismo é utilizado desde o "welfare state" até o Thomas Sankara.</p>
<p>Pois bem camarada Imperion, nenhum trabalhador deseja ser explorado, essa afirmação não é verdadeira. Nós enquanto seres humanos vivemos através do "trabalho", pense em um antepassado que precisou lascar a pedra até ela ficar afiada para conseguir separar a pele da carne de um animal, depois cortou a carne, salgou, secou ela ao sol e armazenou, a pele ele lavou, secou, recortou, costurou e fez uma proteção para seu corpo, tudo isso que ele produziu foi através do TRABALHO. Agora pense em um vilarejo no Iêmen onde um antepassado nosso cultivou café, cuidou de seu cultivo e na colheita pegou os grãos conforme iam amadurecendo, secou-os nos telhados, moeu em pilões e produziu uma bebida utilizada em seus rituais religiosos que atravessavam as noites, tudo isso foi feito através do TRABALHO. Pense em um amigo que compra no cartão de crédito um computador, faz um curso de programação, treina seus conhecimentos sem remuneração, acha um emprego como programador, desenvolve sistemas de bancos de dados, aperfeiçoamento em sistemas de segurança, etc, recebe um salário por isso e compra comida para sobreviver, tudo isso que ele produziu foi através do trabalho, porém neste último caso ele trabalhou muito mais para receber muito menos, você acha logicamente possível que alguém deseja repassar os frutos de seu esforço para outra pessoa? No caso de programadores é comum que nem escala de trabalho ou direitos trabalhistas estejam envolvidos na contratação, e isso somente por que o capitalista vive da exploração do trabalho dos outros. Sem trabalhador nada é criado, sem capitalista o fruto do trabalho é de seu criador. A única coisa que o capitalista tem é o título de posse daquela empresa que nosso amigo programador prestou serviço, quem garante ao capitalista esse título de posse de um meio de produção? O estado. Todo o aparato estatal é baseado na proteção da propriedade privada dos meios de produção, por isso, entendemos o estado como estado burguês. Desde a sua formação na Rev. Francesa e Inglesa até ao que observamos hoje com a vulgaridade em que os políticos representantes do povo se oferecem aos desejos de capitalistas, organizados em grupos empresariais, federações de setores, enfim, mudamos os políticos porém os financiadores de campanhas são os mesmos.</p>
<p>E veja camarada, nós marxistas não acreditamos na MALDADE dos capitalistas, na falta de humanidade, na brutalidade... Não meu camarada, esse é um equívoco. O capitalismo escraviza inclusive o capitalista. O capitalista é escravo do lucro, e o lucro é exatamente a exploração do trabalhador, o "trabalho não pago". Se retirarmos o lucro do capitalista e repassarmos como trabalho pago a quem realmente cria o produto, o capitalista some da equação. É claro que simplifiquei a explicação e me utilizei de situações hipotéticas, porém todas essas situações podem ser aferidas em nossa realidade.</p>
<p>Acredito que seja importante ressaltar aqui para os camaradas Imperion e Ex-microempresário que os comunistas não invadem ou roubam propriedades privadas, nossa luta é pelo fim da propriedade privada dos meios de produção. O que hoje em dia, no Brasil, significa basicamente lutar por uma reforma agrária e "ocupar, resistir e produzir!" em terras pertencentes a gigantescos latifundiários (pleonasmo), terras essas que são improdutivas. Além disso temos a luta por moradias na cidade, também baseada em ocupações de imóveis que servem a especulação imobiliária e que estão em débitos profundos com o estado, via de regra: abandonados. Fora isso, nenhum comunista irá tomar seu veículo, sua casa de dois andares, seu ipad, sua coleção de tênis, a padaria do bairro ou a farmácia. Isso é o que chamamos de "espantalho", justamente para assustar no primeiro olhar mais desatento. </p>
<p>Para finalizar, acrescento que nós marxistas entendemos o papel histórico do capitalismo para a humanidade, antes dele nossas cadeias produtivas eram um tanto precárias e nosso modo de vida rudimentar. Com as lutas da burguesia eles dominaram as forças políticas e expandiram esse poder por todo o globo, produzindo e produzindo cada vez mais até que conseguiram ultrapassar a produção necessária para toda humanidade, mas seguiram avançando de maneira inexcrupulosa e violenta sob populações inteiras, sistematizando a escravização, esgotando recursos naturais, destruindo biomas milenares de um complexidade gigantesca, ceifando vidas, muitas vidas. Hoje, o capitalismo produz morte, depressão, ansiedade, poluição, miséria, desespero, tristeza e alienação. Para muitos é mais fácil imaginar o fim da humanidade do que imaginar o fim do capitalismo. </p>
<p>Camaradas, pessoalmente é só uma questão de lógica: O sistema capitalista impõe que as produções de COMIDA devem gerar LUCRO, e literalmente jogam fora excedentes enquanto milhões de pessoas morrem por inanição e bilhões sobrevivem em insegurança alimentar. Porém o capitalismo será SUPERADO, assim como outros sistemas econômicos foram. E como Marx, no séc 19 descreveu: nós, que produziremos a SUPERAÇÃO do capitalismo poderemos nos utilizar de todo esse avanço que o capitalismo trouxe para a humanidade porém em um sistema que não nos obrigue oprimir, subjugar, escravizar e aniquilar outros seres humanos e o planeta terra. </p>
<p>O capitalismo faz parte da história da humanidade e o socialismo será construído pouco a pouco encima de suas bases, e isso quem disse foi Marx camaradas, e só então poderemos planejar um futuro comunista. Por enquanto, nós estudamos e nos informamos da melhor forma que conseguimos para podermos pensar o futuro de nossa família, amigos e da humanidade, sempre vislumbrando algo melhor.</p>
<p><strong>Trabalhar TODOS. Trabalhar MENOS. Produzir o NECESSÁRIO. Redistribuir TUDO.</strong></p>
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<p>Abraço camarada Imperion e camarada Ex-microempresário, bons estudos!</p>