Esse site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você concorda com suas condições.

< Home

//Todos os comentários

//Comentários

<p>A quest&atilde;o da guerra cultura &eacute; a mesma que a din&acirc;mica de grupo de pessoas em uma escola. Se vc lembrar o tempo de escola, vai perceber que existiam v&aacute;rios grupos pequenos em que o pessoal se identificava mais. Por exemplo, tinha os nerds, o pessoal do fund&atilde;o, o pessoal emo e assim por diante. E para ser aceito em um grupo vc deveria fazer o que o grupo queria se n&atilde;o estava fora. E o problema disso &eacute; que na maioria das vezes, mesmo fazendo isso, nem sempre vc era aceito pelo grupo, na verdade era at&eacute; em certo ponto humilhado.&nbsp;</p> <p>A esquerda &eacute; a mesma coisa, ou voc&ecirc; faz o que eles mandam para ser aceito e mesmo assim n&atilde;o &eacute; garantia de nada, ou vc ser&aacute; considerado um inimigo. Pode perceber que a organiza&ccedil;&atilde;o na esquerda lembra muito aquelas organiza&ccedil;&otilde;es por casta. Quem est&aacute; numa casta de baixo, &eacute; o caso da grande maioria, dificilmente ir&aacute; ascender socialmente.</p> <p>N&atilde;o estou dizendo que na direita n&atilde;o possa acontecer a mesma coisa, mas como a direita &eacute; mais descentralizada, e trava guerras entre si, e tmb &eacute; uma cultura menos vitimista, &eacute; poss&iacute;vel a ascens&atilde;o social, mas &eacute; necess&aacute;rio intelig&ecirc;ncia, aptid&atilde;o, merecimento, pois na vida n&atilde;o existe almo&ccedil;o gr&aacute;tis.</p> <p>Por exemplo, no epis&oacute;dio dos memes, enquanto a esquerda dizia que algu&eacute;m estava financiando aquele memes para atacar a imagem do ministro, pois tudo que a esquerda faz &eacute; dessa forma, a verdade &eacute; que todos aqueles memes grande parte, foi feito por pessoas comuns que simplesmente estava de saco cheio de ouvir imposto t&ocirc; santo dia e aqueles que faziam bons memes eram mais compartilhados.&nbsp;</p> <p>Ent&atilde;o essa guerra cultura &eacute; sobre uma cultura centralizada que promete mundos e fundos, mas entrega inveja e ressentimento, e uma cultura descentralizada que n&atilde;o quer fazer parte da centraliza&ccedil;&atilde;o, inclusiva h&aacute; muita briga interna, mas pelo menos vc pode aprender que &eacute; prefer&iacute;vel lutar de p&eacute;, h&aacute; viver ajoelhado!!!</p>
Taxa cultural | Resistindo à admirável cultura nova
26/07/2024
<p><span class="name">Tucker Carioca</span>&nbsp;<img src="https://mises.org.br/assets/images/clock.svg" alt="" width="16" height="16" />&nbsp;27/09/2011<br />Acaso tal comunismo fosse volunt&aacute;rio por todos, nenhum problema haveria tamb&eacute;m, mesmo porque seria a pr&oacute;pria express&atilde;o da liberdade; cada um poderia sair a qualquer momento acaso venha a n&atilde;o funcionar, o que, na pr&aacute;tica, acaba sendo uma garantia de que dever&aacute; continuar funcionando, ent&atilde;o todos se esfor&ccedil;ariam igualmente; a liberdade &eacute; a pr&oacute;pria ferramenta que faz o sistema funcionar e acalma a todos com a possibilidade de que, se n&atilde;o estiver bom, o combinado se desfaz.