Por que os economistas austríacos falam tanto em método?
Afirma que a tarefa da economia é também a de identificar a causa da prosperidade ou do empobrecimento de uma nação, comparando conjuntos de "regras do jogo" por meio do subjetivismo e da complexidade da coordenação dos agentes.
O professor fala do excesso de psicologismo e da crença no realismo de instrumentos métricos, por meio dos quais a simplicidade de um modelo matemático é transferida para a vida real, que é bem mais complexa.
Por causa dessa matematização da economia, os economistas costumam gerar símbolos de representação gráfica, sem se aprofundar no significado de cada um, transformando todo o capital da economia em uma entidade autônoma. Como consequência, o capital fica desconectado do subjetivismo dos agentes econômicos e da complexidade da economia -- o que é totalmente incompatível com os planos de ação dos indivíduos.
O dilema metodológico básico está na análise de dados, no qual o economista é escravo do método utilizado e tem de procurar respostas onde elas não estão, o que aumenta a dificuldade em obtê-las. Autores antigos falam em "fases metodológicas": a primeira fase, com John Stuart Mill, contra o uso da matemática. A segunda fase, com Mises, generaliza as atividades, negando a divisão entre economia e extra-economia, promovendo uma interdisciplinaridade.
Olhando ao longo das décadas, tudo o que os austríacos afirmaram ser ciência -- e que é sistematicamente negado pelo mainstream econômico -- passou a ser incorporado na fundamentação de problema econômico das outras escolas.
Para compreender
melhor a Praxiologia e o Método da Economia, assista à aula do professor Fabio
Barbieri, disponível no link:
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