Uma das mais desafiadoras e importantes tarefas de
um professor de economia é ensinar aos alunos o quão pouco nós sabemos sobre o mundo.
Meu grande amigo e colega, o doutor Thomas
Sowell, costuma dizer que “É necessário ter um conhecimento considerável para
se dar conta de quão grande é a sua própria ignorância”.
Já o economista austríaco, e ganhador do prêmio Nobel,
Friedrich
August von Hayek alertou: “A curiosa tarefa da economia é demonstrar aos
homens o quão pouco eles realmente sabem sobre aquilo que eles imaginam poder
planejar”.
O fato de que somos extremamente ignorantes sobre
como o mundo funciona é algo ignorado pelas elites políticas e progressistas
que juram saber o que é melhor para nós mesmos e que, por isso, querem
controlar nossas vidas.
Vejamos alguns exemplos que, embora rotineiros e
triviais, mostram toda a complexidade do mundo.
Café
da manhã, almoço e supermercado
Um supermercado tradicional e bem estocado possui
entre 40.000 e 50.000 itens diferentes. Um supermercado de uma grande rede,
como o Walmart, possui aproximadamente 120.000 itens distintos.
Agora, imagine que toda a economia tenha sido
estatizada e que o governo tenha nomeado você para a tarefa de produzir e abastecer
este supermercado com apenas um item: maçãs.
Toda a cadeia de produção de maçãs, agora estatizada,
está sob seu comando. Sendo assim, você não pode simplesmente comprar maçãs no
atacado. Já que tudo é do governo, não há mercado para os produtos. Logo, não há
preços.
Consequentemente, você terá de descobrir todos os
insumos necessários para cultivar maçãs, colhê-las e transportá-las ao
supermercado. Você é o responsável por todas as etapas de produção e distribuição
de maçãs. Vejamos apenas algumas etapas.
Você precisará de caixotes de madeira para
transportar as maçãs. Contabilize todos os insumos necessários para produzir esses
caixotes. Você precisa, obviamente, de madeira. Mas, para obter a madeira, será
necessária uma serra elétrica para cortar as árvores. A serra elétrica é feita
de aço, o que significa que minério de ferro terá de ser extraído das minas. Para
isso, máquinas e equipamentos pesados de mineração serão necessários. Eles terão
de ser fabricados. E não se esqueça de que todos os trabalhadores necessitam de
roupas e sapatos.
A lista completa de insumos e matérias-primas necessários para simplesmente levar maçãs ao mercado é incontável. Com efeito, deve ser impossível
precisar um número exato. Esqueça um item — como velas de ignição ou correia
do alternador — e você provavelmente não conseguirá levar maçãs ao
supermercado. Imagine, então, todos os outros alimentos. (É por isso que o povo passa fome em economias socialistas).
A tarefa de abastecer um supermercado com maçãs,
algo que o mercado faz diariamente sem necessitar de nenhum comitê de
planejamento central dando ordens, é bem menos complexa do que gerenciar todo o
sistema de saúde de um país inteiro. E, no entanto, o governo se arvora a
capacidade de fazer este último.
A beleza de toda a alocação de bens e serviços feita
pelo mercado, em contraste às ordens do governo, é que nenhuma pessoa precisa
saber de tudo o que é necessário para levar maçãs ao seu supermercado. O sistema
de preços se encarrega de tudo.
O sistema de preços, quando deixado a funcionar
livremente, é um engenhoso método de comunicação e coordenação capaz
de aprimorar substantivamente as condições de vida dos seres humanos. Entender
o sistema de preços é entender como bilhões de indivíduos completamente
estranhos uns aos outros, espalhados pelo globo, falando dezenas de idiomas
diferentes, e cada um preocupado apenas com o bem-estar próprio e o de sua
família, fazem escolhas e agem de uma maneira que torna completamente possível
a nossa atual prosperidade — possibilitando desde a existência diária de
todos os tipos de alimentos frescos nas gôndolas dos supermercados até a
incrível oferta de todos os tipos de bens de consumo e de serviços à nossa
disposição.
