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Política

O governo contra o povo

Versão Kamala Harris

20/07/2023

O governo contra o povo

Versão Kamala Harris

Não é surpresa para os libertários que o que é do interesse do governo pode não ser do interesse das pessoas em geral. Na maioria das vezes, o interesse do governo está diretamente em desacordo com os interesses das pessoas em geral. As incontáveis ​​guerras travadas pelos governos ao longo da história, pelas quais as pessoas comuns acabaram pagando com suas vidas, testemunham esse fato.

As guerras também são travadas contra as populações domésticas que o governo supostamente serve e protege. Sob o disfarce do bem maior ou bem público, que sempre exige algum sacrifício, mas curiosamente se encaixa nos interesses do governo, os indivíduos são os meios, se não forem o problema. Nas palavras de Pierre-Joseph Proudhon, eles são “vigiados, inspecionados, espionados, dirigidos, legislados, regulamentados, arquivados, doutrinados, pregados, controlados, avaliados, pesados, censurados, ordenados” – e tributados para financiar todo o aparato.

Que é o governo contra o povo, e não o governo para, pelo e do povo, fica claro nas políticas públicas na prática, bem como nas declarações de seus líderes. Muito recentemente, a vice-presidente Kamala Harris observou que “quando investimos em energia limpa e veículos elétricos e reduzimos a população, mais crianças podem respirar ar puro e beber água limpa”. Sim, ela disse “reduzir a população”.

A Casa Branca rapidamente postou um discurso atualizado sugerindo que a vice-presidente apenas leu errado. Ela quis dizer poluição, não população.

Certamente, até provavelmente, é possível que a vice-presidente tenha falado/lido errado o prompt. Mas isso também é altamente problemático. Se você leu algo e leu errado, é porque você pula muito rápido o texto e sua mente, portanto, adiciona a combinação mais provável de palavras. Daí o conhecido conceito de “deslize freudiano” ou “ato falho” – em momentos descontrolados, às vezes dizemos o que queremos dizer, ou o que está na memória recente, em vez do que “deveríamos” dizer.

A vice-presidente falou errado, mas o que ela disse é indicativo do que ela tem pensado, quais discussões estão acontecendo ao seu redor, o que está em pauta na Casa Branca ou de alguma outra forma presente em sua mente. Ela poderia ter dito que devemos reduzir a polinização, a perversão, o petróleo ou alguma outra palavra que, à primeira vista, possa parecer algo como poluição. Mas não. Ela disse: “reduzir a população”. Por que “reduzir a população” estava em primeiro lugar?

A razão óbvia é que isso é algo frequentemente discutido na política e provavelmente também na Casa Branca. O neomalthusianismo, a ideia de que todos os problemas do presente se devem a “pessoas demais” e a aparentemente óbvia implicação política de que devemos “reduzir” o número de pessoas que vivem nesta terra, está vivo e passa bem. É uma hidra que já tem cabeças de sobra, simplesmente porque já cortamos tantas (e, quanto à criatura mitológica, duas crescem para substituir cada cabeça cortada).

O fato é, claro, que quaisquer problemas que tenhamos serão resolvidos com muito mais facilidade se houver mais pessoas – mais mentes para descobrir soluções e mais pessoas para se especializar na divisão do trabalho. Esta é uma resposta pouco intuitiva para a questão do que deve ser feito para resolver os problemas, e que requer conhecimento econômico (mínimo) para descobrir. Infelizmente, as pessoas raramente têm esse entendimento básico – e, entre os políticos, é uma qualidade ainda mais rara, simplesmente porque na política existem fortes incentivos para desconsiderar a realidade econômica.

Nas palavras de Thomas Sowell:

“A primeira lição da economia é a escassez: nunca há o suficiente de coisa nenhuma para satisfazer a todos que a desejam. A primeira lição da política é ignorar a primeira lição da economia”.

Isso é verdade, e deixa claro o alto custo de permitir que o governo infrinja a economia livre e a sociedade voluntária. No entanto, este parasita específico não consegue entender o uso que tem para seu hospedeiro. Em vez disso, ele o considera um problema que deve desaparecer.

Sobre o autor

Per Bylund

Foi consultor de negócios na Suécia, é Ph.D em economia pela Universidade do Missouri e é professor de Empreendedorismo e Livre Iniciativa na Escola de Empreendedorismo da Oklahoma State University.

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