&nbsp;<br />O absurdo &eacute; o comunismo imposto por for&ccedil;a de pol&iacute;tico para, obviamente, o bem dele e n&atilde;o das pessoas; neste caso h&aacute; o problema &eacute;tico da liberdade de cada um, mesmo contra sua pr&oacute;pria vontade, ser obrigado a interagir com quem n&atilde;o gosta, o que sempre agrava &oacute;dios&nbsp; polariza&ccedil;&otilde;es; ademais, causa &aacute; &oacute;bvia consequ&ecirc;ncia de que apenas os problemas s&atilde;o coletivizados enquanto a riqueza &eacute; toda direcionada aos pol&iacute;ticos e os oligarcas que giram em torno do mesmo. Todos percebem este estado de coisas, mas todos s&atilde;o escravos, n&atilde;o podendo escapar deste ciclo, sob pena de, no come&ccedil;o apenas aborrecimento, acaso insista medidas para retirada mais incisiva de sua propriedade (ou seja, se torna ainda mais escravo) e, no limite, a retirada completa de sua liberdade e at&eacute; de sua vida, ou seja, o indiv&iacute;duo sucumbindo &agrave; sociedade que alega mat&aacute;-lo para o bem dele.</p>
Leandro C | O anárquico Velho Oeste não era nada selvagem
25/07/2024
<p>Tentarei contemplar os dois camaradas na resposta, camarada Imperion e camarada "Ex-microempres&aacute;rio". Vou retornar ao t&oacute;pico principal do texto que pretende refutar Marx. Camaradas, o fil&oacute;sofo e economista Karl Marx, debru&ccedil;ou-se sobre todos os fundadores do CAPITALISMO lendo-os, pesquisando rigorosamente e aferindo em tempo real as contradi&ccedil;&otilde;es do capitalismo. Dedicou-se a produzir uma CR&Iacute;TICA a partir dessas contradi&ccedil;&otilde;es do sistema economico capitalista que l&aacute; no s&eacute;c. 19 j&aacute; saltaram aos seus olhos.&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>Marx, estudou o CAPITALISMO. A principal e inacabada obra de Marx entitula-se: "O Capital". Sugiro para os camaradas, como um refor&ccedil;o aos estudos, pesquisarem fontes que n&atilde;o partam somente da cr&iacute;tica vazia e superficial ao pensamento marxista e at&eacute; quem sabe procurar os textos marxianos, por&eacute;m isso exige uma contextualiza&ccedil;&atilde;o mais aprofundada e com maior esfor&ccedil;o cognitivo por tratar-se de terminologias, contextos e ideias complexas que tamb&eacute;m pedem conhecimento hist&oacute;rico. Digo isso aos camaradas pois compreendo a dificuldade nos dias atuais para nos dedicarmos a estudos mais profundos sobre um tema ou outro.&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>Dito isso, posso explicitar aos senhores que o pensamento marxista parte da cr&iacute;tica e sugere uma SUPERA&Ccedil;&Atilde;O ao capitalismo. Ou seja, &eacute; assimilado materialmente que o capitalismo existe e que deve ser SUPERADO por um sistema econ&ocirc;mico mais refinado e superior. Esse sistema econ&ocirc;mico deve ser baseado na retomada dos meios de produ&ccedil;&atilde;o. Camarada "Ex-microempres&aacute;rio", quando cito:<em> "plantio do algod&atilde;o, o tratamento da lavoura, a colheita, o transporte, a lavagem, transforma&ccedil;&atilde;o em bem de consumo, embalagem, transporte, armazenamento, exposi&ccedil;&atilde;o e venda"</em>, foi uma simplifica&ccedil;&atilde;o do que Marx compreendeu como "Capitalismo Primitivo", inclusive o pai do capitalismo e do liberalismo econ&ocirc;mico Adam Smith classifica esse acontecimento hist&oacute;rico como "previous accumulation". Veja que este acontecimento &eacute; um fato hist&oacute;rico, ver&iacute;dico, documentado, afer&iacute;vel.