68º Podcast Mises Brasil - Yaron Brook
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Yaron Brook, diretor-executivo do Instituto Ayn Rand, é um dos mais destacados defensores da ética randiana e da sua aplicação na cultura, na política e na economia. Convidado para participar do Fórum da Liberdade na semana passada em Porto Alegre, Brook fez uma das três melhores palestras do evento (as outras duas foram proferidas por Gabriel Calzada Álvares e Helio Beltrão) ao defender de forma contundente que para que a liberdade seja um valor é preciso "haver uma compreensão cultural na sociedade de que a sua vida pertence a você e a minha pertence a mim, não a um coletivo, não a um poder, não a um grupo".
Aproveitando a sua participação no Fórum, fui entrevistá-lo para o Podcast do Instituto Mises Brasil sobre os argumentos principais do seu livro mais recente Free Market Revolution: How Ayn Rand's Ideas Can End Big Government, escrito em parceria Don Watkins. Nesta entrevista, Brook, PhD em finanças e colunista da Forbes.com, explicou de que forma as ideias de Ayn Rand podem acabar com o estado leviatã e promover uma revolução de livre mercado, baseado nas trocas voluntárias sem coerção do governo.
Considerando o papel desempenhado pela cultura na ética randiana, Brook discorreu sobre a importância da posição moral desenvolvida no livro ("a virtude da atividade comercial, do capitalismo e do lucro") e por que o aspecto cultural é tão importante para defender e permitir o florescimento da liberdade de mercado. Mas não se trata de uma tarefa fácil dado todos os obstáculos à revolução de livre mercado. Os problemas que a impedem são tratados na primeira parte de Free Market Revolution e nesta entrevista ele apresenta aquele que seria o principal problema: "são 2 mil anos de uma filosofia religiosa que é o fundamento do estatismo", afirmou Brook, manifestando o ateísmo e a posição antirreligiosa peculiares dos randianos. E a solução para esse "problema", segundo ele, é a educação (por outro lado, os Austríacos católicos poderiam atribuir à educação religiosa a função de resolver o "problema" do ateísmo).
Fechando a entrevista, Brook, que nasceu em Israel e chegou a trabalhar no setor de inteligência do exército israelense antes de se mudar para os Estados Unidos em 1987, afirma que estamos vivendo um bom momento para convencer as pessoas acerca da virtude do livre mercado e da ética capitalista.
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