A real taxa de desemprego no Brasil

Não
são poucas as pessoas que nos escrevem pedindo comentários e explicações sobre
a supostamente baixa taxa de desemprego no Brasil.  De fato, um estrangeiro mais desinformado que olhe para os números brasileiros irá se sentir tentado a
arrumar suas malas, vender sua casa europeia e vir voando com toda a família para o Brasil.

Quando
me perguntam minha opinião sobre a taxa de desemprego no Brasil, apenas
respondo: qual taxa?  A do IBGE ou a do
DIEESE?  A do DIEESE é simplesmente o dobro da do IBGE.  Enquanto o IBGE fala que a taxa de desemprego
de outubro foi de 5,3%, o DIEESE afirma que foi de 10,5%.  Dois indicadores iguais, uma margem de erro
de incríveis 100%.  E as implicações
disso são enormes.  Ao passo que uma taxa
de desemprego de 5,3% é menor que a de todos os países europeus (exceto Suíça e
Áustria), norte-americanos, asiáticos e da Oceania, uma taxa de 10,5% só é
inferior à francesa, portuguesa, irlandesa, grega e espanhola.  Ou seja: o mesmo país, o mesmo indicador,
duas realidades totalmente opostas.

Desde
que comecei a prestar mais atenção no assunto — e, principalmente, desde que
me inteirei melhor da metodologia –, perdi completamente o interesse pelo
indicador.  Ele não indica nada.  A metodologia do IBGE é totalmente
ridícula.  Um malabarista de semáforo é
considerado empregado.  Um sujeito que
vende bala no semáforo também está empregadíssimo.  Um sujeito que lavou o carro do vizinho na
semana passada em troca de um favor é considerado empregado (ele entra na
rubrica de ‘trabalhador não remunerado’). 
Se um sujeito estava procurando emprego há 6 meses, não encontrou nada e
desistiu temporariamente da procura, ele não está empregado mas também não é
considerado desempregado.  Ele é um
“desalentado”.  Como
não entra na conta dos desempregados, ele não eleva o índice de desemprego.

Além
disso, o índice também coloca na rubrica ‘empregado’ todas aquelas pessoas que
exercem trabalhos considerados precários, como o sujeito que trabalha poucas
horas por semana e gostaria de trabalhar mais, mas não consegue (muito
provavelmente por causa das regulamentações trabalhistas), e o sujeito que faz
vários bicos, mas cujo rendimento mensal é menor que o salário mínimo.  Ou seja, você substitui seu vizinho na
barraca de pipoca dele por três dias.  Em
troca, ele lhe dá R$250.  Você foi
considerado pelo IBGE como estando empregado — tendo efetivamente trabalhado 3
dias no mês.

Com
todos esses truques, não é de se estranhar que o Brasil esteja com “pleno
emprego”, mesmo com sua arcaica legislação trabalhista, sua escandinava carga
tributária e seus espoliadores encargos sociais e trabalhistas.

Mas
isso, sejamos francos, não é uma exclusividade brasileira, não.  O governo americano, por exemplo, também
divulga 2 índices, cada um com uma metodologia diferente.  Obviamente, ele se pauta apenas por aquele
que fornece o mais róseo resultado.  Uma
fonte privada complementa fornecendo o terceiro índice, bem mais rigoroso.  Veja abaixo:

sgs-emp.gif

Na
Europa, a coisa é ainda mais discrepante. 
Alguém realmente acredita que o real desemprego na França e em Portugal
é a metade do espanhol?  A impressão que tenho
é que a Espanha é o único país que de fato adota uma metodologia mais rigorosa.

Indo para os finalmentes

Felizmente,
o IBGE disponibiliza em seu site todos os dados coletados desde março de 2002,
possibilitando que uma pessoa mais interessada em fatos e menos em ideologias
possa analisar um pouco melhor a realidade do país.  A tabela divulgada para o mês de outubro está
aqui.  Veja lá todas as categorias que mencionei
acima: Pessoas Desalentadas, Pessoas Subocupadas por Insuficiência de Horas
Trabalhadas, Pessoas Ocupadas com Rendimento/Hora menor que o Salário Mínimo/Hora,
Pessoas Marginalmente Ligadas à PEA (População Economicamente Ativa).

