As máquinas continuarão substituindo o trabalho humano? Sim. Quem deseja isso? Os consumidores

Ao final de 2016, a Amazon apresentou a “Amazon Go”,
uma loja de conveniência futurística e totalmente automatizada, que será aberta
em Seattle em alguns meses.

A ideia é sensacional: você entra na loja, pega os
produtos que quiser, coloca na sacola e simplesmente vai embora, sem ter de enfrentar
nenhuma fila de pagamento e sem ter de lidar com nenhum caixa humano. Os produtos
retirados são debitados em seu aplicativo de smartphone.

Este sensacional empreendimento fará com que aquelas
idas rápidas ao mercado se tornem muito mais cômodas e fáceis para os
consumidores mais ocupados e sem tempo. Você não levará mais do que um minuto
para entrar no estabelecimento, pegar o que quiser, e sair logo em seguida (tal
tecnologia é chamada de grab and go, “pegue
e vá” ) Sem filas enormes, sem chateação, sem perda de tempo.

Esta é a tendência para todos os supermercados e
pontos comerciais no futuro.

Nos países mais ricos, já vemos a integração de
várias máquinas de auto-atendimento nas grandes redes de supermercado,
substituindo os caixas humanos. Mesmo restaurantes fast-foods estão adotando
essa tendência. O McDonald’s atualmente possui quiosques em várias localidades
que permitem aos clientes pedir e receber sua comida sem qualquer interação
humana. As redes Carl’s
Jr
. e Hardees também
já anunciaram que irão testar quiosques automatizados em seus estabelecimentos.

Ainda em 2012, uma startup de robótica chamada Momentum
Machines
 apresentou
um protótipo
 de uma máquina totalmente autônoma que recebe os pedidos
dos clientes, cozinha a carne, fatia os vegetais, monta o hambúrguer, embala-o,
e entrega ao cliente. Esta máquina se mostrou capaz de preparar 400
hambúrgueres em uma hora. A empresa já comprou um prédio na cidade de San
Francisco e pretende inaugurar um restaurante totalmente autônomo em breve. Tal
restaurante ainda irá necessitar de alguns poucos humanos, que terão as funções
de garantir que as máquinas funcionem harmoniosamente, retirar o dinheiro das
máquinas e efetuar outras tarefas menores.

Obviamente, caso essa hamburgueria automatizada se
comprove lucrativa, é de se esperar que as grandes cadeias sigam essa
tendência.

Obviamente, os críticos e pessimistas já estão se
manifestando dizendo que este tipo de automação, caso se torne difundido,
colocará em risco uma enorme variedade de empregos, como o de caixa e
atendente.

Relatório
sugere que quase metade dos empregos nos EUA é vulnerável à automação
“,
grita uma manchete de jornal. “As máquinas irão roubar nossos empregos!” é
um grito que já pode ser ouvido em vários países do mundo, principalmente nos
mais avançados.

Essa preocupação em relação ao emprego — ou, mais
especificamente, ao uso de mão-de-obra humana para fazer trabalhos físicos,
repetitivos e cansativos — não é nova e tampouco é específica e restrita a
determinadas áreas. Com efeito, a humanidade possui um longo histórico de temor
em relação a todo e qualquer progresso mecânico, atribuindo a ele todas as
eventuais taxas de desemprego ao longo da história.

O
tempo passou, quase nada mudou

Essa postura anti-automação e anti-mecanização não só
é antiga, como parte de uma crença bem-definida: a crença de que as máquinas e
a automação deixam os trabalhadores mais pobres. 

Esta crença é frequentemente rotulada de ‘filosofia
ludita’. Um sujeito chamado Ned Ludd supostamente saiu quebrando máquinas
de tear durante um acesso de fúria em 1779. Em 1811, um artigo sobre Ludd
foi publicado em um jornal. Isso inspirou várias pessoas a repetirem o
feito. Quando então elas saíram quebrando máquinas, elas foram chamadas de
luditas.

Quem eram esses agressores? Eram pessoas que
até então possuíam empregos altamente bem pagos como fabricantes de
determinados bens que atendiam às demandas de pessoas ricas. Era um
mercado bem restrito. Com o tempo, essas pessoas foram descobrindo que sua
clientela cativa estava diminuindo em decorrência do fato de outros produtores
terem passado a utilizar máquinas para produzir em massa esses mesmos
bens. Essa produção em massa aumentou a oferta desses bens. Tal
aumento da oferta levou a uma redução de preços. Essas pessoas
repentinamente descobriram que seu trabalho era caro e pouco produtivo.

Tais pessoas eram membros de uma guilda que por
séculos havia utilizado seu poder político em áreas urbanas para adquirir o
monopólio de mercados específicos. Elas descobriram que a concorrência de
preços trazida pelas máquinas estava reduzindo suas rendas. Em resposta, elas
destruíam as máquinas. Em outras palavras, elas utilizavam de violência
contra produtores e proprietários de máquinas com o objetivo de manter seu
monopólio. Antes, elas utilizavam seu poder político para alcançar este
mesmo objetivo.

O termo “sabotador” vem de
“sabot”, que significa sapato em francês. Operários atiravam
sapatos nas máquinas com o intuito de destruí-las e, com isso, reduzir a
produção de bens altamente específicos. Tal ato era visto pela maioria das
pessoas como destrutivo, mas ele claramente trazia benefícios de curto prazo
para aqueles que estavam enfrentando a concorrência das máquinas. No
final, tudo era apenas mais um dos vários casos de violência contra
proprietários e empreendedores.

Essa filosofia dos luditas ainda continua presente
entre nós, sendo encontrada mais especificamente naqueles que criticam a automação
e o uso da robótica. Ainda hoje, há várias pessoas cujo conhecimento
econômico sobre a natureza do livre mercado e sua relação com a prosperidade
econômica é precário. Tais pessoas são hostis ao uso de robôs em praticamente
todas as áreas de produção — curiosamente, elas aceitam a automação e o
uso intensivo de máquinas naquelas tradicionais linhas de montagem, as que vêm
utilizando robôs há 30 ou 40 anos (como o setor automotivo). 

No entanto, o aumento da produtividade que levou o
mundo aos bons tempos de 40 anos atrás foi baseado também na adoção de técnicas
de produção em massa as quais hoje chamaríamos de automação e robótica. Foi a
adoção de máquinas no lugar da mão-de-obra humana, algo que por sua vez se baseou
em novos suprimentos de energia, o que permitiu que todo o mundo se tornasse
mais rico. 

