A busca pelo lucro é uma benção para a humanidade – mas há uma ocasião em que a crítica é aceitável

O que é o lucro? 
E por que ele é tão importante para todos, não só para empreendedores e
comerciantes?

Comecemos pelo básico: quando você gasta $ 300 em um
par de sapatos, o proprietário da loja fica com esses $ 300 integralmente para
ele?

A resposta óbvia é não.

Esse comerciante tem de pagar por todos os custos do
seu empreendimento: os salários e os encargos sociais e trabalhistas de seus
empregados, o aluguel da loja, seus fornecedores, seus estoques, o frete da transportadora
que traz seus produtos, que todos os impostos, a faxineira, a conta de luz, a
conta de telefone, aluguel das máquinas de cartão de crédito e de débito
etc.  Aquilo que sobrar depois de tudo
isso é o seu lucro.

O lucro seria a remuneração pelo tempo e pelo
dinheiro que ele gastou, bem como o risco em que incorreu, para manter seu
empreendimento funcionando.

Desnecessário enfatizar que, se ele não tivesse
lucros, não haveria como ele reinvestir na empresa: não haveria como ele
expandir seus negócios, contratar mais pessoas, ofertar mais bens no mercado, ou
mesmo conceder aumentos salariais aos seus funcionários.  Não houvesse lucros, nenhum novo emprego
assalariado seria criado.

Como
surge o lucro

A definição dada acima sobre o lucro foi
intencionalmente simplista.  Em termos
puramente econômicos, a definição de lucro é mais sofisticada.  Economistas veem o lucro de uma maneira mais
profunda. 

O que possibilita o surgimento do lucro é a ação
empreendedorial em um ambiente de incerteza.  Um empreendedor, por natureza,
tem de estar sempre estimando quais serão os preços futuros dos bens e serviços
por ele produzidos.  Ao estimar os preços futuros, ele irá analisar os
preços atuais dos fatores de produção necessários para produzir estes bens e
serviços futuros.  Caso ele avalie que os preços dos fatores de produção
estão baixos em relação aos possíveis preços futuros de seus bens e serviços
produzidos, ele irá adquirir estes fatores de produção.  Caso sua
estimação se revele correta, ele auferirá lucros.

Portanto, o que permite o surgimento do lucro é o
fato de que aquele empreendedor que estima quais serão os preços futuros de
alguns bens e serviços de maneira mais acurada que seus concorrentes irá
comprar fatores de produção a preços que, do ponto de vista do estado futuro do
mercado, estão hoje muito baixos. 

Consequentemente, os custos totais de produção —
incluindo os juros pagos sobre o capital investido — serão menores que a
receita total que o empreendedor irá receber pelo seu produto final.  Esta
diferença é o lucro empreendedorial.

Por outro lado, o empreendedor que estimar
erroneamente os preços futuros dos bens e serviços irá comprar fatores de
produção a preços que, do ponto de vista do estado futuro do mercado, estão
hoje muito altos.  Seu custo total de produção excederá a receita total
que ele irá receber pelo seu produto final.  Esta diferença é o prejuízo
empreendedorial.

Assim, lucros e prejuízos são gerados pelo sucesso
ou pelo fracasso de se ajustar as atividades produtivas de acordo com as mais urgentes
demandas dos consumidores.

Lucros e prejuízos são fenômenos que só existem
constantemente porque a economia está sempre em contínua mudança, o que faz com
que recorrentemente surjam novas discrepâncias entre os preços dos fatores de
produção e os preços dos bens e produtos por eles produzidos, e
consequentemente haja a necessidade de novos ajustes.

Ao contrário do que pensava Marx, o capital não
“gera lucro”.  O capital empregado, por si só, não garante lucro
nenhum. Bens de capital são objetos sem vida que, por si sós, não realizam
nada.  Se eles forem utilizados de acordo com uma boa ideia, haverá
lucros.  Se eles forem utilizados de acordo com uma ideia equivocada,
haverá prejuízos ou, na melhor das hipóteses, não haverá lucros. 

É a decisão empreendedorial o que cria tanto lucros
quanto prejuízos.  É dos atos mentais, da mente do empreendedor, que os
lucros se originam, essencialmente.  O lucro é um produto da mente, do
sucesso de se saber antecipar o estado futuro do mercado.  É um fenômeno
espiritual e intelectual.