Em
termos práticos, na atual metodologia, se um gerente de banco é demitido e
passa a fazer malabarismo no semáforo, a taxa de desemprego não se altera.  Se um desempregado lava o carro do vizinho em
troca de um favor, a taxa de desemprego cai.

O
leitor interessado pode baixar aqui
uma enorme planilha de Excel com os valores de todas essas variáveis coletadas
desde março de 2002.  Eu fiz isso e
calculei uma taxa de desemprego mais realista. 

Coletei
os seguintes dados:

1)
pessoas desocupadas;

2)
trabalhadores não remunerados;

3)
pessoas com rendimento/hora menor que o salário mínimo/hora (aquele sujeito que
faz vários bicos, mas cujo rendimento mensal é menor que o salário mínimo);

4)
pessoas marginalmente ligadas à PEA (pessoas que não estavam trabalhando na
semana da pesquisa mas que trabalharam em algum momento dos 358 dias anteriores
à pesquisa e que estavam dispostas a trabalhar); e

5)
pessoas desalentadas.

De
canja para o governo, deixei de fora as pessoas subocupadas, pois uma pessoa
que trabalha regularmente um determinado número de horas por semana não está
tecnicamente desempregada.

Somei
estes cinco itens e dividi pela soma entre população economicamente ativa, pessoas marginalmente ligadas à PEA e pessoas desalentadas. (Estas duas últimas também não entram no denominador do cálculo do IBGE porque não são consideradas economicamente ativas pelo IBGE, o que é um despropósito.)

Logo,
a real taxa de desemprego brasileiro é essa abaixo:

taxa.png

Portanto,
a real taxa de desemprego no Brasil em outubro foi de 20,8%.  Nada surpreendente quando levamos em conta nossa legislação trabalhista e tributária.  Encargos sociais e trabalhistas onerosos em conjunto com uma paquidérmica carga tributária sobre as empresas não poderiam permitir outro resultado senão esse.  Um quinto da população sem emprego fixo após três anos de economia “pujante”, segundo o animador de circo que habita o Ministério da Fazenda.

Observe o efeito da expansão artificial do crédito criada pelo Banco Central em conjunto
com o sistema bancário de reservas fracionárias
a partir de meados de
2009.  Sem que nenhuma alteração na
estrutura da economia brasileira houvesse sido feita, a taxa de desemprego caiu
para o historicamente baixo nível de 20%. 
Por isso ela é insustentável: ela é totalmente guiada pela expansão do
crédito, um mecanismo de
curto prazo

A
economia, como foi previsto neste site ainda no segundo semestre do ano passado, já está parada.  O desemprego, como em todos os outros países,
tende a ser a última variável a ser afetada.

0 comentário em “A real taxa de desemprego no Brasil”

  1. Isso é bem claro pra quem roda o Brasil a fora. Quem tá empregado tá majoritariamente na condição de trabalho precário. Mas se o povo gosta e aprova, não vai ser eu quem irá tentar convencer ninguém do contrário.

  2. Que beleza! Tava sentindo falta dessas análises do Leandro. Mas por que esse formato de “onda”, com saltos, geralmente no começo do ano, e depois quedas graduais?

  3. Adalberto Leandro da Silva

    O que vocês sugerem para aqueles que estão realmente empregados para proteger suas poupanças da desvalorização quando essa farsa toda “estorar”?

  4. A explicação é boa, mas considero absurdo colocar os trabalhos informais e os chamados “subempregos” na taxa de desemprego… O que eu acho absurdo é isso: “se um gerente de banco é demitido e passa a fazer malabarismo no semáforo, a taxa de desemprego não se altera.” Ou seja, um empregado demitido não inserido na taxa de desemprego? Totalmente absurdo.