Pense nas invenções do século XIX. Pense na
ferrovia. Pense na colheitadeira e no trator. Pense na máquina de
costura. Todas essas invenções substituíram o trabalho manual por
equipamentos. Os condutores de charrete perderam a competição contra o
motor a vapor, e o mundo ficou em melhor situação por causa disso.

Não importa quantas histórias sejam contadas e
quantos exemplos práticos sejam relatados sobre o incremento no padrão de vida
do mundo atual em decorrência do aumento do uso de energia mecânica e elétrica,
e do aumento do uso de máquinas — a mentalidade ludita continua firme e forte. Há
pessoas que continuam afirmando que a automação nós deixará mais pobres. Elas estão dizendo isso há 200 anos.

Tão arraigado é esse temor das máquinas, que o
economista Henry Hazlitt, ainda na década de 1940, se sentiu compelido a dedicar
um capítulo inteiro de seu livro “Economia Numa Única Lição
para refutar este mito. Em seu capítulo intitulado A Maldição da Maquinaria, ele escreve:

A
crença de que as máquinas causam desemprego, quando mantida com alguma
consistência lógica, conduz a conclusões absurdas e ilógicas. Não apenas
temos de estar causando desemprego com o aperfeiçoamento tecnológico atual,
como também o homem primitivo deve ter sido o primeiro a gerar desemprego ao
aplicar idéias que o poupavam de trabalho e suor inúteis.

A
lição do macaco velho

Há uma regra fundamental na economia que nunca deve
ser ignorada: qualquer coisa que possa ser feita
lucrativamente por uma máquina deve ser feita por uma máquina
.

Por que isso é verdade? Porque a mão-de-obra
humana é, de longe, a mais versátil e a mais móvel dentre todos os
capitais. As pessoas são capazes de estar sempre aprendendo novas formas
de servir seus clientes. Macaco velho realmente aprende novos
truques. No entanto, para fazê-lo aprender novos truques, ele tem de
enfrentar a realidade: o que quer que ele fazia antes para ganhar a vida pode
agora ser feito de maneira mais eficiente e mais barata por uma máquina. 

Macaco velho prefere fazer truques velhos. E
ele prefere ganhar uma renda alta para fazer truques velhos. Só que o progresso
econômico não o permitirá continuar auferindo uma renda alta fazendo truques
velhos caso surjam novas ferramentas que irão possibilitar que novatos façam
esses mesmos truques — e os façam de maneira até melhor — a um preço menor.

A maneira como o Ocidente enriqueceu após 1800 foi
por meio do empreendedorismo, da criatividade, da redução do custo da energia
(possibilitada por maiores investimentos e maior acumulação de capital) e da
invenção de máquinas melhores e mais eficientes.  Nós enriquecemos porque
fomos capazes de aproveitar a produtividade da natureza, na forma de energia e
por meio de equipamentos especializados, e utilizá-la para substituir a valiosa
mão-de-obra dos seres humanos, mão-de-obra essa que consequentemente foi
liberada para ser utilizada em outros setores, o que permitiu um aumento
generalizado da oferta de bens e serviços.

A automação libertou o ser humano do fardo de ter de
fazer trabalhos pesados — até então essenciais — e o liberou para se
aventurar em novos empreendimentos. Isso aumentou
a oferta de bens e serviços, aumentando o progresso e o bem-estar da
humanidade.

Todo esse processo, ao contrário do que dizem os
luditas, foi propício à criação de novos empregos. No final, é tudo uma questão
de o macaco velho saber se adaptar.

Os
demitidos e os consumidores

Os luditas sempre afirmam estar falando em nome dos
trabalhadores que foram substituídos pelas máquinas e cujos serviços não mais
conseguem concorrer em um livre mercado. 

Os luditas se posicionam a favor do trabalhador
demitido como se as necessidades de um trabalhador demitido gozassem de uma
maior autoridade moral do que os desejos de consumidores que estão sempre à
procura de bens melhores e mais baratos. O ludita parte do princípio de
que o livre mercado deve funcionar em benefício do produtor e não em beneficio
do consumidor.

Essa é a lógica da guilda. 

Eis a realidade: sempre que for lucrativo para o
empreendedor substituir um ser humano por uma máquina, a conclusão é uma só: os
consumidores estão sendo mais bem servidos pela máquina. Quem diz
isso? Os próprios consumidores. São eles que compram os produtos das
máquinas. São eles que, ao propiciarem lucros para o empreendedor, mostram para
ele que sua decisão foi acertada.

São os consumidores, em
suma, que decidem quais empregos devem continuar existindo e quais devem ser
substituídos por máquinas
. O empreendedor apenas segue essas ordens.

O consumidor não está interessado em saber quão
trabalhoso e quão custoso é o processo de produção de um bem. Ele não está
interessado em pagar mais caro só porque a fabricação de um produto empregou desnecessariamente
mais pessoas do que deveria.

Ele está interessado apenas em uma combinação:
qualidade alta e preço baixo. Sempre foi assim e sempre será assim. Consumidores querem barganhas. Consumidores querem produtos bons. Consumidores querem produtos bons a preços baixos. Consequentemente, ele irá premiar aquele produtor
que lhe entregar exatamente isso. Se esse produtor tiver de recorrer a mais máquinas
e a menos trabalho humano para alcançar esse objetivo, então ele fará
exatamente isso.

Mas há também uma boa notícia para o ludita: quanto
maior a automatização, menores os custos de produção. Consequentemente, menores
os custos de entrada para novos empreendimentos. Isso significa que novos
empreendimentos poderão surgir mais facilmente, de modo que aquelas pessoas que
foram demitidas por causa da automação poderão encontrar novos empregos
rapidamente.

Essa, aliás, é uma lógica econômica impermeável à
mente ludita: tudo o que é poupado no processo de produção se transforma em
mais capital disponível para novas ideias. Se passamos a utilizar menos
mão-de-obra e menos recursos em um determinado processo produtivo, essa
mão-de-obra liberada e esses recursos poupados estarão livres para ser
utilizados em outros processos de produção, em novas ideias e em novos
empreendimentos. 

A própria automação criou e continuará criando
vários tipos de empregos direitos e indiretos. E a produção em abundância
possibilitada pelo trabalho mecanizado permitirá que os recursos poupados sejam
direcionados e investidos na medicina, nos sistemas de transporte e em novos
conceitos empresariais, gerando cruciais inovações. A tecnologia de hoje,
que já é impressionante, parecerá arcaica em comparação.

Conclusão

Aumentos no padrão de vida estão diretamente
relacionados a um aumento na quantidade de bens e serviços disponíveis. E
isso foi possibilitado pela automação. E continuará sendo.

