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Política

A democracia e o recado das urnas

01/11/2010

A democracia e o recado das urnas


"A diferença entre democracia e ditadura é que, em uma democracia, primeiro você vota e depois recebe as ordens, ao passo que, em uma ditadura, você não precisa perder tempo votando."

Charles Bukowski

 

"Um homem não deixa de ser escravo ao poder escolher seu senhor a cada quatro anos."

Lysander Spooner

 

"Se o voto mudasse algo, seria ilegal."

 H.L. Mencken

 

 

A abstenção foi a maior desde a redemocratização do país: 21,5% do eleitorado.  Nada menos que 29 milhões de pessoas preferiram dar uma voltinha, aproveitar o feriado ou ficar em casa dormindo a chancelar seu apoio a qualquer um dos candidatos.

Se a essas abstenções somarmos os votos brancos e nulos, chegamos a um total de mais de 36,3 milhões de pessoas, o que dá nada menos que 27% do eleitorado.

E, se a esse número somarmos o total de votos recebidos pelo candidato perdedor -- de cujo nome já me esqueci --, teremos um total de mais de 80 milhões de pessoas que não deram seu apoio à candidata vencedora.

Ou seja: a futura presidente irá regular a economia e comandar nossas vidas tendo recebido a aprovação de apenas 41% do eleitorado total -- ao passo que nada menos que 59% dos eleitores não querem saber dela. 

Como essa tal democracia está funcionando pra você?

 

P.S.: veja aqui o relato de pessoas que preferiram ir à praia a dar seu voto a esses pretensos ditadores.  Como bem disse um cidadão na reportagem "[Estamos aqui] sem nenhum peso na consciência, porque eles não têm peso na consciência na hora de roubar.  Então a gente também não tem de não dar voto para eles".


Sobre o autor

Leandro Roque

Leandro Roque é editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

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