O livre mercado, em conjunto com o livre comércio e o
livre sistema de preços, nos torna mais ricos ao economizar a quantidade de
conhecimento ou de informação necessários para produzir bens e serviços.
Agora, pense no café da manhã. Suponha que você e sua
mulher tenham comido bacon e ovos. Você tomou café e sua mulher, pó de cacau. O
preço total deve ter ficado em torno de $25 a $30. Agora, quanto será que teria
custado tudo se, em vez de depender da ganância de terceiros, você fosse autônomo
e produzisse seu próprio café da manhã?
Você sabe criar porcos? Você sabe abatê-los? Você sabe
como transformar o porco em bacon? E os ovos? Você precisa entender de galinhas. Você precisa criar galinhas. Você sabe como alimentar porcos e galinhas? Adicionalmente,
você teria um grande problema com o café e o cacau, pois seu cultivo não pode
ocorrer em qualquer lugar. Depende de clima e solo.
O que é realmente garantido é que seu café da manhã
seria muito mais caro do que no arranjo em que você depende dos benefícios trazidos
pelas habilidades de terceiros, algo que só ocorre quando há divisão do trabalho
e livre comércio.
Por fim, pense em uma metrópole, como Nova York,
Londres ou São Paulo. Hoje, em cada uma delas, aproximadamente 10 milhões de
pessoas irão almoçar (ou já almoçaram). Decidir a variedade de alimentos e a quantidade exata de
comida disponíveis no lugar certo e na hora certa para fazer com que tudo
funcione fluentemente é um problema de impressionante complexidade, o qual se
torna ainda mais complicado pelo fato de que, normalmente, várias pessoas se
decidem apenas no último minuto sobre onde irão comer e o quê.
Quem estará no controle supremo deste arranjo? Será que
há um comissário ou mesmo um comitê central em cada uma destas metrópoles coordenando
tudo isso? Há um ser tão onisciente capaz de tamanha façanha? Você seria capaz
de coordenar todo este arranjo? Com efeito, por que um sistema tão crucial
quanto este não é subsidiado? Como ele pode ser tão pouco regulado e funcionar tão
bem?
Ainda mais importante: você confiaria em um político
para tal tarefa? Se você não confia em um político para coordenar seu almoço,
por que confiaria a ele o controle da educação de seus filhos, dos hospitais
que você utiliza e das estradas nas quais você viaja?
Conclusão
O ponto principal é que cada um de nós é extremamente
ignorante quanto ao mundo em que vivemos. E não há absolutamente nada de errado
com essa ignorância. A estupidez está, aí sim, em acreditarmos que políticos podem
nos proporcionar uma vida melhor do que aquela obtida por meio de transações pacíficas e
voluntárias — coordenada pelo sistema de preços — com outras pessoas de qualquer
lugar da terra.




Sem mais, meretíssimo. A defesa encerra.
A criatividade do LIVRE MERCADO e da ABERTURA PLENA é muito mais versátil e dinâmica. A não UTILIZAÇÃO é postergar para o amanhã com maiores encargos.
Para mim, a existência de supermercados, mercadinhos, mercearias e qualquer lugar que venda comida está entre as coisas mais fantásticas já criadas. A existência de um Carrefour ou de um Pão de Açúcar, por exemplo, que atende a milhões de pessoas e jamais fica sem produtos é um verdadeiro milagre.
E ainda assim essas maravilhas que são os supermercados são consideradas como coisas naturais e corriqueiras, como se fosse um dado da natureza. Até mesmo economistas, principalmente os de esquerda, pensam assim.
A oferta diária de comida fresca em quase qualquer lugar da cidade deixaria qualquer pessoa da Idade Media, inclusive o rei de Roma, de queijo caído com a “mágica” que fazemos hoje
E, para destruir toda essa mágica, basta impor controle de preços.