  5. Acredito que o IMB deveria começar a divulgar suas próprias estatísticas sobre dados relativos a economia brasileira. Seria uma ótima contribuição, ao meu ver.

  6. Leandro, essa sua breve analise é muito mais confiavel que os indices oficiais…de fato, se numa familia beneficiaria do Bolsa Familia um adulto nao procura trabalho ha mais de 6 meses, ele não será considerado como ‘desempregado’ pelo IBGE. Como temos perto de 12 milhoes de familias recebendo o beneficio, já dá pra ter uma ideia de que o desemprego real é bem maior do que indice oficial….

  7. Parabéns Leandro Roque, este era realmente um tema que atirava minha curiosidade relativamente ao actual cenário e conjuntura da economia brasileira. O interessante e talvez não tenha sido explorado com a ênfase necessária no texto, é que a metodologia utilizada provavelmente se inspira, me corrija se estiver errado, do quadro de analise do BIT (www.ilo.org/global/about-the-ilo/who-we-are/international-labour-office/lang–fr/index.htm), que considero tão ilusoria quanto esta brasileira.

    Por exemplo aqui na França, consideram que 11% da população está desempregada, segundo os critérios do BIT, mas se deixarmos de lado esta metodologia (que considera alguém tendo trabalhado 1 hora por semana como empregado, se não digo besteiras), eu acredito que a taxa real de desemprego aqui da França é bem superior à estes números.

    Em todo caso, eu jà tinha cansado de ver especialistas brasileiros se fundamentarem nos dados do IBGE, agora terei mais argumentos para debater ou conversar sobre economia brasileira. Obrigado.

  8. Ótimo artigo, sempre que um artigo é foda o autor é o Leandro. Parabéns cara, vc salva mentes huahua…

    Gostaria de ver uma tradução disso aqui: mises.org/daily/6289/The-Myth-of-Austerity

    Acho que é uma das melhores coisas que apareceu nesse mês la no Mises Institute.

  9. Excelente artigo!

    Leandro, deixo aqui registrado meu apreço pelos seus excelentes artigos e contribuições, bem como a didática moderação da seção de comentários do site.

  10. Ótimo artigo, é algo que todos nós desconfiamos mesmo. O Brasil é um país precário demais e ainda tem um outro fato que o governo não faz muita questão de falar: são os salários, que no Brasil a média é algo em torno de R$1400. Num país desses com tantos impostos, é muito difícil sobreviver com essa merreca.

    Bom, e o aumento do desemprego citado no fim do artigo, vai mesmo acontecer? Voce se arriscaria a dizer quando ou apos determinado fato ocorrer (como uma crise na China, por exemplo) ? Nao vejo a hora do unico numero que esse governo tirano se gaba ir pro buraco. Quem sabe deem algum ouvido aos economistas serios depois disso.

  11. samuel borges dos santos

    Prof Leandro.\r
    Tenho tateado o assunto DESEMPREGO no Brasil e buscado auxílio dos blogs de economia. Parece que todos estão cegos! Peço a eles que visitem, por exemplo, S Miguel Paulista e vejam a realidade!\r
    Vosso artigo merece ampla divulgação posto que é contra a maré dos bonecos de presépio. Copio abaixo meu comentário feito ao Alex Schwartzman e de outros e dos quais NUNCA recebi retrocomentários!\r
    Alex, outra mentira petista que precisa ser denunciada: "DESEMPREGO NO BRASIL É 6% E ESTÁ BAIXANDO!" \r
    Veja a lógica: 15 milhões no bolsa família. Estes não estão sendo considerados no desemprego. Portanto se o emprego diminui (o que ocorre com a desindustrialização do país, o que é um fato), aumenta-se os inscritos no bolsa família, mantendo-se o desemprego na % desejada. Elementar! O surpreendente, porém é os cronistas econômicos insistirem em dizer que estamos em pleno emprego (Somente se os 6% de desemprego que o governo confessa se refira aos operários qualificados, aqueles que tiveram seus empregos exportados para Ásia e que estejam no seguro desemprego que ESTÁ CRESCENDO segundo estudo do Mansueto). Na verdade único emprego que está crescendo é o do estado brasileiro em seus vários níveis e das estatais, as quais não têm compromisso com produtividade, com resultado e quanto mais cresce mais imposto consomem. \r
    Faça as contas: A população ativa é 100 milhões, 15% está no bolsa família. Somados aos 6% que o governo ADMITE como ESTANDO desempregados, temos uma soma de 21% de desemprego. O mesmo nível em que a Argentina está. \r
    COMO AGREGAR O bolsa família A ESTE SEU ESTUDO DE DESEMPREGO?\r