Com mais automação, iremos eliminar trabalhos
perigosos, sujos, insalubres e degradantes, ao mesmo tempo em que poderemos
explorar os dois terços da terra inóspitos aos seres humanos.

Os desejos do ser humano são, por definição,
ilimitados; e, enquanto o capitalismo ainda não houver encontrado uma maneira
de satisfazer todos os desejos e de curar todas as doenças — ou seja, nunca –,
sempre haverá capital buscando novas possibilidades de investimentos e
soluções. 

Com a abolição das formas mais exaustivas de
trabalho possibilitada pela automação, a genialidade do ser humano será
liberada para se concentrar em uma infinidade de desejos e necessidades ainda
não atendidos pelo mercado.  Entre as maiores enfermidades, aquele flagelo
que é o câncer será atacado por investimentos exponenciais, em conjunto com as
mentes bem-remuneradas por esses investimentos.

A solução para o nosso bem-estar passa pelo
aprofundamento da automação.

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Leia
também:

A social-democracia está em
entrando em seu último suspiro, e será abolida pela automação — e o que você
deve fazer para garantir um emprego

0 comentário em “As máquinas continuarão substituindo o trabalho humano? Sim. Quem deseja isso? Os consumidores”

  1. Comparados a humanos, máquinas e robôs são menos custosos para ser empregados — em parte por razões naturais, em parte por causa das crescentes regulamentações governamentais.

    Dentre os custos naturais estão o treinamento, as necessidades de segurança, e os problemas pessoais como contratação, demissão e roubo no local de trabalho. Adicionalmente, máquinas e robôs podem também ser mais produtivos em determinadas funções. De acordo com este site, eles “podem fazer um hambúrguer em 10 segundos (360 por hora). Além de mais rápido, também com qualidade superior. Dado que o restaurante agora estará com mais recursos livres para gastar em ingredientes melhores, ele poderá fazer hambúrgueres gourmet a preços de fast food.”

    Dentre os custos governamentais estão o salário mínimo, os encargos sociais e trabalhistas e todos os eventuais processos na Justiça do Trabalho, muito comuns no setor da gastronomia. Chegará um momento em que a mão-de-obra humana em restaurantes fará sentido apenas para preservar um “toque de classe” — ou então para preencher um nicho.

  2. Graças à tecnologia, faz ano que não entro em uma agência bancária. Quando entro, é no máximo no caixa eletrônico. Certas profissões são completamente desnecessárias, como ascensorista, manobrista, frentista, porteiro, operador de caixa, etc. No serviço público então, puta merda, 90% não serve para nada, seriam facilmente substituídos por máquinas.

  3. Sem contar que antigas profissões ainda resistem.

    Ainda há sapateiros, fabricantes de vela, roupas sob encomenda, comida artesanal e uma infinidade de coisas que podem ser perfeitamente automatizadas, mas que atendem muitos consumidores que preferem comprar produtos feitos à mão.

    O curioso é que mesmo estes produtores artesanais estão usando ferramentas cada vez mais modernas para fazer seus produtos “à mão”, com muito mais qualidade e produtividade que seus equivalentes do passado.

  4. Todo o raciocínio ludista pode ser condensado na seguinte ideia: indivíduos que agem segundo seus próprios interesses, comprando bens e serviços de baixo custo, estão atuando contra os interesses do país.

    E a conclusão ludista é: precisamos de mais funcionários públicos com armas e distintivos para restringir o consumidor, o empreendedorismo e a busca pelo interesse próprio. Precisamos de mais governo para suprimir nossos desejos de melhorarmos de vida. Isso nos deixará em melhor situação.

  5. Toda a postura anti-automação e anti-importações se baseia na ideia de que o emprego é sagrado e que ninguém pode ousar em tira-lo de alguém. O pior é que os próprios economistas acabaram ajudando a criar esse mito, já que a maioria enxerga o emprego como o objetivo final de qualquer projeto.

    Um emprego nada mais é do que um investimento. Uma pessoa pode amar jogar Rugbi, mas por não ver muito futuro no esporte acaba escolhendo uma profissão aonde espera ter mais sucesso.

    Quando uma maquina é capaz de substituir alguém, é tarefa da pessoa e somente dela de mostrar que ainda é mais competente e que trará mais lucros no futuro. Se não conseguir, adeus. Ninguém tem a obrigação de garantir o emprego de ninguém. Além disso, como dito no texto: “A mão-de-obra humana é, de longe, a mais versátil e a mais móvel dentre todos os capitais”

    Não é a toa que hoje muitos jovens desempregados na Europa e Estados Unidos culpam o estado pela sua situação. Aqui no Brasil logo a gente vai ver a mesma situação. Milhares de estudantes estão se formando em Engenharia Civil na esperança de dinheiro fácil, mas quando o setor implodir vão ser poucos que vão conseguir continuar ganhando. A choradeira vai ser grande.

  6. Acredito que no futuro os trabalhadores braçais irão se transformar em trabalhadores investidores. Sabendo-se que as máquinas continuarão substituindo o trabalho humano, as empresas colocarão esses trabalhadores como financiadores nas empresas onde trabalham.

    Empresas criarão um jeito de não mandar embora os seus trabalhadores braçais. Eles ficarão na empresa e serão os novos parceiros financeiros dessas empresas.

  7. Vamos trabalhar com a hipótese de o mundo estar no limite de sua capacidade,ou seja hoje em dia já temos dezenas de milhares de itens sendo produzido,então haveria espaço para subirmos isto para centenas de milhares,no momento existem mais de 70.000 itens sendo ofertados e isto poderia passar para mais de 100.000 itens,vejam bem é possível,mas ao mesmo tempo assustador esses números…

  8. Quem ainda não acredita na explicação do Leandro sobre o boom das comodities, faça o seguinte:desde já acompanhe o preço do dólar,o preço das comodities,e a demanda chinesa por comodities.Quando o ano fiscal do Trump começar o dólar vai pro abismo de vez,e as comodities para as nuvens,ao mesmo tempo em que a demanda chinesa por comodities permanecerá comportada,não podendo ,portanto,ser usada como explicação para o boom das comodities.Na verdade,eu só passei a entender o famoso boom das comodities através aqui do IMB,e agora temos nos próximo anos a oportunidade de confirmar pela empiria aquilo que a lógica econômica ensina.Tomara que dê certo,pois nós somos grandes exportadores de comodities.Nesse ano por exemplo entra em operação o projeto S11D da vale que elevará em 90 milhões de toneladas a produção brasileira,e o tipo de ferro é imbatível pelo grau de pureza de possui.A safra de grãos será recorde esse ano.Enfim um boom de comodities é tudo que precisamos nesse momento.

