112º Podcast Mises Brasil - Graça Salgueiro
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A violência patrocinada pelo governo de Nicolás Maduro contra os milhares de manifestantes que ocupam as ruas da Venezuela para protestar contra os desmandos políticos e econômicos e os ataques às liberdades atraiu os olhos do mundo para o país. Oficialmente, cinco pessoas morreram e já se perdeu a conta de quantas pessoas foram feridas durante os protestos. Além da polícia, o governo tem utilizado os serviços de grupos armados de dentro e de fora do país, conforme nos conta a jornalista investigativa sobre assuntos da América Latina, Graça Salgueiro:
“Quem está atacando os estudantes venezuelanos são dois bandos, os Tupamaros e os Carapaicas, que foram mantidos por Maduro e eram alimentados e muito queridos por Hugo Chávez. Além deles, também há cubanos que foram para a Venezuela fazer esse tipo de serviço. Foram para lá 400 cubanos das Avispas Negras (grupo de elite das Fuerzas Armadas Revolucionarias de Cuba) enviados por Raúl Castro porque, além de exímios atiradores, agem utilizando táticas de baixo perfil, ou seja, fazem coisas de forma a ocultar as suas ações, como por exemplo, aparecer pessoas mortas por atropelamento ou por infarto. E esses três grupos (Tupamaros, Carapaicas e Avispas Negras) agem mascarados ou disfarçados de civis infiltrados nas manifestações”.
Em seu blog Nota Latina, Graça vem há anos mostrando a situação política na Venezuela e conta nesta entrevista que os protestos não são uma novidade no país, mas que só agora ganharam destaque internacional pela dimensão provocada pelo agravamento dos problemas econômicos. “O governo de Maduro piorou a situação da Venezuela, mas o que estamos vendo é consequência do desmando econômico que vem desde o governo de Chávez. Estamos vendo o final de um processo que já vem sendo desenvolvido há 15 anos”.
Nesta entrevista, Graça, que comanda semanalmente o programa Observatório Latino na Rádio Vox, deu detalhes sobre o grau da violência no país, comentou a decisão do oposicionista Leopoldo López de se entregar à polícia na frente dos manifestantes e da imprensa mundial, falou sobre a enorme influência do governo cubano na Venezuela, sobre os ataques às liberdades conduzidas pelo governo de Maduro e explicou o que é e de que forma age o Foro de São Paulo na América Latina.
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