Política
O lutador do UFC que dedicou sua vitória às vítimas do comunismo
Muitas pessoas não têm noção da história sangrenta do comunismo. Essa é uma lição perigosa para esquecer.
O lutador do UFC que dedicou sua vitória às vítimas do comunismo
Muitas pessoas não têm noção da história sangrenta do comunismo. Essa é uma lição perigosa para esquecer.
Depois de dominar o ex-campeão peso-leve Tony Ferguson por três rounds no UFC 262 no sábado à noite, Beneil Dariush mandou uma mensagem para milhões de fãs que assistiam.
Em conversa com o podcaster Joe Rogan após a luta, o lutador americano de MMA, nascido no Irã, dedicou sua vitória às vítimas do comunismo em todo o mundo.
"Primeiramente, quero agradecer ao meu Senhor e salvador Jesus Cristo, esse é o número um", disse Dariush a Rogan. "Número dois, quero dedicar essa luta a todas as pessoas que foram prejudicadas pelas ideologias marxistas. São milhões de vocês".
Uma história sangrenta
Embora muitos possam não saber, o século XX foi o século mais violento da história, principalmente por causa do comunismo. O número exato de mortos não é claro, em parte porque é muito vasto.
Os melhores dados que temos vêm do falecido Rudolph Rummel, cientista político das universidades de Yale, Indiana e Havaí, pioneiro no campo do democídio (morte pelo governo). Ele estimou o custo humano do socialismo do século XX em cerca de 200 milhões em todo o mundo. Cerca de dois terços desse total vieram dos dois maiores impérios comunistas – a União Soviética (61 milhões de mortos sob Stalin e Lênin) e a China (78 milhões de mortos sob Mao Tsé-Tung).
Em seu livro Mao's Great Famine, o historiador Frank Dikötter explicou como Mao se tornou o maior assassino em massa da história.
"Mao pensou que poderia catapultar seu país para além de seus concorrentes, reunindo aldeões em todo o país em comunas populares gigantescas. Em busca de um paraíso utópico, tudo foi coletivizado", escreve Dikötter. "As pessoas tiveram seu trabalho, suas casas, suas terras, seus pertences e meios de subsistência retirados. Nas cantinas coletivas, a comida, distribuída pela colherada de acordo com o mérito, tornou-se uma arma usada para forçar as pessoas a seguirem todos os ditames do partido".
A produtividade despencou depois que Mao destruiu os incentivos ao trabalho. Assim, o presidente Mao encontrou novas maneiras de motivar os trabalhadores: coerção e violência.
"O que sai deste dossiê maciço e detalhado é um conto de horror em que Mao surge como um dos maiores assassinos em massa da história, responsável pela morte de pelo menos 45 milhões de pessoas entre 1958 e 1962", escreve Dikötter.
Entre as mortes estava um menino em uma aldeia de Hunan, acusado de roubar grãos. Um chefe comunista local, Xiong Dechang, ordenou que o pai da criança enterrasse seu filho vivo.
"O pai morreu de tristeza alguns dias depois", escreve Dikötter.
Uma história... esquecida?
Dariush não nasceu na União Soviética ou na China. Ele nasceu no Irã e cresceu em uma fazenda antes de sua família se mudar para os EUA, quando ele tinha nove anos.
Assim, alguém pode se perguntar se ele está desenterrando desnecessariamente um passado sombrio. Mas isso ignora dois fatos dignos de nota. Primeiro, é importante lembrar que cerca de 20% da população mundial vive hoje sob regimes comunistas de partido único.
Em segundo lugar, apesar de sua história brutal, o comunismo está realmente voltando. Embora não seja segredo que uma maioria considerável dos jovens diz apoiar o socialismo, poucos notaram que mais de um terço dos millennials dizem aprovar o comunismo.
Esse fato recentemente gerou chacota do humorista da HBO Bill Maher.
"Grande parte do mundo [tentou o comunismo]. Os millennials acham que isso não conta porque eles não estavam vivos quando aconteceu, mas aconteceu", observou Maher. "Ansiar pelo comunismo é como ansiar pelo Betamax ou pelo MySpace."
Maher chega à conclusão de que os millennials são o problema porque "suas ideias são estúpidas".
A fala trouxe uma explosão de aplausos e risos da plateia, mas deve-se notar que os millennials não são totalmente culpados. A triste e surpreendente realidade é que a maioria deles simplesmente desconhece as atrocidades cometidas sob a bandeira do socialismo.
Marion Smith, ex-diretora executiva da Victims of Communism, apontou que gerações inteiras amadureceram em sistemas culturais e educacionais hostis ao livre mercado. Infelizmente, essas instituições estavam mais do que dispostas a esconder os crimes do marxismo.
Como resultado, muitas pessoas simplesmente não têm noção dos crimes do comunismo. Por exemplo, de acordo com uma pesquisa de 2018 da Victims of Communism:
- Cerca de metade dos millennials nunca ouviu falar de Mao Tsé-Tung, o maior assassino em massa da história;
- Cerca de um terço dos millennials acha que George W. Bush matou mais pessoas do que Joseph Stalin;
- 25% dos millennials veem Vladimir Lenin favoravelmente.
Como os americanos permitiram que isso acontecesse é uma história para outro dia. O que importa é que privamos inúmeros americanos de uma importante realidade histórica: o comunismo mata.
É uma lição perigosa para esquecer, e é isso que torna a dedicação de luta de Beneil Dariush tão importante.
*Este artigo foi originalmente publicado em FEE.
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Nota: as visões expressas no artigo não são necessariamente aquelas do Instituto Mises Brasil.
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