  9. “Ele [o consumidor] está interessado apenas em uma combinação: qualidade alta e preço baixo”.

    Mais recentemente há um outro fenômeno buscado pelos consumidores: a customização (personalização) dos produtos que consome.

    Tais personalizações sempre foram feitas por produtores artesãos (imagina uma Ferrari produzida conforme a especificação do cliente!!!).

    Mas não dá pra fazer a mesma coisa para uma massa cada vez maior de gente.

    A customização em massa exige novas máquinas e novas abordagens tecnológicas.

    Resultado:

    “Many observers believe that Europe is at the beginning of a new industrial revolution, considered to be the fourth such leap forward and hence labelled Industry 4.0. The ubiquitous use of sensors, the expansion of wireless communication and networks, the deployment of increasingly intelligent robots and machines – as well as increased computing power at lower cost and the development of ‘big data’ analytics – has the potential to transform the way goods are manufactured in Europe. This new, digital industrial revolution holds the promise of increased flexibility in manufacturing, mass customisation, increased speed, better quality and improved productivity.”

    Vide: http://www.europarl.europa.eu/RegData/etudes/BRIE/2015/568337/EPRS_BRI(2015)568337_EN.pdf

  10. Senhores editores do Mises Brasil

    Segundo os articulistas do presente artigo aqui no Instituto Mises: ““Relatório sugere que quase metade dos empregos nos EUA é vulnerável à automação”, grita uma manchete de jornal..

    Entrei no link e não vi “grito” nenhum. O que vi foi que os autores concluíram que cada vez mais a automação está substituindo os humanos e que os mais afetados serão os menos qualificados os quais só conseguirão colocação no mercado através de maior esforço em auto-qualificação. Nada que ninguém não saiba desde a explosão tecnológica iniciada no final do século XIX.

    Inclusive o artigo [i]Report Suggests Nearly Half of U.S. Jobs Are Vulnerable to Computerization[/] , reforça a tese apresentada no presente artigo aqui do Mises.

    Muitas vezes percebo que certos artigos aqui no Mises usam de colocações hiperbólicas (tipo “grita manchete de jornal”) a meu ver totalmente desnecessárias quando o autor tem segurança do que está querendo demonstrar.

  11. AS MAQUINAS APOSENTAM O “MACACO VELHO”

    Concordo em grau,gênero e número,compreendo ser INEXORÁVEL e IRREVERSÍVEL a automação, a aplicação da robótica,tudo o que foi dito,mas causa PERPLEXIDADE GIGANTE, o TEMPO para reciclar,readaptar bilhões de pessoas de nivel muito baixo e o conhecimento necessário para empregos que exigem alta qualificação.NA máquina troca-se o programa, um upgrade e tudo em minutos ou segundos se atualiza, mas o cérebro humano não, “está fora deste pareo”,não participa mais da equação.

    Existe uma diferença enorme, talvez quase o mesmo do macaco para o homo sapiens,contingentes enormes,bilhões de pessoas, são infantis,com conhecimentos rudimentares,grande parte analfabetos funcionais,demandariam anos e anos,outra geração e com preparação, para serem adequadas a empregos de alta sofisticação tecnológica.Como desatar este nó?

    Até hoje,as maquinas eram menos capazes que humanos, foram se sofisticando e praticamante não há funções mais para “macacos velhos” são LENTOS NO APRENDIZADO (melhora do nivel do soft humano) comparado com as máquinas,microssegundos, e multifuncionais.Poucos humanos estariam exercendo funções com resultados melhores,mais rapidamente ,com menor custo. É O QUE TEMOS OBSERVADO ATÉ HOJE.

    Softwares inteligentes escrevem romances,histórias as mais diversas,adequadas a cada mercado,com particularidades e detalhes ,baseados em informações da aceitação que se tem,em questão de segundos.

    Num futuro, o macaco velho seria beneficiado pela máquina,e ficaria só “EM MODO LAZER”,na boa vida;mas a transição e questões da viabilidade pratica disso ninguém imagina ou apresenta algo pratico.

    É óbvio, as respostas sempre são, “NOVAS FUNÇÕES SURGEM AO SE EXTINGUIREM OUTRAS…” , mas EM MASSA,RÁPIDAMENTE,e NA PRATICA, se alguém souber por favor conte, mostre,demonstre.A velocidade de aperfeiçoamento e evolução das máquinas, que hoje já fabricam máquinas,mudou ,MUDOU!!!É urgente,dá medo pensar mais…

    PS.:sem falar em sindicatos,direitos trabalhistas,leis absurdas que inviabilizam empregar humanos,macacos velhos, em detrimento das máquinas

  12. “Consequentemente, menores os custos de entrada para novos empreendimentos. Isso significa que novos empreendimentos poderão surgir mais facilmente, de modo que aquelas pessoas que foram demitidas por causa da automação poderão encontrar novos empregos rapidamente”

    No caso, seria viável as novas empresas absorverem os trabalhadores? Se automação for uma via mais barata?

  13. …macaco velho quer viver morrer fazendo o que sempre fez…

    Sim, é tendência, padrão de comportamento humano ,de uma grande parte dos trabalhadores;desviam de inovações e mudanças ;sempre foi, e tudo diz que assim continuará a ser.

    Macacos velhos são então,POR QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA obrigados a evoluirem,se reciclarem para novas funções, novas atividades necessarias , diferentes oportunidades ,assim aconteceu.

    O caso é que as inovações,alterações,novas atividades,se dão em tempos cada vez menores ,em ALTA VELOCIDADE,COMO NUNCA ANTES,requerem conhecimentos e capacidades acima daquela dos milhões de macacos velhos,que se tornam obsoletos; entra a máquina e é IRREVERSIVEL que assim seja,e estão já em favelas,sub empregados, fazendo o que tiver que ser feito para sobreviverem,assaltando,matando e tudo o que vemos acontecer.

    ISSO É REAL,NUNCA ACONTECEU EM ALTA VELOCIDADE, VELOCIDADE ESTA MAIOR QUE A NECESSARIA PARA RECICLAR MACACO VELHO,QUE MESMO QUERENDO,JÁ ERA.SÓ NÃO VÊ O SIMPLISTA DE BUTECO QUE NÃO PAROU PARA PENSAR.

    NUNCA,nunca estivemos diante de uma TAMANHA E VELOZ mudança em todas as áreas.