  12. Roberto Rachewsky

    Leandro, bem apanhado. Agora me diga, qual o conceito de emprego? Imagino que em economia, deveria ser a contratação de mão de obra para a obtenção de resultados produtivos, certo? Não seria o caso então de se somar ai os funcionários públicos que mesmo tendo emprego nada geram e só atrapalham? Até um malabarista de sinaleira é mais produtivo do que muitos gestores oficiais. OK, se sabe que 1 sujeito que trabalha no setor público gera desemprego para muitos no setor privado, poderia haver redundância, mas eu somaria esta casta ao índice de desemprego nem que fosse por provocação. É o meu índice de emprego ideologizado. Quem nada produz e ainda atrapalha é o legítimo agente do desemprego. Soma eles ai no índice, vai…

  13. Eu fico com a taxa do DIEESE. 21% eu não acredito que seja a real taxa de desemprego, porque vc olha ao redor e vê que hoje existe uma certa facilidade para conseguir emprego, o que não havia antes.

  14. De fato , o Leandro é muito bom e creio que Mises gostaria de tê-lo como aluno.
    Em relação a sua sempre excelente e polêmica colocação, concordo com esta proposta de índice de desemprego, justamente por isso surge uma duvida . Vivo na prática a dificuldade de recrutar mão de obra, mesmo para tarefas mais simples como empregado domestico, balconistas de lojas, etc. Onde estão estes (des)empregados se rejeitam as ofertas de trabalho mesmo com salario minimo e carteira assinada?

  15. Frente a seu artigo, um fato que deve ser levantado é: esse é o NOSSO pleno emprego, isto é, do jeito que o Brasil está, não há santo que abaixe esse nível de desemprego.Esse fato, acho que não muda. As pessoas capazes estão todas empregadas, tanto é que vimos nos últimos anos brigas por profissionais capacitados e aumentos relativos de salário, até em proefissões menos valorizadas. Isso quer dizer que primeiro, caso entremos em crise o cenário será desalentador, pois teremos desemprego na casa dos 30% ou mais; segundo, é necessário voltarmos às reformas iniciadas na década de 90 para que o Brasil vença essa barreira dos 20% de desemprego, pois se isso é o nosso máximo de emprego, bom então a situação é triste.

  16. Leandro,
    Se entendi bem o governo está “retirando” trabalhadores do mercado? isto é, para pessoas com poucas qualificações não ha emprego, logo o governo assume este (des)empregado via assistencialismo (coisas do tipo: bolsa familia, seguro desemprego, sus, etc)isso cria a falsa ilusao que há geracao de renda, mas na realidade nao foi geracao de renda e sim repasse de gastos do governo. É isso mesmo? Se estiver correto então o que devemos esperar para o Brasil não é outra coisa senão o agigantamento do estado e a trituração da classe media (via aumento de impostos)?

  17. Mercado de Milhas

    “A sensação (real) de maior dificuldade de contratação vem do fato de que o desemprego caiu de 30% para 21,4% em decorrência da expansão do crédito no Brasil. “

    Pode ser.. mas eu tenho a impressão de que só não tem trabalho hoje quem não quer.

