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Filosofia

Sensação de segurança

30/01/2013

Sensação de segurança

O vício de nos evadirmos da realidade cobra sempre seu preço. 

Muitas vezes, impõe perdas incalculáveis, como ocorreu agora, em Santa Maria, com mais uma tragédia causada pela desídia.

Uma lição deve ser aprendida de uma vez por todas:

O estado não pode ser o fiscal da segurança. Nem das pessoas, nem das propriedades, pois nunca perde nada em caso de sinistro.

Apenas seguradoras privadas poderiam atestar se um determinado local tem a devida e esperada segurança para o público que a frequenta.

Não podemos nos guiar apenas pela sensação de segurança porque um determinado estabelecimento cumpriu com a burocracia estatal para funcionar. 

Devemos nos certificar de que estamos em um lugar efetivamente seguro e que, em caso de alguma ocorrência com danos pessoais ou materiais, seremos devidamente indenizados por seus responsáveis.

Ocorrendo qualquer sinistro, os prejuízos das vítimas serão cobertos pela empresa seguradora.

Para minimizar a possibilidade de que tenha de arcar com sinistros inesperados, qualquer seguradora responsável incentivará ou exigirá que condições ótimas de redução de riscos sejam aplicadas, o que trará efetivamente, maior segurança às pessoas e às coisas que a elas pertencem.

Alvarás ou laudos emitidos por órgãos do governo servem apenas para assegurar o recolhimento de taxas pelo poder público. Quando instados a assumir responsabilidade civil, pecuniária ou criminal, não demoram para se esquivar. Muitas vezes, culpando as próprias vítimas.

O livre-mercado e as instituições privadas podem e devem ser as fiadoras das condições oferecidas ao público por estabelecimentos como a casa noturna de Santa Maria, através de contratos de seguro bem feitos.

Imaginarmos que o estado se responsabilizará pelos danos que causar, seja por omissão ou por incompetência, nada mais é do que seguirmos agindo sob efeito do vício da negação da realidade.


Sobre o autor

Roberto Rachewsky

É empresário da área de comércio exterior. Fundador do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e do Instituto Liberal do Rio Grande do Sul, do qual foi vice-presidente na dÉcada de 1980.

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