No Chile, a produção de cobre concorre com a produção de uvas para obtenção de água, fora a água para consumo humano. E tudo isso no deserto mais seco do mundo. Esse arranjo resultou num dos metros cúbicos de água mais caros do planeta. A consequência? A atração de empresas dessanilizadoras de água do mar, para produzir água potável em busca de lucros altos:
http://www.acciona.com/es/noticias/acciona-agua-construira-y-operara-una-desaladora-en-el-desierto-chileno-de-atacama/
É só deixar o sistema de preços em paz que o mercado corrigirá qualquer escassez de oferta. Antofagasta é a cidade grande (acima de 300 mil hab) com maior renda per capita da América do Sul, US$60 mil dólares, renda per capita da Noruega.
O problema do capitalismo é a sua eficiência, quanto mais tempo ele existe, mais eficiente ele fica, e se torna menos necessário sua existência para a produção do básico. Na idade média durante o século XIII a Feira de Champanhe não era tributada e funcionava reunindo mercadorias de diversas províncias na Europa e Ásia se reunindo em um vasto local com pessoas de diversas nações, e mesmo assim, o número percentual de pessoas com fome era muito maior que o existente atualmente.
Até que chega um certo momento em que até uma minuscula quantidade de capitalismo será capaz de produzir o básico, e é bem possível que nesse momento teremos novamente planos quinquenais e ministérios de produção…
Muito interessante o vídeo apresentado pelo Sr. Milton Friedman, porém gostaria de mencionar que dentre as muitas verdades apresentadas ele conta uma grande mentira.
A borracha(seringueira) não foi levada à Malásia por um “business man” a serviço das S.M. e sim pelo primeiro biopirata de nossa história, Sir Henry Wickham (1846-1926) que havia morado em Santarém e teria roubado mais de 70.000 sementes de seringueira da Amazonia, levando-as para Londres em flagrante contrabando, fazendo mais tarde a riqueza dessa colonia Inglesa. Um verdadeiro picareta.
“Por fim, pense em uma metrópole, como Nova York, Londres ou São Paulo. Hoje, em cada uma delas, aproximadamente 10 milhões de pessoas irão almoçar. Decidir a variedade de alimentos e a quantidade exata de comida disponíveis no lugar certo e na hora certa para fazer com que tudo funcione fluentemente é um problema de impressionante complexidade, o qual se torna ainda mais complicado pelo fato de que, normalmente, várias pessoas se decidem apenas no último minuto sobre onde irão comer e o quê.”
Nossa.. que grande dificuldade este desafio, até virei capitalista depois disso(risos cômicos)! Todos os restaurantes fazem comida em excesso e SEMPRE sobra comida. É só ir num restaurante self service 15 minutos antes deles fecharem para ver que há comida sobrando… Grande planejamento este que o mercado faz… Faz desperdiçar comida! Hipócritas! Sabiam que eles jogam fora o que sobra? E não é nem pros cachorros de rua, é no lixo mesmo. No caso de um regime socializado cada um receberia um marmitex em casa com a quantidade exata que deve e pode comer, sem excessos, sem desperdício, sem obesidade. O ser humano é ganancioso, cada um recebendo um marmitex em casa não ficaria ávido por mais comida, mas quando vê aquela panelona no restaurante a pessoa fica com vontade de comer mais do que deve, engorda, desperdiça e dá lucro pro dono do restaurante escravocrata que maltrata os funcionários pra eles produzirem mais e ficarem em pé durante horas atendendo.
Excelente. Leitura diária, cada vez mais prazerosa desde 2015.
Texto perfeito, simples e mesmo assim cheio de informação!
“De uma lucidez estupefata sobre como misturar alhos com bugalhos!”, diria minha Vovó com a sua modéstia acadêmica.