  18. Parabéns Leandro pelo artigo, realmente sua ánalise retrata o que vemos no dia a dia.

    E qto a taxa de inflação? essa é mais difícil de se calcular, mas esse indíce oficial, tá muito abaixo da realidade, qdo vou fazer compras gasto cada vez mais, e o preço dos serviços então, dispararam.

    Que tal um estudo em cima desse indíce fajutado, parece o indíce da Cristina K.

  19. Leandro,

    Gostei tanto que li cada comentário por aqui, realmente o Governo está mentindo na nossa cara. Não tinha noção dessa realidade, obrigada pelo artigo.
    Tenho o sentimento que a vida no Brasil melhorou, por exemplo, para as pessoas de classe média talvez seja difícil de ver isso, mas muitas pessoas pobres tiveram a oportunidade de comprar um fogão, geladeira pela primeira vez recentemente. Então como pode estar tão ruim se parece que tantas pessoas estão melhorando de vida?

    E, mudando de assunto me parece que se as coisas não mudarem para o próximo ano, inflação voltará a assombrar, correto?

  20. Leandro, se alguém diz que o natal é evidência de que o consumismo gera prosperidade, onde está o erro?

    A produção também aumenta para o natal mas esse aumento não é em função do consumo?

    Obrigado!

  21. Fabio "Sooner" Macedo

    Meu comentário não vai acrescentar nada ao lado econômico/prático da discussão, mas não posso deixar de contar isso:

    “De fato, um estrangeiro mais desinformado que olhe para os números brasileiros irá se sentir tentado a arrumar suas malas, vender sua casa europeia e vir voando com toda a família para o Brasil.”

    O pior é que eu conheci recentemente uma europeia que mudou de Londres (onde já era imigrante) para São Paulo em busca de emprego, guiada pelas notícias lá fora de que estamos em alta e tal e coisa.

    Em cinco meses, ela ainda não arrumou emprego (e tem formação superior em contabilidade); já foi atacada na rua uma vez (por sorte conseguiu escapar); e ainda por cima nem mesmo companhia ela arruma (os homens estão cada vez mais frouxos, a menina é bonita). Já avisou que se continuar assim nos próximos meses vai acabar a reserva de dinheiro e ela vai ter que voltar pra casa.

    Isso é Brasil: muita imagem, pouco de concreto – até mesmo no sexo…

  22. "Portanto, a real taxa de desemprego no Brasil em outubro foi de 21,4%. Nada surpreendente quando levamos em conta nossa legislação trabalhista e tributária. Encargos sociais e trabalhistas onerosos em conjunto com uma paquidérmica carga tributária sobre as empresas não poderiam permitir outro resultado senão esse. Um quinto da população sem emprego fixo após três anos de economia “pujante”, segundo o animador de circo que habita o Ministério da Fazenda". \r
    AGORA SE VS SOMA este valor ao fato de que a população ativa é 100 milhões, 15% está no bolsa família, temos uma soma de 36,4% de pessoas provavelmente sem emprego. Para mim isto faz sentido. É um valor histórico. Brasil sempre esteve nesta faixa de pessoas sem emprego. EMPREGO na definição de como foi analisada por VS.\r
    No artigo abaixo V leitores podem ver um gráfico sobre um dos fatores determinantes da falta de emprego\r
    brazilianbubble.com/chart-brazilian-industrial-activity-as-of-gdp-back-to-levels-seen-in-the-50s/

  23. Além de tudo que o Leandro apontou, não se pode esquecer que o Brasil teve aproximadamente 8 milhões de pessoas que receberam seguro-desemprego em 2011, assim muito gente está preferindo tirar “umas férias” E mesmo com as maquiagens contábeis, a População Economicamente Ativa caiu entre entre 2009 e 2011, segundo a PNAD 2011. Caiu de 101 milhões em 2009 para 100 milhões em 2011. Olho na PEA!\r
    Fonte:\r
    ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_anual/2011/tabelas_pdf/sintese_ind_4_1_1.pdf\r
    \r

  24. Meio off-topic. Viram a recente lei a a Dilma aprovou?
    Agora os impostos sobre os produtos vão estar listados na Nota Fiscal do produto.

