Huerta de Soto sobre Javier Milei
No início do ano, Jesús Huerta de Soto comentou durante a aula o discurso de Javier Milei em Davos. De Soto destacou que a política é uma arena difícil e perigosa na qual ele não recomenda entrar. No entanto, ele abraça o sucesso de Milei de todo o coração:
Um discípulo [Javier Milei], que tem sido a razão de uma das minhas maiores alegrias na vida, contra a minha recomendação, como já digo em meus artigos, não destrua sua vida dedicando-se à política, e ele se dedicou. Como quis o destino, ou a mão de Deus, acabou como presidente da República Argentina. Ele imolou sua vida. Você não pode imaginar o que é se dedicar à política, especialmente em um país como a Argentina, não que seja particularmente ruim, é como na Espanha, é destruir a vida de alguém.
O prof. Huerta de Soto continua:
Não sei o que vai acontecer com o programa dele na Argentina. Só sei duas coisas: já devemos a ele [Milei] algo de imenso valor. O que ele fez pela humanidade: ter trazido para a pauta e ter popularizado a ideia de liberdade e termos como anarcocapitalismo e ter despertado os cidadãos de sua letargia.
Devido aos esforços de Milei, muitas pessoas descobriram que eram anarcocapitalistas e dizem:
Eu não sabia, mas agora que escuto Milei percebo o que sou: um anarcocapitalista.
Por isso, Huerta de Soto conclui:
Não importa o que aconteça na Argentina, embora eu deseje que seja muito bem-sucedido, mas o que Milei já conseguiu tem um valor imenso. Repito as mesmas coisas há 40 anos e agora já tem um eco universal. Bom para Milei. E dois, se a Argentina for bem, apenas moderadamente bem. Imagina, o que vai acontecer...
Neste caso, Huerta de Soto diz que:
O Prêmio Nobel de Economia deveria ser concedido tanto a Israel Kirzner, como o principal representante vivo da Escola Austríaca de Economia, quanto ao presidente Javier Milei, como alguém capaz de colocar essas ideias em prática.
*Este artigo foi originalmente publicado em Mises Institute.
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Nota: as visões expressas no artigo não são necessariamente aquelas do Instituto Mises Brasil.
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