Leandro, me tire umas dúvidas agora… eu sei que a Alemanha é referência em seus produtos, seja nos carros seja em outras coisas (a ração dos meus camarões ornamentais é alemã, da Sera, até me surpreende que seja isento do Ministério da Agricultura, mas na verdade o produto veio de maneira independente, custou nos EUA uma pechincha enquanto no Brasil sequer há “equivalente” nacional, fora das rações de farinha da Alcon) por causa da moeda forte, ambiente de investimentos favorável e da questão de tarifa de importação. É essa última parte que me intriga. Sei que entre os países-membros da UE, as restrições ao comércio são praticamente nulas, mas e fora do bloco? A Alemanha paga também baixas tarifas e tem pouca restrição para importar coisas de fora da UE? Eu posso supor que não porque os preços do Mazda 3 e do Golf, o primeiro é feito fora da UE (deve ser japonês ou mexicano) enquanto o segundo é feito dentro do bloco. Pode me confirmar isso por favor?
Note que interessante: é possível que se feche a fábrica do Golf paranaense por causa das baixas vendas. Cadê os desenvolvimentistas anti-importação agora para tentarem justificar? Criam empregos artificiais e depois esses empregos somem por causa da baixa demanda? Bom o que fizeram depois de nacionalizarem o carro foi uma vergonha total. Pena que é possível que se caso eles pararem a produção não tenhamos mais o bom Golf alemão, mais barato e melhor que o paranaense.
Estou aguardando os seus novos artigos!
Hitler era de direita, a prova disso é que ele só tentou se filiar em partidos de extrema- direita.
Link: https://m.oglobo.globo.com/sociedade/historia/documento-revela-que-hitler-foi-recusado-por-partido-de-extrema-direita-22008264
O resultado deste excesso de divisão de trabalho, é esta geração leite com pêra, que não sabe fazer nada, que praticamente pagam para os outros fazer tudo…
isso é o que acontece quando deixa-se tudo ao sabor do livre mercado: Muitos donos de embarcações preferem trabalhar com outros produtos, que possibilitam um lucro maior no valor do frete.
g1.globo.com/pernambuco/blog/viver-noronha/post/moradores-de-fernando-de-noronha-esperam-horas-para-comprar-agua-mineral.html
Olá !
Existe alguma relação de crescimento e inflação com a balança comercial ?
Vocês não acham que uma moeda valorizada vai gerar uma briga generalizada entre importadores, exportadores e produtores nacionais ?
Não é melhor colocar a meta de balança comercial zerada para ninguém encher o saco ?
Eu entendo que valorizar a moeda é importante, mas antes é preciso realizar a redução de impostos sobre as empresas, reduzir processos trabalhistas e desburocratizar.
Achar que valorizar a moeda vai forçar a produtividade é um erro, porque as regras do jogo são diferentes.
Pessoal vocês acham que compensa eu convencer a minha mãe sobre o austro-libertarianismo?
Ela veio hoje me falando algo como “Esse pessoal desse negócio de libertarianismo fica estragando a cabeça dos novinhos com essas ideias… esqueça isso, para de ficar ouvindo esses vídeos desse pessoal e viva na realidade, falo isso para o seu bem.”. Eu realmente não sei de onde ela tirou isso. Me sinto como se fosse uma cabeça de gado que saiu da cerca e o restante do gado pensando “Esse é subversivo, ele é contra isso e contra aquilo.”
Só porque ela acha que CLT é bom para ela e eu discordo? Ela tende a concordar comigo com algumas coisas do assunto envolvendo austro-libertarianismo.
Notícia do ano?
CUT lança programa de demissão, e funcionários ameaçam greve
www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/11/1936350-cut-lanca-programa-de-demissao-e-funcionarios-ameacam-greve.shtml
Êta Corporativismo maravilhoso.
https://www.oantagonista.com/brasil/71192/
Realmente, o mercado é um sistema complexo, gigantesco e intrigante. Mas, da forma que você o descreveu, só atende a quem pode adquirir o que ele, com toda a sua eficiência, dispõe nas gôndolas dos supermercados. Ou seja, o mercado funciona bem para quem pode comprar.