&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>O Capitalismo Primitivo &eacute; marcado por uma pr&aacute;tica conhecida como "cercamento de terra", que &eacute; datada desde o s&eacute;c. 12, por&eacute;m se intensifica ao longo dos s&eacute;culos at&eacute; culminar nas grandes navega&ccedil;&otilde;es que de certa forma foram os europeus procurando mais terras que eram coletivas para "cercarem". Camarada, perceba que estamos focando no processo hist&oacute;rico principalmente da Inglaterra que se expande por parte da europa, o ber&ccedil;o do capitalismo. Bom, segundo pesquisas esse processo hist&oacute;rico de expropria&ccedil;&atilde;o de terras at&eacute; ent&atilde;o de uso coletivo dos camponeses foi bastante violento, feito atrav&eacute;s de poderio militar, conflitos e apoiado pela igreja cat&oacute;lica endossando o poder divino dos l&iacute;deres (ideologia). Houveram muitas revoltas camponesas e lutas para que as "terras comuns" n&atilde;o se tornassem "propriedade privada", no entanto esse processo resultou em um grande n&uacute;mero de camponeses migrando de maneira for&ccedil;ada para as cidades e vilas, agora eles j&aacute; n&atilde;o eram donos de sua produ&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o podiam comercializ&aacute;-lo, por que sim: o com&eacute;rcio existe antes do capitalismo, agora, esses camponeses vendem sua for&ccedil;a de trabalho para um "capitalista" que explora essa for&ccedil;a de trabalho incluindo no calculo o LUCRO, ou seja, um fruto do trabalho que antes era do produtor agora pertence ao dono dos meios de produ&ccedil;&atilde;o (trabalho n&atilde;o pago, para n&oacute;s marxistas), meios de produ&ccedil;&atilde;o que foram expropriados do uso comum da humanidade. Percebem alguma contradi&ccedil;&atilde;o?&nbsp;</p> <p>&Eacute; desse per&iacute;odo hist&oacute;rico que surge a propriedade privada dos meios de produ&ccedil;&atilde;o que n&oacute;s marxistas tanto falamos sobre, al&eacute;m disso &eacute; desse per&iacute;odo que surge o proletariado e &eacute; desse per&iacute;odo que emerge o capitalismo. Camarada "Ex-microempresario" talvez voc&ecirc; conhe&ccedil;a o termo: Esquerda Radical, pois bem, o "radical" &eacute; por que atacamos as ra&iacute;zes do problema o nosso materialismo &eacute; hist&oacute;rico e dial&eacute;tico, nossa base de pensamento busca as efetivas raz&otilde;es dos problemas seguido por poss&iacute;veis solu&ccedil;&otilde;es que dialoguem com a realidade humana no contexto em que este est&aacute; inserido, afinal, sem saber o problema &eacute; imposs&iacute;vel solucion&aacute;-lo, por isso camarada que quando voc&ecirc; diz que "cada um dos bens de capital (meios de produ&ccedil;&atilde;o) foi pago com abstin&ecirc;ncia de consumo", acredito que seja um equ&iacute;voco. Se trouxermos essa quest&atilde;o somente para o Brasil e com uma pesquisa r&aacute;pida pesquisarmos os mais ricos de nosso pa&iacute;s e sua &aacute;rvore geneal&oacute;gica, poderemos reparar facilmente como o capital n&atilde;o &eacute; <em>"conquistado com abstin&ecirc;ncia de consumo"</em>, o verdadeiro capital n&atilde;o &eacute;. O conhecido como "old money" que de fato influencia na pol&iacute;tica sabe?!</p> <p>Seguimos para a parte final camarada "Ex-empres&aacute;rio", voc&ecirc; diz: <em>&nbsp;"(at&eacute; porque todo bem de capital envolve trabalho humano na sua cria&ccedil;&atilde;o) e exige um trabalho permanente de manuten&ccedil;&atilde;o."