    A VELOCIDADE,A VELOCIDADE NUNCADANTES VISTA,O ADVENTO DO IMPÉRIO DAS MÁQUINAS,A INTERNET DAS COISAS ,desde faxina,cozinha,transporte sem motoristas e carros sem mot disponíveis,robótica na industria,agricultura,saude deixa todos os macacos velhos fora do jogo EM QUASE TODOS OS NÍVEIS.

    A VELOCIDADE DE APRENDIZADO DOS MACACOS VELHOS E DAS MÁQUINAS É MICROSSEGUNDOS NA MÁQUINA E ANOS PARA HUMANOS TERRAQUEOS. HUMANOS TERRÁQUEOS APRENDEM MAIS DEVAGAR QUE AS INOVAÇÕES QUE OCORREM,E FICAM CADA VEZ MAIS DESLOCADOS.



    DIZER QUE NOVAS FUNÇÕES OCORREM, É GENERICO, EM OUTRAS ERAS , ERAS DA LERDEZA,FOI VERDADE. HOJE NÃO É MAIS, QUALQUER UM QUE TENHA VISÃO DO AQUI E DO AGORA PERCEBE A MEGATRANSFORMAÇÃO DO MUNDO PELA AUTOMATIZAÇÃO DE TUDO,DE TUDO.

    VELOCIDADE DE APRENDIZADO HUMANO,ADAPTAÇÃO E RECICLAGEM DE MACACOS NOVOS E VELHOS,NOVOS TAMBÉM,MENOR DO QUE A MINIMA NECESSÁRIA, EIS A QUESTÃO.

    ALERTA DE TSUNAMI DE MUDANÇAS EM TODAS AS ÁREAS,PODEM DESBANCAR MACACOS VELHOS E NOVOS DO COMANDO DO MUNDO,ATÉ AGORA NADA INDICA O CONTRARIO.

    ATÉ OS POLITICOS NÃO MENTEM MAIS AO NATURAL,USAM SOFT PARA CADA PLATEIA DE CADA LUGAR CONFORME MILHÕES DE DADOS,OBTIDOS E APLICADOS PARA TAL.PROGRAMAS ROBOS OPERAM NAS BOLSAS,ESCREVEM LIVROS SELECIONAM HUMANOS.

    LEIS DE MERCADO CONSIDERAM A VELOCIDADE DOS AGENTES DO MERCADO PARA PRODUZIREM , INVESTIREM , DECIDIREM,DOS HUMANOS, MAS COM AS MAQUINAS ATUANDO,ONLINE,RM TEMPO QUASE REAL,QUANDO HUMANOS QUEREM PENSAR, AS MAQUINAS JÁ PENSARAM,DECIDIRAM,COMPRARAM E VENDERAM. ALTERAM RESULTADOS ASSUSTADORAMENTE E COMO NUNCADANTES VIMOS

    ESTA É A QUESTÃO. SE NADA PUDERAM FAZER NA ERA DE LUD,IMAGINA AGORA QUE É NECESSÁRIO PEDIR LICENÇA PARA AS MAQUINAS.

  14. Caros: OBSERVADOR e LEANDRO:

    A) Em relação à frase ‘Ao contrário de vocês que não erram nunca’, eu não usei esta expressão por “afetação de coitadismo” ou para recorrer a “artimanha vitimista”.

    Mas, admito que exagerei, pois procuro seguir a regra de vocês: "Envie-nos seu comentário inteligente e educado". Aliás, até hoje, todos os meus comentários foram publicados, mostrando que o Mises não censura opinião. Rebate mas não censura.

    Agora, Leandro, tirando a frase acima, em todos os comentários anteriores desta nossa troca de comentários, eu fui cordial com você e vice-versa.

    Só usei a frase porque em nenhum momento eu havia contestado a sua teoria, apresentada pelo Leandro no post original dele. Até comentei no meu primeiro comentário:

    ‘E, em relação ao seu comentário acima, não discordo quanto à correlação existente entre uma commodity e a moeda em que ela é comercializada. ‘

    Porém, na sequência exprimi: ‘No entanto, se me permite, gostaria de discordar parcialmente dos seus comentários. ‘

    E, quanto às duas frases, eu repeti, com outras palavras, em todos os comentários seguintes.

    Leandro, em nenhum momento eu fiquei zangado. Tenho 60 anos e trabalho desde os quatorze. Portanto, se cheguei até a 3ª idade, lúcido e trabalhando, não foi ficando zangado por uma troca de opiniões divergentes com outra pessoa, que, aliás, neste caso nem conheço pessoalmente, mas só através de leituras de artigos, comentários e uma palestra sua, divulgados aqui no Instituto Mises.

    Interessante é que o uso daquela frase gerou, como reação, uma avalanche de adjetivos:

    Complexo de “coitadismo”, “vitimismo”, não aceitar questionamento, tentar espalhar algo como sendo supremo,

    Não gostar de ser contraditado, querer falar sem ser questionado, recorrer à artimanha vitimista,

    Querer distorcer a realidade por ser despreparado para o debate público.

    “Ele deve estar no site errado.” Não encontrei em nenhum local do site algum código de conduta de quem deva ou não entrar no site.

    B) Em nenhum momento quis fazer análise econômica.

    Só exprimir meu ponto de vista. Não recebo absolutamente nada do Instituto Mises para postar meus comentários, aliás, como ninguém recebe, imagino.

    São todos por livre e espontânea vontade.

    C) Graças as leituras e trocas de comentários aqui no Mises aprendi muitas coisas, apesar de

    nem sempre concordar com o que está escrito. É da natureza humana, livre pensar.

    D) Finalmente, quanto à sugestão de entrar nos sites oferecidos por Mr. Richards, não entrei porque ele não usou o padrão de dicas de formatação de criar links, oferecido pelo Mises. Por exemplo, os dois links que indiquei, da petroleira BP e do EIA, fiz no padrão do site.

    Além disto, são todas fontes secundárias de jornais e revistas brasileiras, copiadas de fontes originais.

    Mais adiante volto a falar do petróleo com links de sites originais.

  15. Que não seja por isso Paulo Bat, farei sua vontade e postarei em forma de hyperlink.

    2007

    Com ajuda da Petrobras, Bolsa sobe 2,24%; dólar cai a R$ 2,13 – 10/01/2007

    “No câmbio, o dólar comercial caiu 0,23% e encerrou vendido a R$ 2,13. A alta do petróleo no mercado internacional e a melhora na classificação de risco da estatal deram fôlego para a recuperação dos papéis da Petrobras, que respondem por cerca de 16% do Ibovespa, o que respingou no pregão como um todo. A recuperação de preços de commodities e o quadro relativamente tranqüilo no exterior ajudaram no viés positivo.”