Um
empreendimento sem lucros é socialmente destrutivo

Imagine que você adquiriu um material que, em seu
estado bruto e inalterado, vale $100.  Ato contínuo, você altera essa
matéria-prima, adiciona sua criatividade e sua mão-de-obra, e gera um produto
final que as pessoas irão voluntariamente querer adquirir por $150.  Você
gerou valor para a sociedade.  Você acrescentou valor para a sociedade e
auferiu um lucro por causa disso. 

Agora, imagine que você adquire esse mesmo material,
que em seu estado bruto e inalterado vale $100, altera-o à sua maneira e gera
um produto final valorado em apenas $50 pelas pessoas.  Você não apenas
não auferiu lucro nenhum, como na realidade subtraiu riqueza
da sociedade.  A sociedade ficou mais pobre por sua causa. Como isso
pode ser considerado algo virtuoso? 

É exatamente por isso que empresas que geram
prejuízos são deletérias para uma sociedade.  Elas consomem recursos e não
entregam valor.  Elas, na prática, subtraem valor da sociedade
Uma empresa que opera com prejuízo é uma máquina de destruição de riqueza. 

Adicionalmente, condenar qualquer lucro como sendo
‘excessivo’ pode levar a situações tão absurdas quanto aplaudir uma empresa
que, outrora muito lucrativa, passou a desperdiçar capital e a produzir
ineficientemente a custos mais altos. Esta redução na eficiência e, consequentemente,
nos lucros logrou apenas fazer com que os cidadãos fossem privados de todas as
vantagens que poderiam usufruir caso os bens de capital desperdiçados por esta
empresa fossem disponibilizados para a produção de outros produtos.

Os
lucros são uma bênção

Os lucros são uma bênção para a humanidade.  Os lucros motivam as pessoas a trabalharem
mais, a serem mais criativas, a mais bem servirem seus clientes, e a realmente
se preocuparem com o bem-estar destes.

Sem o incentivo dos lucros, por que alguém iria
querer se arriscar, gastar sua poupança ou se endividar, trabalhar arduamente
horas a fio, e enfrentar todas as incertezas do mercado apenas para fornecer um
bem ou serviço às pessoas?  Ninguém faria isso.

Pense em um pecuarista interiorano que enfrenta
condições inclementes de temperatura para alimentar seu gado, mantê-lo protegido
e bem cuidado, fazendo enormes sacrifícios pessoais apenas para que as pessoas
da cidade grande possam se sentar confortavelmente em um restaurante e comer uma
suculenta picanha.

Por que o pecuarista se
presta a isso?  Será que é porque ele ama
aqueles metropolitanos que ele nunca viu na vida?  Óbvio que não.  O pecuarista faz todo esse esforço porque ele
quer ter mais recursos para si próprio e para sua família.  Ele quer aumentar seu padrão de vida.  Ele, em suma, quer lucros.

Igualmente, você pode
ir a um supermercado a qualquer dia da semana à procura de carne e você encontrará.  Se você quer batatas, também encontrará.  Ovos, açúcar, sal, morangos, laranjas,
bananas, pasta de amendoim — tudo estará nas prateleiras.  Esse é um conforto que todos nós já consideramos
como corriqueiro, uma comodidade que consideramos um fato consumado e
garantido.  E, ainda assim, deveríamos nos maravilhar com
isso. 

Cada um desses itens
está nas prateleiras graças a uma coisa: a busca pelo lucro.

O mesmo é válido para o
aparelho em que você está lendo este artigo — seja um computador, um notebook,
um smartphone ou um tablet.  E o mesmo também
é válido para todos os componentes que formam esses aparelhos. 

Com efeito, apenas olhe
ao seu redor, neste local em que você está agora.  Se você está dentro de um imóvel, observe o
mobiliário à sua volta, o próprio edifício em que você está, o computador (ou o
tablet ou o smartphone) que você está utilizando, a internet que está lhe
permitindo acesso ao mundo, as roupas que você está utilizando.  Você realmente acredita que todos esses itens
surgiram e estão à sua disposição porque alguém queria perder dinheiro (ou
aceitou trabalhar em troca de nada) apenas para tornar a sua vida mais
confortável?  Perdoe-me a sinceridade,
mas você não é tão importante assim para o resto do mundo.