</em> Vou entender como "bem de capital" as ferramentas para o trabalho certo camarada? Como tratores, maquin&aacute;rio industrial, empilhadeiras, fornalhas, ferramentario menor e at&eacute; as paredes, colunas, vigas e teto. Bom, concordo com voc&ecirc;: todo bem de capital envolve trabalho humano na sua cria&ccedil;&atilde;o. Perfeito camarada, tudo no mundo &eacute; criado pelo trabalho, a quest&atilde;o para a qual chamamos a aten&ccedil;&atilde;o &eacute; a explora&ccedil;&atilde;o for&ccedil;ada do trabalho humano para criar esses bens, explora&ccedil;&atilde;o essa realizada pelos donos dos meios de produ&ccedil;&atilde;o. E "explora&ccedil;&atilde;o for&ccedil;ada" pois sem vendermos a nossa for&ccedil;a de trabalho n&atilde;o sobrevivemos em uma sociedade capitalista. Uma curiosidade camarada: n&oacute;s marxistas compreendemos esse ferrament&aacute;rio como "trabalho morto", ou seja, trabalho produzido por maquin&aacute;rio que podem ou n&atilde;o depender do "trabalho vivo", este segundo &eacute; o trabalho do movimento humano.</p> <p>Voc&ecirc; camarada "Ex-empres&aacute;rio" tamb&eacute;m diz:<em> "Ou o Guilherme acha que as m&aacute;quinas que fazem o plantio e a colheita, os caminh&otilde;es que fazem o transporte, as embalagens, o armazenamento, etc., surgem do nada e n&atilde;o geram despesas?"</em></p> <p>Camarada "Ex-empres&aacute;rio", pelo contr&aacute;rio, eu tenho convic&ccedil;&atilde;o que tudo &eacute; criado pelo trabalho, desde um prato de risoto at&eacute; uma laje. Agora, as "despesas" seriam: sal&aacute;rios e tributos. Bom, os dois s&atilde;o consequ&ecirc;ncias do capitalismo. Os sal&aacute;rios al&eacute;m de manterem a classe trabalhadora que &eacute; mais precarizada viva, garantindo o b&aacute;sico para o consumo e com alguma ilus&atilde;o de poder, tamb&eacute;m servem para multiplicar o capital, pois &eacute; simples: sem consumidor a mercadoria n&atilde;o se realiza, o capitalista sem vender n&atilde;o multiplica o capital. Os tributos (impostos, vulgarmente conhecidos) s&atilde;o mecanismos de reformismo, para n&oacute;s da esquerda radical. Reformismo que em parte &eacute; necess&aacute;rio para manter nossa classe, a classe trabalhadora, pelo menos viva. Atrav&eacute;s de redistribui&ccedil;&atilde;o de renda e garantia de alguns servi&ccedil;os b&aacute;sicos para a popula&ccedil;&atilde;o (em alguns pa&iacute;ses), inclusive para os capitalistas que no caso do Brasil possuem todo o sistema judici&aacute;rio, policial e educacional servindo aos seus interesses, por&eacute;m financiados pela classe trabalhadora que &eacute; quem mais paga tributos em nosso pa&iacute;s. Esses reformismo podem servir para deixar a classe trabalhadora em condi&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas de se organizar (ou seja, respirando), por&eacute;m, eles devem ser acompanhados de mudan&ccedil;as estruturais para seguirmos at&eacute; a supera&ccedil;&atilde;o do capitalismo e junto com ela a extin&ccedil;&atilde;o do estado burgu&ecirc;s. At&eacute; por que onde existiu estado existiu tributo, em toda historiografia da humanidade que se organizou em sociedade. Sim camarada, n&oacute;s marxistas propomos a extin&ccedil;&atilde;o do estado. Sim, isso significa nenhum tributo. Por&eacute;m &eacute; importante ressaltar que esse &eacute; o DESTINO que vislumbramos, mas como materialistas entendemos que