    Após seis altas, Bolsa cai 1,68%; dólar sobe para R$ 2,093

    – 07/02/2007

    Bolsa quebra 3 recordes num dia e sobe 1,77%; dólar cai abaixo de R$ 2,10 – 14/02/2007

    2008

    Preço das commodities cai e dólar sobe 1,18% – 22/08/2008

    Mercados: Bovespa segue commodities e cai 0,27%; dólar sobe a R$ 1,66 – 02/09/2008

    2009

    Mercados recuperam fôlego e dólar cai – 08/10/2009

    “Os mercados mundiais recuperam o fôlego nesta quinta-feira, amparados pela cena corporativa. Com isso, as cotações das commodities sobem, as bolsas acompanham e o dólar recua frente as seus principais pares.”

    Commodities derrubam Bovespa; Pão de Açúcar sobe 9,7% – 04/12/2009

    “O fortalecimento do dólar no mercado internacional e a queda no preço das commodities prejudicaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta sexta-feira.”

    2010

    Dólar cai, commodities sobem – 15/06/2010

    PANORAMA2-Ações, commodities sobem e dólar cai na véspera do Fed – 20/09/2010

    2011

    Derrocada das commodities e alta do dólar pautaram a quinta-feira – 06/06/2011

    Panorama: dólar sobe, commodities e bolsas caem – 30/10/2011

    2012

    Dólar sobe mais de 1% acompanhando piora do cenário externo – 21/06/2012

    “O dólar comercial teve um firme ajuste de alta no pregão desta quinta-feira. Novamente a cena externa foi quem ditou a formação de preço, conforme as bolsas e as commodities caíram em meio a dados negativos sobre atividade na China, Europa e Estados Unidos. Além disso, o mercado foi prejudicado por notícias dando conta que uma série de bancos terá sua nota de crédito rebaixada.”

    Dólar sobe com cautela sobre Espanha e furacão nos EUA – 29/10/2012

    “Dólar é negociado em alta no exterior e também no mercado local, enquanto as commodities e as Bolsas europeias e os índices futuros de Nova York operam em baixa”

    2013

    Dólar recua na manhã desta quinta-feira – 07/02/2013

    “Nos mercados externos vemos uma maior propensão ao risco, com tresuries e o dólar em queda, commodities em alta e os referenciais das bolsas europeias e americana se fortalecendo.”

    Dados da China beneficiam moedas atreladas a commodities e dólar cai – 10/12/2013

    2014

    Com commodities em alta, Ibovespa ganha mais de 2%; dólar cai a R$ 2,55 – 21/11/2014

    Dólar sobe 0,67% ante real com volatilidade das commodities – 02/12/2014

    2015

    Ibovespa sobe 1,5% com cenário externo e commodities em alta; dólar cai para R$ 3,92 – 05/10/2015

    Dólar sobe 1,94%, puxado por cenário político e queda de commodities – 11/12/2015

    2016

    Dólar cai mais de 1% com valorização de commodities e fluxo – 22/02/2016

    [link=www.referenciagr.com.br/china-e-commodities-animam-mercados-bolsa-sobe-4-e-dolar-cai/][/link] – 23/02/2016

    Interessante este dois últimos artigos, a relação é tão óbvia, que pode ser vista diariamente. Veja que em 22/02/2016 o dólar recuou 1,29% e as commodities como petróleo e minério subiram. Segundo o primeiro artigo: “Os preços do minério de ferro no mercado à vista da China saltaram 7%, para mais de US$ 50 por tonelada, acompanhando movimento de alta nos mercados futuros de minério de ferro e de aço, em meio a sinais de recuperação da demanda.”

    Sobre o petróleo: “Os preços do petróleo sobem mais de 4% diante da queda no número de plataformas de perfuração de petróleo dos Estados Unidos que levantou a perspectiva de que a produção da commodity possa diminuir um pouco.”

    Podemos ver que o argumento do operador do câmbio sobre os preços dos minério terem subido é péssimo, mas sobre o petróleo podemos também creditar sobre a queda do número de plataformas de perfuração nos EUA.

    Agora no dia 23/02/2016, o dólar fechou em queda de aproximadamente em 1,78% enquanto que o petróleo brent subiu 5,09%.

    Bovespa sobe 0,25% e dólar cai 1% com salto das commodities – 01/03/2016

    Alta de commodities impulsiona Bovespa e dólar cai para R$ 3,55 – 19/04/2016

    Dólar cai abaixo de R$3,25 com recuperação de commodities – 02/08/2016

    Dólar cai abaixo de R$3,25 com recuperação de commodities e Japão – 02/08/2016

    Commodities derrubam mercados; Bolsa cai 3% e dólar sobe a R$ 3,30 – 13/09/2016

    Com commodities em alta, Bolsa ganha 0,92%; dólar cai 0,43% – 10/10/2016

    Preços das commodities aumentam em outubro e dólar cai – 01/11/2016

    Commodities pressionam Petrobras e Vale, e Bolsa cai 3%; dólar sobe – 29/11/2016

    2017

    Ibovespa ganha forças com commodities e com dados dos EUA; dólar cai e “encosta” nos R$ 3,20 – 05/01/2017

    Commodities incentivam apetite por risco e dólar fecha em queda – 20/02/2017

    Vamos aos gráficos:

    Dólar

    Petróleo Brent

    Nos dois gráficos faça uma comparação simples entre o dólar e o petróleo brent em cinco anos.

    Do ano de 2012 até exatos 01/06/2014 com o dólar ainda fraco e o petróleo brent disparado. A partir do dia 01/06/2014 com o dólar se fortalecendo, o petróleo brent começa a cair.

    Embaixo das datas, existem uns quadrados mostrando a valorização e desvalorização do dólar e petróleo, pode conferir que quase sempre quando o dólar está em vermelho(enfraquecido), o petróleo está em verde(fortalecido) e vice-versa.

    Vamos agora fazer uma comparação ainda mais distante. Coloque os gráficos no máximo, o índice do petróleo começa em 01/03/2003, mas o dólar começa em 01/11/1985. Essa comparação dispensa apresentações, mas pode ver que o dólar caindo, o petróleo disparou. No índice do petróleo na data 01/06/2008, o dólar começou a se fortalecer, e consequentemente o petróleo na mesma data começou a cair. Agora quando o dólar começa a cair em 01/02/2009, o petróleo começou a disparar. Pode ver que em 01/04/2011 o dólar atinge as mínimas e o petróleo na mesma data atinge o ponto mais alto depois de 2008. E assim sucessivamente.