Tudo isso só existe e
está à sua disposição porque alguém imaginou que poderia lucrar ao inventar
todas essas coisas.  As pessoas que
produziram essas coisas não acordaram cedo, trabalharam diuturnamente e se
sacrificaram apenas por algum impulso caritativo.  Elas fizeram isso porque queriam melhorar a
vida delas próprias.  E, para melhorar a
vida delas próprias, elas buscaram o lucro. 
E, ao buscarem o lucro, elas melhoraram a sua vida e a vida da sua
família.

Acabe com o lucro e
tudo deixará de ser produzido.

Quando
o lucro realmente pode ser condenado

Quando uma determinada empresa surge no mercado com
um produto novo ou altamente aprimorado, satisfazendo desejos e demandas dos
consumidores, os lucros que ela passa a auferir com esse produto podem, à
primeira vista, parecer enormes.  Só que, quanto maiores forem esses
lucros, mais eles atrairão novos concorrentes, os quais aumentarão a oferta
desse produto.  Ato contínuo, a maior oferta fará com que os altos lucros
da empresa se evaporem. 

Olhando em retrospecto, torna-se evidente que os
altos lucros funcionaram como um sinal enviado aos outros produtores: “Ei,
olhem para cá!  As pessoas realmente querem esse produto; querem mais desse
produto!”.

E é exatamente para evitar o surgimento dessa concorrência
— a qual reduz os lucros — que várias empresas já estabelecidas recorrem ao
governo para que este restrinja o mercado e impeça o surgimento de novos
concorrentes por meio de burocracias e regulamentações onerosas. 

É daí que surge o capitalismo de estado ou o
capitalismo de compadrio
, em que o governo fornece subsídios e privilégios
especiais para as empresas já existentes ao mesmo tempo em que impõem regulamentações
e burocracias que inviabilizam o surgimento de concorrentes. 

Um exemplo clássico dessa ação estatal em prol de
empresas já estabelecidas e contra o surgimento de concorrentes pode ser visto
na criação de agências
reguladoras
.  E também quando o
governo concede subsídios
ou empréstimos subsidiados
para determinadas empresas.  Ou quando ele simplesmente impõe tarifas de importação para
impedir que produtos estrangeiros entrem no mercado nacional e concorram com as
empresas já estabelecidas no país.

Ter o governo ao seu lado — por meio de
regulamentações especiais, protecionismo, subsídios — significa que uma
empresa pode ser muito menos dedicada aos desejos dos consumidores.  O
governo poderá mantê-la operante mesmo que isso vá contra a vontade dos
consumidores. 

Os lucros auferidos desta maneira podem, e devem,
ser condenados. 

Curiosamente, este arranjo protecionista e
intervencionista — que garante altos lucros para as empresas protegidas — é
exatamente aquele defendido pela esquerda, que ao mesmo tempo condena os
lucros.  Não dá para entender.

Conclusão

A hostilidade direcionada ao lucro, seja ela motivada
ou pela inveja ou pela ignorância ou pela demagogia, é irracional.  Ela só
é aceitável quando uma determinada empresa aufere seus lucros em decorrência de
suas conexões políticas com o governo — que garante a ela subsídios, ou
que a protege da concorrência externa via tarifas protecionistas, ou
que impede o surgimento de concorrentes via agências reguladoras.

Fora isso, em um mercado livre, lucros representam
muito mais do que a saúde financeira de uma empresa: eles indicam que a empresa
está utilizando recursos escassos de maneira sensata e está satisfazendo os
desejos dos consumidores; indicam que a empresa está genuinamente criando valor
para a sociedade e está aprimorando a qualidade de vida e o progresso.

Lucro é aquilo que todos nós buscamos quando, ao
tentar melhorar nosso bem-estar, acabamos por melhorar o bem-estar de terceiros
por meio de transações comerciais pacíficas e voluntárias.

Lucro não é evidência de comportamento
suspeito.  Comportamento suspeito, isso sim, é fazer acusações infundadas
contra o lucro.

Atualmente, há no mundo um regime voltado
exclusivamente para se certificar de que nenhum indivíduo esteja auferindo
qualquer tipo de lucro: a Coreia do Norte marxista.  Como consequência,
não há nem sequer luz
elétrica para a sua população
.