existem passos a serem seguidos at&eacute; a supera&ccedil;&atilde;o do capitalismo, esses passos n&atilde;o s&atilde;o um manual ou uma cartilha de soma 1+1, pelo contr&aacute;rio, uma supera&ccedil;&atilde;o requer uma constru&ccedil;&atilde;o coletiva, um empenho m&uacute;tuo da classe trabalhadora, a classe que cria o mundo que conhecemos hoje, portanto, a classe capaz de criar o mundo que ainda n&atilde;o conhecemos. O processo de supera&ccedil;&atilde;o do capitalismo &eacute; chamado SOCIALISMO, e &eacute; um PROCESSO, existem disputas, avan&ccedil;os, erros e acertos (URSS, Cuba, Vietn&atilde;, RDA, Coreia Popular, Burkina Faso, China, etc.). Como o marxismo &eacute; um pensamento sociol&oacute;gico, filos&oacute;fico, hist&oacute;rico e econ&ocirc;mico n&atilde;o &eacute; control&aacute;vel a maneira em que os sujeitos revolucion&aacute;rios ir&atilde;o aplicar as ideias, tendo em vista que cada povo tem suas contradi&ccedil;&otilde;es e caracter&iacute;sticas, por isso &eacute; necess&aacute;rio maior aprofundamento no que tange as maneiras que o marxismo &eacute; utilizado desde o "welfare state" at&eacute; o Thomas Sankara.</p> <p>Pois bem camarada Imperion, nenhum trabalhador deseja ser explorado, essa afirma&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; verdadeira. N&oacute;s enquanto seres humanos vivemos atrav&eacute;s do "trabalho", pense em um antepassado que precisou lascar a pedra at&eacute; ela ficar afiada para conseguir separar a pele da carne de um animal, depois cortou a carne, salgou, secou ela ao sol e armazenou, a pele ele lavou, secou, recortou, costurou e fez uma prote&ccedil;&atilde;o para seu corpo, tudo isso que ele produziu foi atrav&eacute;s do TRABALHO. Agora pense em um vilarejo no I&ecirc;men onde um antepassado nosso cultivou caf&eacute;, cuidou de seu cultivo e na colheita pegou os gr&atilde;os conforme iam amadurecendo, secou-os nos telhados, moeu em pil&otilde;es e produziu uma bebida utilizada em seus rituais religiosos que atravessavam as noites, tudo isso foi feito atrav&eacute;s do TRABALHO. Pense em um amigo que compra no cart&atilde;o de cr&eacute;dito um computador, faz um curso de programa&ccedil;&atilde;o, treina seus conhecimentos sem remunera&ccedil;&atilde;o, acha um emprego como programador, desenvolve sistemas de bancos de dados, aperfei&ccedil;oamento em sistemas de seguran&ccedil;a, etc, recebe um sal&aacute;rio por isso e compra comida para sobreviver, tudo isso que ele produziu foi atrav&eacute;s do trabalho, por&eacute;m neste &uacute;ltimo caso ele trabalhou muito mais para receber muito menos, voc&ecirc; acha logicamente poss&iacute;vel que algu&eacute;m deseja repassar os frutos de seu esfor&ccedil;o para outra pessoa? No caso de programadores &eacute; comum que nem escala de trabalho ou direitos trabalhistas estejam envolvidos na contrata&ccedil;&atilde;o, e isso somente por que o capitalista vive da explora&ccedil;&atilde;o do trabalho dos outros. Sem trabalhador nada &eacute; criado, sem capitalista o fruto do trabalho &eacute; de seu criador. A &uacute;nica coisa que o capitalista tem &eacute; o t&iacute;tulo de posse daquela empresa que nosso amigo programador prestou servi&ccedil;o, quem garante ao capitalista esse t&iacute;tulo de posse de um meio de produ&ccedil;&atilde;o? O estado. Todo o aparato estatal &eacute; baseado na prote&ccedil;&atilde;o da propriedade privada dos meios de produ&ccedil;&atilde;o, por isso, entendemos o estado como estado burgu&ecirc;s. Desde a sua forma&ccedil;&atilde;o na Rev. Francesa e Inglesa at&eacute; ao que observamos hoje com a vulgaridade em que os pol&iacute;ticos representantes do povo se oferecem aos desejos de capitalistas, organizados em grupos empresariais, federa&ccedil;&otilde;es de setores, enfim, mudamos os pol&iacute;ticos por&eacute;m os financiadores de campanhas s&atilde;o os mesmos.