Como você vê o mercado atendendo a quem não tem dinheiro?
Para elaborar sua resposta, considere o fato de que mais de 700 milhões de pessoas vivem com menos de US$ 1,90 por dia.
O IBGE acaba de divulgar dados da sua pesquisa nacional por amostra de domicílios.
Em 2016, 92% dos lares brasileiros contavam com, ao menos, um celular (fornecido pelo mercado), enquanto apenas 66% tinham tratamento de esgoto (monopólio estatal). Na região Norte, a pior, o tratamento de esgoto não chega a 20%.
E ainda tem gente querendo menos mercado e mais estado. Todos voltaremos a cagar na fossa.
A cadeia de produção e distribuição de qualquer produto, mesmo os mais simples, é extremamente complexa quando analisada nos mínimos detalhes. Como um todo, está fora do alcance da mente humana.
Mas essa cadeia logística é dividida em inúmeras partes e etapas, cada uma sob a responsabilidade de um grupo de pessoas que precisa conhecer a fundo e cuidar apenas do respectivo segmento.
E assim os seres humanos em conjunto conseguem fazer aquilo que está além do alcance de qualquer indivíduo ou grupo.
Tudo descentralizado, voluntário e cada um beneficiando os outros em busca dos próprios interesses e vice-versa.
* * *
Preferi o exemplo da maçã do que o do porco. Deliciosa fruta, como a maioria das frutas. Já o porco é um nojo. Não sei como alguém tem coragem de comer porco e seus derivados, blegh!!
Mas tem coisas injustas numa economia de mercado. Imagine que ocorra um furacão numa cidade, e centenas de milhares de pessoas fiquem desabrigadas. É justo que o preço dos imóveis aumente 100% porque a demanda por moradia dobrou em decorrência do furacão?
O livre mercado é o único sistema ético pois é fundamentado no direito que o indivíduo possui de sem agredir a propriedade alheia, reunir sua propriedade, seus bens, seu capital e arriscar-se voluntariamente em produzir e investir algo buscando gerar, emprego, valor, inovação, lucro. E também igualmente no direito do consumidor de escolher consumir aquilo que bem lhe aprouver, quanto, e de quem quizer escolher ou considerar mais conveniente, pelo preço que achar melhor. Trata-se da liberda humana, o direito do indivíduo de ser livre e não ser impedido de correr seus próprios riscos e de criar algum valor.
Vai falar isso pra Dona Jocicleide lá do Sertão do Nordeste que tem 10 filhos e tem sustentá-lo com um salário de R$ 1000,00.
Esta ai uma coisa que eu realmente sou, ignorante.
Falhei em perceber a mudança da sociedade, hoje todos os serviços mais valorizados tem um viés mais abstrato, e todas as Minhas habilidades está no campo físico, perdi a janela de tempo, resumindo não consegui visualizar as tendencias do mercado. a única coisa positiva é que observando os crimes no brasil, acho que se eu fosse um criminoso, com a minha mentalidade atual eu seria um criminoso de sucesso.
O que é melhor hoje no Brasil: ser um empreendedor bem-sucedido, mesmo que exposto aos riscos e flutuações do mercado, ou um funcionário público federal? Pergunto do ponto de vista utilitário-pragmático e não do ponto de vista ético-moral.
Preciso tomar essa decisão, pois estou considerando seriamente mudar de uma posição para outra.
A resposta me parece clara no Brasil de ontem e de hoje, mas já não tenho tanta certeza em relação ao futuro. Hoje é Bolsonaro com Paulo Guedes, amanhã pode ser Ciro Gomes com Delfim Neto.