___________________________________________________

Ludwig
von Mises
, líder da Escola Austríaca de pensamento econômico, um prodigioso
originador na teoria econômica e um autor prolífico.  Os escritos e palestras
de Mises abarcavam teoria econômica, história, epistemologia, governo e
filosofia política.  Suas contribuições à teoria econômica incluem
elucidações importantes sobre a teoria quantitativa de moeda, a teoria dos
ciclos econômicos, a integração da teoria monetária à teoria econômica geral, e
uma demonstração de que o socialismo necessariamente é insustentável, pois é
incapaz de resolver o problema do cálculo econômico.  Mises foi o primeiro
estudioso a reconhecer que a economia faz parte de uma ciência maior dentro da
ação humana, uma ciência que Mises chamou de “praxeologia”.

Lawrence
W. Reed
, presidente da Foundation
for Economic Education

Walter
Williams
, professor honorário de economia da George Mason University e
autor de sete livros.  Suas colunas semanais são publicadas em mais
de 140 jornais americanos.

0 comentário em “A busca pelo lucro é uma benção para a humanidade – mas há uma ocasião em que a crítica é aceitável”

  1. Analista de Bage

    Tchê! Meu MUITO OBRIGADO a todos empreendedores deste Brasil por colocarem seu capital em risco para nos fornecer produtos e serviços! Tomara que sempre exista um ambiente mínimo para a ocorrência de lucros de forma que a sociedade possa se servir do trabalho desses empreendedores. Muito antes de ler este artigo, eu sempre agradecia quando ia a uma padaria ou a um supermercado pela facilidade de apenas poder estacionar meu carro em frente a um estabelecimento e me servir a vontade de bens e “apenas” pagar por eles em dinheiro. Em outros tempos, meus ancestrais aqui nos pampas, precisavam camperear para eu comer carne, capinar a terra no sol quente para colher vegetais e legumes, e hoje eu preciso ir apenas no supermercado. Salve a liberdade!

  2. Eu vejo estatais estrangeiras com exemplo de sucesso como a petrolifera norueguesa Statoil, japonesa nikkon e a sul-coreana hiunday? Porque tem autonomia administrativa e tem como objetivo o lucro e não “função social”?

  3. Eu estava no Japão no ultimo grande terremoto e tsunami. Vi mercados e conveniências esgotarem seus estoques, sem aumentar ou regular nenhum produto e sem nenhum aumento oportunista. Sou a favor do livre mercado, da livre iniciativa e do lucro, mas vejo o buraco brasileiro muito abaixo de analises normais/ convencionai. Esse país precisa de muitas mortes e prisões perpétuas antes de querer parecer normal!

  4. Exatamente o que mais ocorre no Brasil onde as agências (des)reguladoras fazem o papel de amigo do cidadão, algumas vezes multando, advertindo, sancionando as empresas num típico caso para inglês ver. O estado quer apenas o que lhe faz bem, ou seja, dinheiro e poder. Os cidadãos podem bem se lascar como for.

  5. Perfeito Leandro! Um exemplo disso foi no caso do desastre de Mariana, houve comerciantes de água vendendo a água mais caro que o preço antes do desastre, o que mais se via na mídia em geral era o “absurdo” desse ato “imoral” de querer se aproveitar(segundo a mídia) em situações calamitosas!

    Não enxergam que as pessoas com 1 litro de água na mão que vale 1 real dão um certo valor, já esse mesmo litro valendo 10 reais o seu valor percebido pra aquele produto(água) também se altera, a tendência da ação do indivíduo é utilizar essa água da forma mais racional possível, fazendo com que um número maior de pessoas tenham acesso a uma certa quantidade de água existente no local.

  6. ” Dizer que o sol é amarelo não é uma afirmação que está aberta a discordâncias” sem querer ser chato… Mas se procurar no google, poderá ver que há quem discorde, nós o enxergamos amarelo, mas o sol emite raios azuis e verdes (então, dependendo do ponto de vista, é possível discordar sim)

  7. É antagônico.

    O que basicamente mantêm o Governo são as empresas e empregados que pagam uma parcela de sua renda através de impostos.

    Mas o Governo quase sempre atrapalha a vida das empresas, impede sua expansão e dificulta a criação de novas. São impostos sufocantes e uma burocracia exagerada.

    E quando vem crise o que acontece? Mais impostos que na verdade não aumentam a arrecadação pois quanto mais taxação menos entes sobrevivem para continuar pagando.

    Pesquisas com universitários no Brasil indicam que a maioria deseja estudar para concurso público ao invés de empreender ou seguir carreira corporativa.

    É o quadro que enxergo hoje no país.