    E você disse o seguinte: “Terceiro exemplo: A revolução tecnológica do chamado fracking, para a produção de petróleo não convencional, disparou a produção diária dos EUA de cerca de cinco milhões de barris por dia em 2008 para mais de 10 milhões de barris por dia em 2015. Assim, a queda de preço de US$ 110 para os atuais US$ 50 foi resultado da inundação de petróleo no mercado, causado novamente por mudança tecnológica.”

    Agora recorremos novamente ao gráfico do petróleo: PetróleoVeja que o petróleo caiu em 01/06/2008, justamente quando o dólar se fortalecia, pois bem, no começo de 2009 o dólar começou a cair e o petróleo disparou. Segundo a sua teoria do fracking era para o petróleo ter desabado até 2015, o que não aconteceu. O petróleo começou a cair em 01/06/2014 justamente quando o dólar se fortalecia no mesmo dia.

    Me desculpe, mas sua teoria não é bem fundamentada. É melhor seguir o que você disse: “Mais adiante volto a falar do petróleo com links de sites originais.”

    Inclusive o link que você passou da BP, ele diz o ano que o petróleo caiu, mas não a data, e “coincidentemente” nos gráficos quando o dólar fortaleceu, consequentemente o petróleo desabou.

    E sem falar no principal índice de commodity – CRB – que varia estritamente com o dólar, sempre com a relação inversa.

    Trade Weighted U.S. Dollar Index: Broad

    CRB Index Falls to 41-Year Low

    [b]Pode conferir nos gráficos que quando o dólar estava se fortalecendo em 1996, o índice CRB estava caindo. E em 2002 quando o dólar começava a enfraquecer continuamente, o índice CRB fortalecia continuamente. [b/]

    Vlw

  16. Amigo meu posto isso aqui:

    “Em 1998, a Kodak tinha 170 mil funcionários e vendia 85% do papel fotográfico utilizado no mundo. Em apenas 3 anos, o seu modelo de negócio foi extinto e a empresa desapareceu.

    O mesmo acontecerá com muitos negócios e indústrias nos próximos 10 anos e a maioria das pessoas nem vai se aperceber disso. As mudanças serão causadas pelo surgimento de novas tecnologias.

    Conforme exposto na Singularity University Germany Summit, em abril deste ano, o futuro nos reserva surpresas além da imaginação.

    A taxa de inovação é cada vez mais acelerada e as futuras transformações serão muito mais rápidas que as ocorridas no passado. Novos softwares vão impactar a maioria dos negócios e nenhuma área de atividade estará a salvo das mudanças que virão.

    Algumas delas já estão acontecendo e sinalizam o que teremos pela frente. O UBER é apenas uma ferramenta de software e não possui um carro sequer, no entanto, constitui hoje a maior empresa de táxis do mundo. A Airbnb é o maior grupo hoteleiro do planeta, sem deter a propriedade de uma única unidade de hospedagem.

    Nos EUA, jovens advogados não conseguem emprego. A plataforma tecnológica IBM Watson oferece aconselhamento jurídico básico em poucos segundos, com precisão maior que a obtida por profissionais da área.

    Haverá 90% menos advogados no futuro e apenas os especialistas sobreviverão. Watson também orienta diagnósticos de câncer, com eficiência maior que a de enfermeiros humanos.

    Em 10 anos, a impressora 3D de menor custo reduziu o preço de US$18.000 para US$400 e tornou-se 100 vezes mais rápida. Todas as grandes empresas de calçados já começaram a imprimir sapatos em 3D.

    Até 2027, 10% de tudo o que for produzido será impresso em 3D. Nos próximos 20 anos, 70% dos empregos atuais vão desaparecer.

    Em 2018, os primeiros carros autônomos estarão no mercado. Por volta de 2020, a indústria automobilística começará a ser desmobilizada porque as pessoas não necessitarão mais de carros próprios. Um aplicativo fará um veículo sem motorista busca-lo onde você estiver para leva-lo ao seu destino. Você não precisará estacionar, pagará apenas pela distância percorrida e poderá fazer outras tarefas durante o deslocamento.

    As cidades serão muito diferentes, com 90% menos carros, e os estacionamentos serão transformados em parques. O mercado imobiliário também será afetado, pois, se as pessoas puderem trabalhar enquanto se deslocam, será possível viver em bairros mais distantes, melhores e mais baratos.

    O número de acidentes será reduzido de 1/100 mil km para 1/10 milhões de km, salvando um milhão de vidas por ano, em todo o mundo. Com o prêmio 100 vezes menor, o negócio de seguro de carro será varrido do mercado.

    Os fabricantes que insistirem na produção convencional de automóveis irão à falência, enquanto as empresas de tecnologia (Tesla, Apple, Google) estarão construindo computadores sobre rodas. Os carros elétricos vão dominar o mercado na próxima década.

    A eletricidade vai se tornar incrivelmente barata e limpa. O preço da energia solar vai cair tanto que as empresas de carvão começarão a abandonar o mercado ao longo dos próximos 10 anos. No ano passado, o mundo já instalou mais energia solar do que à base de combustíveis fósseis. Com energia elétrica a baixo custo, a dessalinização tornará possível a obtenção de água abundante e barata.

    No contexto deste futuro imaginário, os veículos serão movidos por eletricidade e a energia elétrica será produzida a partir de fontes não fósseis. A demanda por petróleo e gás natural cairá dramaticamente e será direcionada para fertilizantes, fármacos e produtos petroquímicos. Os países do Golfo serão os únicos fornecedores de petróleo no mercado mundial. Neste cenário ameaçador, as empresas de O&G que não se verticalizarem simplesmente desaparecerão.

    No Brasil, o modelo de negócio desenhado para a Petrobras caminha no sentido oposto. Abrindo mão das atividades que agregam valor ao petróleo e abandonando a produção de energia verde, a Petrobras que restar não terá a mínima chance de sobrevivência futura. A conferir.

    (Publicado na revista Brasil e Energia Petróleo e Gás, edição de dez/2016).

    Reflita sobre o seu presente e o seu futuro. Está preparado para mudanças tão radicais e abruptas?

    “Nada é permanente, exceto a mudança”.