Para mim, isso é um dilema tão grande quanto viver de renda com juros do tesouro direto ou investir em ampliar o negócio ou simplesmente em ações.
Preciso de iluminação.
Olá. Meu primo está querendo comprar algumas coisas ilegais no mercado negro, pois ele está cansado da burocracia estatal. Acha isso uma boa ideia? E se ele comprar, há algum risco dele sofrer uma punição, como multa ou até mesmo detenção?
Quando o jurista acerta e não faz mais que a obrigação. Adivinhem quem foi contra a negociação? Sindicalistas.
Imaginem se aparece também um sindicalista em cada negociação, fusão e afins. Ou o fim da Renault-Nissan (que abaixou os custos de manutenção e reposição), cancelamento da venda da Opel para a Groupe PSA… precisam ler esse artigo.
Ok, texto publicado já há mais de 1 ano. De qualquer forma, se alguém passar por aqui: me considero um liberal com ressalvas a segurança, saúde e educação infantil. De qualquer forma, eu quero entender melhor o comportamento do livre mercado e a mágica da cadeia produtiva x preços ao consumidor no setor financeiro.
Quero enteder como este explica a crise do sub-prime nos USA. Um setor altamente desregulado pelo Estado e com seres/empresas altamente gananciosos operando – o que na teoria é bom num livre mercado -, levando a inovação dos produtos oferecidos (novas formas de derivativos, como exemplo os CDOs).
O livre mercado estabeleceu espaço para a criação dos CDOs, propiciando lucro no curto prazo, e oferecendo um produto péssimo a pessoas – na sua maioria imigrantes -, estes sem conhecimento do que estava sendo ofertado. O resultado todos conhecem: profunda recessão no mundo inteiro, com efeitos sentidos até hoje (+10 anos depois).
De que forma o livre mercado e a sua mágica, teria evitado tal resultado num mercado altamente desregulado pelo Estado? Abs.
O artigo me lembrou um pouco sobre a reforma da Previdência Social, onde o governo e o INSS vem á anos criando a mesma história: “A Previdência está quebrada. Vamos reformar ou todo mundo vai ficar sem aposentadoria”.
Na prática é bem diferente.
O que está quebrada é o regime próprio, fruto da incompetência dos governadores. O INSS está com superavit e continuará assim por um bom tempo.
Caso alguém duvide, como o governo quer diminuir a aposentadoria do segurado, mas ao mesmo tempo aumentar a quantidade de porcentagem em que pode retirar do INSS? Qual o sentido disso?
Saber mais, leia noneste site
Uma correção que me parece importante: um supermercado grande, no Brasil, trabalha com 16 a 20 mil itens. Um pouco mais se incluir eletrodomésticos e roupas. Não altera em nada o conteúdo da matéria, mas acho interessante corrigir o exagero.
Vejam só o que o nosso "Jenio" postou recentemente
Suíça está entre os 5 países mais livres do mundo no índice heritage: filho de estrangeiro que nasce lá não pode ser suíço, estrangeiro desempregado tem que sair do país, o banco central intervém no câmbio todo dia e tem mais de um PIB em reservas cambiais! Liberdade?
Deixo pra vcs detonar com ele
Pessoal, é verdade que Singapura é um exemplo de estatismo bem sucedido? Porque o Heritage e companhia classifica como "muito livre"?
Olha só os argumentos:
" Em Cingapura os direitos trabalhistas existem! A carga horária de trabalho é limitada a 44 horas semanais, com uma hora de almoço. Deve haver um dia de descanso remunerado no mínimo por semana. Existem 11 feriados nacionais pagos em que, caso haja trabalho, devem ser compensados pelo empregador. Você tem direito a até 14 dias de pagamento sem trabalho em caso de doença e até 60 em caso de hospitalização dependendo do tempo de casa. Você tem direito a férias remuneradas, que variam de 7 a 14 dias úteis por ano dependendo do tempo de casa. Seu empregador é obrigado a pagar a previdência pública obrigatória, chamada CPF. Você tem direito a 6 dias para cuidar de suas crianças, mas sem ser pago. 18 semanas de licença-maternidade… Faltam apenas 2 itens que alguns sentem falta para ser completo: Seguro-desemprego e salário mínimo.