</p> <p>E veja camarada, n&oacute;s marxistas n&atilde;o acreditamos na MALDADE dos capitalistas, na falta de humanidade, na brutalidade... N&atilde;o meu camarada, esse &eacute; um equ&iacute;voco. O capitalismo escraviza inclusive o capitalista. O capitalista &eacute; escravo do lucro, e o lucro &eacute; exatamente a explora&ccedil;&atilde;o do trabalhador, o "trabalho n&atilde;o pago". Se retirarmos o lucro do capitalista e repassarmos como trabalho pago a quem realmente cria o produto, o capitalista some da equa&ccedil;&atilde;o. &Eacute; claro que simplifiquei a explica&ccedil;&atilde;o e me utilizei de situa&ccedil;&otilde;es hipot&eacute;ticas, por&eacute;m todas essas situa&ccedil;&otilde;es podem ser aferidas em nossa realidade.</p> <p>Acredito que seja importante ressaltar aqui para os camaradas Imperion e Ex-microempres&aacute;rio que os comunistas n&atilde;o invadem ou roubam propriedades privadas, nossa luta &eacute; pelo fim da propriedade privada dos meios de produ&ccedil;&atilde;o. O que hoje em dia, no Brasil, significa basicamente lutar por uma reforma agr&aacute;ria e "ocupar, resistir e produzir!" em terras pertencentes a gigantescos latifundi&aacute;rios (pleonasmo), terras essas que s&atilde;o improdutivas. Al&eacute;m disso temos a luta por moradias na cidade, tamb&eacute;m baseada em ocupa&ccedil;&otilde;es de im&oacute;veis que servem a especula&ccedil;&atilde;o imobili&aacute;ria e que est&atilde;o em d&eacute;bitos profundos com o estado, via de regra: abandonados. Fora isso, nenhum comunista ir&aacute; tomar seu ve&iacute;culo, sua casa de dois andares, seu ipad, sua cole&ccedil;&atilde;o de t&ecirc;nis, a padaria do bairro ou a farm&aacute;cia. Isso &eacute; o que chamamos de "espantalho", justamente para assustar no primeiro olhar mais desatento.&nbsp;</p> <p>Para finalizar, acrescento que n&oacute;s marxistas entendemos o papel hist&oacute;rico do capitalismo para a humanidade, antes dele nossas cadeias produtivas eram um tanto prec&aacute;rias e nosso modo de vida rudimentar. Com as lutas da burguesia eles dominaram as for&ccedil;as pol&iacute;ticas e expandiram esse poder por todo o globo, produzindo e produzindo cada vez mais at&eacute; que conseguiram ultrapassar a produ&ccedil;&atilde;o necess&aacute;ria para toda humanidade, mas seguiram avan&ccedil;ando de maneira inexcrupulosa e violenta sob popula&ccedil;&otilde;es inteiras, sistematizando a escraviza&ccedil;&atilde;o, esgotando recursos naturais, destruindo biomas milenares de um complexidade gigantesca, ceifando vidas, muitas vidas. Hoje, o capitalismo produz morte, depress&atilde;o, ansiedade, polui&ccedil;&atilde;o, mis&eacute;ria, desespero, tristeza e aliena&ccedil;&atilde;o. Para muitos &eacute; mais f&aacute;cil imaginar o fim da humanidade do que imaginar o fim do capitalismo.