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56º Podcast Mises Brasil - Fabio Barbieri

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Há um equívoco muito comum, já convertido em chavão, que insiste em estabelecer uma separação definitiva entre teoria e prática, como se a prática não pudesse ser o resultado de uma teoria que a concebe. O quadro se agrava, entretanto, quando a teoria que fundamenta a prática é equivocada, inadequada ou completamente falível. A presidência da República e a equipe econômica têm feito desses tipos de teoria a sua prática recorrente e os seus efeitos danosos ampliam ainda mais as intervenções do estado brasileiro na economia e o sufoco da iniciativa privada. Nesta segunda entrevista ao Podcast do Instituto Mises Brasil (a primeira pode ser ouvida aqui e aqui), Fabio Barbieri, doutor em economia e professor da FEA-USP de Ribeirão Preto, cita e analisa as intervenções do governo brasileiro em 2012 com base na definição do intervencionismo proposta por Murray Rothbard, ou seja, a substituição da ação voluntária pela coerção, considerando os gastos públicos, tributação, operação de indústrias estatais, fornecimento de bens subsidiados e outras intervenções. "As mais daninhas são aquelas que ocorrem ao longo do tempo com a conta para ser paga no futuro, o que dificulta ainda mais avaliar quais são as piores. É aquele artigo básico do Bastiat: a bebedeira é hoje e a ressaca vem amanhã". Ainda utilizando a concepção de Rothbard, Barbieri comenta se as intervenções binárias (como tributação, por exemplo) e as intervenções triangulares (regulações de comércio e contratos, regulações ambientais e de segurança) são instrumentos de ampliação de poder a partir do controle da iniciativa privada em vez de meras políticas públicas, e explica qual é a consequência mais grave da diminuição da capacidade de adaptação dos mercados às mudanças que continuamente ocorrem nas economias, de acordo com a base teórica comum da análise austríaca do intervencionismo.

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