  8. Pessoal do Instituto Mises

    Sempre compartilho o excelente trabalho de vcs no Twitter e queria saber pq vcs não fazem com que o link compartilhado fique mais apresentável no Twitter igual ao site Ilisp e muitos outros sites de notícias?

    Desde já obrigado, sou leia assíduo do site.

    Carlos Eduardo

  9. O MESMO de SEMPRE

    .
    – LUCRO, por definição e percepção axiomática, é a diferença positiva entre o montante recebido como remuneração por um trabalho executado e o custo de realizar esse trabalho.

    Se o custo da realização de um trabalho for maior que a remuneração recebido por este trabalho, o termo utilizado será PREJUIZO.

    Ou seja, qualquer trabalho que se realize necessitará da AÇÃO HUMANA previamente realizada ou no momento realizada. Mesmo que este custo seja apenas a ação e o tempo dispendido, sem a necessidade de qualquer outro insumo, ainda assim terá havido um custo, desprezível, em energia humana superior à inércia. Assim corroborando a LEI da CONSERVAÇÃO das MASSAS ou LEI de LAVOISIER: na natureza nada se perde e nada se cria, tudo se transforma (a ação consome energia).

    Desta forma se pode perceber que até um assalariado realiza LUCRO ao receber o seu salário. Este lucro será a DIFERENçA entre o SALÁRIO RECEBIDO (remuneração) e o CUSTO que teve que dispender para realizar o seu trabalho (insumos), como transporte, vestuário e, se formos ao preciosismo, um adicional de alimentação para gerar energia para sua “ação extra”. CLARO QUE TAL PRECIOSISMO É DISPENSÁVEL, não só por ser irrisório, mas sobretudo por não ser mensurável e indissociavel.

    Ou seja, esse horror que se manifesta contra o LUCRO decorre não de uma avaliação racional, mas meramente por uma TRANSMISSÃO de EMOÇÃO através da ENCENAÇÃO de EXPRESSÃO de DESAPROVAÇÂO. Algo pertinente ao reino dos ANIMAIS ditos IRRACIONAIS. Pois estes tem sua comunicação praticamente restrita às TRANSMISSÕES de EMOÇÕES e não de RACIOCÍNIOS.

    O LADO EMOCIONAL do ANIMAL HUMANO, dito animal racional, prevalece exatamente na POLÍTICA. Pois nesta mais vale transmitir emoções do que razões. Desta forma ao se comunicar ATRAVÉS de uma CARETA ou EXPRESSÃO de HORROR se esta apenas transmitindo uma EMOÇÃO e não um RACIOCÍNIO.

    Emoções CONTAGIAM e por tal o PÂNICO é CONTAGIANTE. Até a alegria também pode contagioar e não por acaso sempre há um tanto de emoção nas comunicações.
    Na política a percepção do que se quer comunicar se dá pelo MINIMO DIVISOR COMUM no “REBANHO HUMANO” e este é EXATAMENTE a TRANSMISSÃO de EMOÇÕES para ANIMALESCAMENTE informar APROVAÇÃO ou DESAPROVAÇÃO sobre algo, sem a preocupação de transmitir qualquer raciocínio que embase tal conclusão. A razão para tal sentimento, aprovação ou desaprovação, passa então a ser PRESUMIDA pela platéia que SEM CONHECER o RACIOCÍNIO que levou à conclusão, IMAGINA que este EXISTA e SIMIESCAMENTE o REPRODUZ.

    Os símios IMITAM aquilo que, talvez, imaginam que o outro realiza por em tal obter algum tipo de prazer ou vantagem. Imitam, talvez, na expectativa de obter o mesmo.

    O comportamento humano ANIMALESCO se dá exatamente quando abandona a RAZÃO para assimilar EMOÇÕES em vez de RACIOCÍNIOS.

    Não por acaso a política se faz atiçando emoções em discursos patéticos, com perorações recheadas de CARETAS e GRITOS de INDIGNAÇÃO ou APROVAÇÃO para contaminar a platéia em vez de induzi-la a refletir sobre as ideias esxpostas.

  10. O MESMO de SEMPRE

    .
    Em continuidade ao comentario que fiz antes, segue:

    Perceba-se que na política mais vale a ALGAZARRA, a AGITAÇÃO EMOCIONAL, nunca a reflexão.

    As massas são convencidas por agitação emocional como as manifestações em grandes volumes, que “falam” aos olhos e transmitem apenas aprovação ou desaprovação em sua imagem (tamanho) para contagiar. Daí que a quantidade (tamanho), agitação e o barulho são fundamentais para atrair anuência para a causa.