&nbsp;</p> <p>Camaradas, pessoalmente &eacute; s&oacute; uma quest&atilde;o de l&oacute;gica: O sistema capitalista imp&otilde;e que as produ&ccedil;&otilde;es de COMIDA devem gerar LUCRO, e literalmente jogam fora excedentes enquanto milh&otilde;es de pessoas morrem por inani&ccedil;&atilde;o e bilh&otilde;es sobrevivem em inseguran&ccedil;a alimentar. Por&eacute;m o capitalismo ser&aacute; SUPERADO, assim como outros sistemas econ&ocirc;micos foram. E como Marx, no s&eacute;c 19 descreveu: n&oacute;s, que produziremos a SUPERA&Ccedil;&Atilde;O do capitalismo poderemos nos utilizar de todo esse avan&ccedil;o que o capitalismo trouxe para a humanidade por&eacute;m em um sistema que n&atilde;o nos obrigue oprimir, subjugar, escravizar e aniquilar outros seres humanos e o planeta terra.&nbsp;</p> <p>O capitalismo faz parte da hist&oacute;ria da humanidade e o socialismo ser&aacute; constru&iacute;do pouco a pouco encima de suas bases, e isso quem disse foi Marx camaradas, e s&oacute; ent&atilde;o poderemos planejar um futuro comunista. Por enquanto, n&oacute;s estudamos e nos informamos da melhor forma que conseguimos para podermos pensar o futuro de nossa fam&iacute;lia, amigos e da humanidade, sempre vislumbrando algo melhor.</p> <p><strong>Trabalhar TODOS. Trabalhar MENOS. Produzir o NECESS&Aacute;RIO. Redistribuir TUDO.</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p>Abra&ccedil;o camarada Imperion e camarada Ex-microempres&aacute;rio, bons estudos!</p>
Guilherme | Os sete erros fundamentais de Karl Marx sobre a economia de mercado
25/07/2024
<p><strong>Primeiro erro do Guilherme </strong>(e digo erro por bondade, porque duvido que ele n&atilde;o tenha plena consci&ecirc;ncia de que est&aacute; repetindo uma mentira): <span style="text-decoration: underline;"><strong>o papel do capitalista</strong></span></p> <p>Todo dia na internet milhares de militantes cometem o mesmo erro do Guilherme: fingir que a produ&ccedil;&atilde;o veio apenas do trabalho, e que o trabalho &eacute; efetuado pelo trabalhador, e que em consequ&ecirc;ncia o capitalista &eacute; um explorador.</p> <p>A verdade &eacute; outra: o trabalhador s&oacute; consegue produzir porque t&ecirc;m acesso a bens de capital. Sem capital, o trabalhador do discurso do Guilherme estar&aacute; plantando e colhendo com as m&atilde;os nuas e carregando a colheita nas costas, e com isso ele conseguir&aacute; no m&aacute;ximo fugir da inani&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Quando o Guilherme fala em "<em>plantio do algod&atilde;o, o tratamento da lavoura, a colheita, o transporte, a lavagem, transforma&ccedil;&atilde;o em bem de consumo, embalagem, transporte, armazenamento, exposi&ccedil;&atilde;o e venda</em>", tudo isso depende de bens de capital (ou meios de produ&ccedil;&atilde;o) que, na narrativa dele, surgiram do nada ou foram indevidamente "apropriados" pelo capitalista malvado. Na verdade, cada um destes bens de capital foi pago com abstin&ecirc;ncia de consumo (at&eacute; porque todo bem de capital envolve trabalho humano na sua cria&ccedil;&atilde;o) e exige um trabalho permanente de manuten&ccedil;&atilde;o. Ou o Guilherme acha que as m&aacute;quinas que fazem o plantio e a colheita, os caminh&otilde;es que fazem o transporte, as embalagens, o armazenamento, etc., surgem do nada e n&atilde;o geram despesas?</p>
Ex-microempresario | Os sete erros fundamentais de Karl Marx sobre a economia de mercado
24/07/2024