Fontes sobre direitos trabalhistas:
http://www.mom.gov.sg/~/media/mom/documents/employmen..
http://www.mom.gov.sg/~/media/mom/documents/employmen..
http://www.mom.gov.sg/employment-practices/leave/unpa..
http://www.mom.gov.sg/employment-practices/leave/mate..
Nas grandes empresas do país, o governo de Cingapura intervém sistematicamente. E ao intervir, não digo apenas na regulação, ele força determinados empreendimentos a ter participação estatal e é acionista de praticamente todas as grandes empresas do país.
Cingapura possuía um PIB de 307 bilhões de dólares em 2014 e, nesse mesmo ano, seus dois fundos soberanos (Temasek Holdings e GIC – Government of Singapore Investment Corporation Private Limited) foram avaliados em 530 bilhões de dólares. Isso significa que o Estado de Cingapura possui 1,7x mais riquezas que toda a riqueza produzida em um ano de sua cidade-estado somada. Se isso não é um Estado gigante, nenhum Estado do mundo é gigante.
Não satisfeito com isso, o governo de Singapura possui participação relevante NA MAIORIA as 10 maiores empresas do país, que pode ser conferida na lista da Forbes:
1 – DBS, Temasek é o 4º maior acionsta.
2 – Singtel, Temasek é o maior acionista.
3 – Oversea-Chinese Banking, Singapore Investments Pte Ltd (GIC) é o 7º maior acionista.
4 – Wilmar International, não possui participação relevante do Estado
5 – Keppel Corp, Temasek é a maior acionista.
6 – CapitaLand, Singapore Technologies é o maior acionista, sendo que o maior acionista do Sigapore Technologies é o Temasek
7 – Singapore Airlines, Temasek é o maior acionista
8 – SembCorp Industries, Temasek é o maior acionista
9 – Flextronics International, não possui participação relevante do Estado
10 – Global Logistic Properties, não possui participação relevante do Estado
Não satisfeito de incentivar ou desincentivar os investimentos da iniciativa privada como prega o keynesianismo, o governo singapurense participa EFETIVAMENTE da administração de quase todos os grandes empreendimentos do país, por meio de seus fundos soberanos e suas empresas controladas.
Fontes sobre o tamanho do Estado de Cingapura e a participação estatal nas empresas:
http://www.singstat.gov.sg/docs/default-source/defaul..
http://www.kpmg.com/ES/es/ActualidadyNovedades/Artic..
http://www.economywatch.com/companies/forbes-list/sin..
http://www.temasek.com.sg/portfolio/portfolio_highlig..
http://www.gic.com.sg/about-gic/our-history"
O governos também é composto de várias pessoas, trabalhando em muitos departamentos, ao contrário da falsa analogia feita no início do artigo
“Toda a cadeia de produção de maçãs, agora estatizada, está sob seu comando. Sendo assim, VOCÊ não pode simplesmente comprar maçãs no atacado. Já que tudo é do governo, não há mercado para os produtos. Logo, não há preços.
Consequentemente, VOCÊ terá de descobrir todos os insumos necessários para cultivar maçãs, colhê-las e transportá-las ao supermercado. VOCÊ é o responsável por todas as etapas de produção e distribuição de maçãs. Vejamos apenas algumas etapas.”
Se você é contra a economia de mercado, você nunca viveu fora dela
As vezes vcs falam que nunca existiu liberalismo de verdade. Então tb não pode ser contra algo que vc nunca viveu fora
Já é difícil planejar as compras de supermercado do mês. Imagina a produção e distribuição de maçãs à população…