    Trata-se de transmissão de sentimentos e não de idéias.

    Não é por acaso que sindicalistas se valem de carros de som onde o barulho embota a capacidade de reflexão sobre o que se esta falando. O objetivo é transmitir emoção e suprimir a razão.
    Não é por acaso que os “grandes oradores” mais transmitem emoções do que reflexões. Emoções são assimiladas imediatamente sem qualquer esforço, enquanto raciocínios exigem grande esforço de apreensão, exigem REFLEXÃO. Enquanto emoções exigem apenas a IMITAÇÃO mecânica via captação visual ou auditiva (os slogans, bandeiras abanadas, gritaria histérica e etc.) sem qualquer esforço sobre significados de palavras ou gestos. A conclusão? …a POLÍTICA IDEOLOGICA ANIMALIZA o ser humano.

  11. "Nesse caso, a situação para os pobres fica extremamente melhor. Se os ricos foram comprar em outros lugares não-inflacionados, então sobrou mais para os pobres.

    Em compensação, eles ao menos tinham bens disponíveis para compra. Esse é todo o ponto."

    Todos, ricos e pobres, teriam os produtos disponíveis o tempo todo. Bastando deslocar-se. O deslocamento, por-si, aumentaria o custo de oportunidade da aquisição. Não compensa deslocar-se 200 km para adquirir um garrafão de água, então quem só pudesse adquirir pequenas quantidades compraria a um preço maior. Como eu mencionei, o preço provavelmente se equilibraria num patamar que impedisse os estoquistas de se tornarem concorrentes. Esse preço maior, eventualmente, impossibilitaria algumas pessoas de consumir.

    "Nada a ver. Um colar da Bulgari nunca teve um “preço popular”, como uma garrafa de água mineral. Mais ainda: um colar da Bulgari nunca esteve fartamente disponível, como garrafas de água mineral."

    O fato de bens de primeira necessidade terem outrora preço popular ou alta disponibilidade não interfere em nada no preço alto em caso de escassez.

    “Você está dizendo que, mesmo efetuando todas as substituições, os pobres não terão dinheiro nem para comprar uma garrafinha de água mineral. Isso está além do apocalíptico.

    “Uma garrafinha de água”[i/] não é a melhor escala para quantificar o consumo de água por famílias.

    [i]"É claro que terão dinheiro. Mas terão de abrir mão, por algum tempo, de outras coisas, como sucos, cervejas, refrigerantes biscoitos e várias outras coisas."

    Se não há pão, que comam brioches!..

  12. “Curiosamente, este arranjo protecionista e intervencionista — que garante altos lucros para as empresas protegidas — é exatamente aquele defendido pela esquerda, que ao mesmo tempo condena os lucros. Não dá para entender.”

    A explicação é simples: existem basicamente dois tipos de esquerdistas, os iludidos e os hipócritas – ou melhor, há uma graduação entre um polo e outro. Os iludidos não percebem ou não entendem as contradições, os hipócritas fingem não perceber ou não entender.

    Quando alguém condena o lucro, podemos solicitar que defina o conceito e depois explicar como definimos. Uma mera definição simplificada de “lucro” (com uma sequência de perguntas) mostra que condenar o lucro do empreendedor como intrinsecamente mau é tão coerente, justo e moral quanto condenar o salário do empregado, como se todos devessem trabalhar gratuitamente.

    * * *

  13. Adicionalmente, condenar qualquer lucro como sendo ‘excessivo’ pode levar a situações tão absurdas quanto aplaudir uma empresa que, outrora muito lucrativa, passou a desperdiçar capital e a produzir ineficientemente a custos mais altos. Esta redução na eficiência e, consequentemente, nos lucros logrou apenas fazer com que os cidadãos fossem privados de todas as vantagens que poderiam usufruir caso os bens de capital desperdiçados por esta e

    mpresa fossem disponibilizados para a produção de outros produtos.

    Uma alternativa para reduzir o lucro da empresa sem precisar adentrar na situação grotesca exposta acima, de ineficiência, é simplesmente a empresa reduzir sua margem de lucro, assim ela pode continuar sendo eficiente, manter a produtividade e não ter lucros excessivos.

    Essa situação exposta por mim, anula a justificativa destacada do texto acerca da condenação de lucros excessivos.

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