    (Heráclito: 535 a.C – 475 a.C)”

    Ótimo. Tudo será barato, desde fabricação de produtos até a energia elétrica. O ramo da advocacia será quase extinto, o que é ótimo para um país, pois precisa mais de engenheiros, contadores,administradores, empresários…

  17. Concordo, basicamente, com o que diz o autor do texto. No entanto, às vezes, me pergunto se o aprofundamento do processo de automação não poderia criar graves cenários de desemprego estrutural. Esse é um assunto importante e os liberais (e eu sou um liberal-conservador) não podem se render ao otimismo de pensar que sempre, independentemente do que aconteça, os movimentos naturais da economia produzirão resultados positivos. É a armadilha da indução; qualquer um que tenha lido David Hume sabe que é perigoso extrair leis universais de casos isolados. O que quero dizer é: não é porque a automação foi boa até o momento que devemos pensar que ela será sempre boa. Em outras palavras, “merda acontece”.

    De qualquer forma, a aplicação da tecnologia à produção econômica tem sido, até o momento presente, muito positiva. Sem dúvida, nossa prosperidade só se tornou possível graças ao incremento na produtividade gerado pelo emprego econômico da técnica e da ciência.

    No entanto, a aceleração da automação não poderia acabar com praticamente todos os postos de emprego de baixa e média qualificação no setor industrial e de serviços? Falo, por exemplo, dos empregos de atendente, operário, caixa, garçom, motorista, policiais etc. Nessa hipótese, somente restariam empregos de supervisão e controle das máquinas. Onde antes havia 300 operários, sobrariam 10 gerentes. Isso já aconteceu em vários setores, mas pode ocorrer sistematicamente em quase todos setores nas próximas décadas.

    Pensem na transformação que ocorreu no setor agrícola. Antigamente, a maior parte da população trabalhava no campo. Hoje, nos países desenvolvidos, é uma minoria, justamente porque não se precisa mais de tanta mão de obra. Algumas máquinas fazem o trabalho de centenas de camponeses. Esses camponeses vieram para a cidade e a maioria acabou se tornando operador de máquinas ou entraram no setor de serviços. Progressivamente, as próprias máquinas já não mais precisam de operadores e, no setor de serviços, que parecia blindado à automatização, estão começando a desaparecer os empregos. Quer dizer, parece que o ocorreu no campo está ocorrendo, agora, nos centros urbanos. A questão é: para onde irá toda essa gente? Para o campo de novo?

    Diante desse cenário, creio, existem duas reações: (i) a otimista, que vê com bons olhos a substituição de humanos por máquinas, afirmando, com razão, que há aumento da produtividade e, logo, mais riqueza e eficiência, e que pensa ser possível realocar os desempregados em outros setores através de um processo de destruição criativa; e (ii) a pessimista, que considera que a natureza sistêmica dessa substituição em específico não gerará outros nichos para a mão de obra pouco qualificada que ficar ociosa. E mesmo que se qualificasse tal mão de obra, não haveria suficientes posições de gerenciamento e direção (dificilmente automatizáveis) para tanta gente.

    O primeiro cenário é mole. Parece-me ser o apresentado no texto. O problema é o cenário (ii). O que fazer? Eu li por aí a respeito da inevitabilidade de uma renda universal básica, o que significaria o definitivo controle estatal da sociedade, visto que grande parcela da população se tornaria dependente da redistribuição estatal da renda. Gostaria de saber a opinião do autor do texto, se possível.

  18. Saiu um pesquisa do National Bureau of Economic Research sobre o aumento do número de robôs na economia americana entre 1993 e 2007. Acho que pode enriquecer a discussão nesta página.

    Obviamente há muita estatística e econometria, o que por si só já é fonte de desconfiança. Mas a conclusão dos pesquisadores é que cada robô adicional tem efeito negativo sobre o nível de emprego e de renda dos americanos.

    Eles, porém, não levam em consideração que 1- cada robô adicional pode liberar mão-de-obra para outros setores, inclusive setores totalmente novos como a internet na década de 1990; e 2- cada robô adicional aumenta a produtividade, e por consequência reduz os preços de bens e serviços.

    papers.nber.org/tmp/7580-w23285.pdf

  19. “RECUERDOS DE YPACARAI”

    Estrada rodada está no retrovisor,coisas do passado,não garantem as mesmas curvas e que tudo se repetirá. A estrada ainda por rodar, requerem estratégias,manobras para continuar na estrada ,não necessariamente as mesmas ,pois acidentes geograficos passados ,curvas buracos,lombas não são mostradas no retrovisor e sim através do parabrisas.

    Lud certamente quebraria o parabrisas só para repetir manobras do passado,já mostradas no retrovisor.

    O “aqui e agora” de daqui a pouco,será diferente, novas “problemáticas”, e teremos que ter “NOVAS SOLUCIONÁTICAS”

    Pensar e providenciar com antevisão trará “boafortuna”.

  20. Adorador da tecnologia

    Acabei de ler a Saga Duna, de Frank Herbert.

    É uma série de ficção científica em 6 volumes que trata de um universo 10.000 anos após a humanidade ter ganho uma guerra contra as “máquinas pensantes”.

    Por causa da guerra, toda a tecnologia teria sido execrada. De fato, as tecnologias da saga ou são analógicas ou são biológicas.

    Todo trabalho é feito pelos humanos.

    Assim, sem máquinas, a única forma de relação trabalhista possível é a escravidão. A justificativa é religiosa: “é preferível tornar humanos escravos do que tornar-se um escravo das máquinas” (sutra da Bíblia Católica Laranja – um dos livros sagrados da série)

    A involução social e tecnológica é patente: escravidão, reis e nobres que vivem às custas dos trabalhos de milhares, sistema de castas feudais?.

    Desde o seu nascimento, os seus genes definem as suas futuras habilidades e um treinamento desde a infância vai leva-lo à fase adulta realizando um trabalho específico, definido, imutável, subserviente ao “seu duque”. Se tens um raciocínio rápido será treinado para ser Mentat, se tens sangue real, será treinado para comandar, se tena habilidades físicas, serás treinado para ser guerreiro e assassino etc.

    A existência de uma comódite escassa e fundamental é o pano de fundo para todos os desdobramentos da saga.

    É uma obra formidável com reflexões bastante interessantes sobre a religião, a política, a ecologia, a economia.

    E, querendo ou não, consciente ou não, àqueles que gritam contra a automação e o progresso tecnológico simplesmente gritam para se criar um mundo assim, como descrito por Frank Herbert.

  21. Alguém poderia, por gentileza, me indicar em que livro ou artigo encontro a confirmação de que os luditas atiravam sapatos contra as máquinas na tentativa de destruí-las? Pretendo utilizar este artigo como referência num estudo a respeito de Indústria 4.0. Esta prática (atirar sapatos para destruir uma máquina), no entanto, pareceu-me um tanto incoerente. Porque utilizariam sapatos? Alcançariam seu objetivo ao utilizá-los?

    Muito obrigado.

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