    Tem alguma coisa de bom nisso ou é só um truque sujo do governo?

  25. Ótimo texto!

    Leandro Roque, você bem que poderia fazer (pelo menos tentar, não sei sobre a disponibilidade dos dados) fazer a mesma “reconstrução” sobre a taxa de brasileiros na classe média, já que a nova metodologia fez com que pessoas consideradas em outros lugares como miseraveis fossem encaradas como classe média.

    Abraço

  26. ATUALIZAÇÃO: acabo de fazer os cálculos para o mês de novembro. Deu 20,8%. Menor que em outubro (21,4%), mas maior que em novembro do ano passado (20,5%).

    Como dito ao leitor Guilherme mais lá em cima, o desemprego vai cair novamente em dezembro, chegando ao menor valor do ano. Ano que vem é que é a incógnita.

  27. Edson José Monteiro

    Texto inteligente e bastante elucidadivo.
    Moro em uma cidade do interior,e é incrivel o numero de pessoas que eu conheço que estão inseridas nesses casos absurdos e que são consideradas empregadas.
    Tomei contato com o site hoje e já o adicionei aos meus favoritos.
    Tenho uma duvida e talvez voces já até tenham postado alguma matéria sobre as nossas classes sociais, acho os atuais dados um tanto quanto confusos e manipulados.
    Durante minha vida sempre fui enquadrado em uma determinada faixa social, não houve nenhum fato novo, receber uma herança de um tio solteiro, ganhar na loteria, muito pelo contrário, estou aposentado e vi minha situação ascender a uma classe social elevada, logo logo estarei ao lado do Eike rsrsrsrsrsrsrsr, não dá prá acreditar que eu subi, acho é que tudo foi rebaixado, com o intuito de dourar a pilula dos ditos regimes populares.

  28. samuelborgesdossantos

    Trabalho sempre teve e sempre vai ter. E de sobra (Leandro 03/12/2012 12:32:12)

    O que falta definir com precisão é EMPREGO, DESEMPREGO. Por este seu artigo, os V números, vis a vis aos números do ministro Mântega, tem-se que os índices do IBGE deveriam ser chamados OCUPAÇÃO, DESOCUPAÇÃO.

    No seu ponto de vista, que faço meu, não tem nenhum cabimento considerar que para ganhar a vida “se um gerente de banco é demitido e passa a fazer malabarismo no semáforo, a taxa de desemprego não se altera”.

    Índice de OCUPAÇÃO/DESOCUPAÇÃO não teria utilidade econômica e também nem política porque o governo quer flautear que criou emprego. ESSA A RAIZ DO DESENCONTRO.

  29. Meu caro amigo, você que fez essa pesquisa, você é simplesmente fantástico, é com muitissimo prazer que eu vejo, atravez da sua pesquisa, o que eu já suspeitava e falava e suspeitava há muito tempo para os meus amigos e parentes, a real taxa de desemprego no nosso páis é superior a europeia e está realmente acima dos 20%, pois em um pais pobre e atrasado como o nosso, onde a maioria das fábricas mais importantes estão nas mãos de estrangeiros e onde nunca se teve um estado de bem estar social, só poderíamos estar nessa, eu mesmo sou uma dessas vítimas, apesar de ser engenheiro e de ter uma pós pela FGV, não consigo arrumar um emprego decente!

    Enquanto esse bando de canalhas, bandidos que se inclausuraram no poder, ficam aí mentindo pra população, estarei divulgando a sua pesquisa e esses dados que você colheu, meu muito obrigado, você é o cara!!

  30. Normalmente o indice de desemprego espanhol é muito maior que o Francês e o Portugues. Nunca se chegou a uma explicação exata, mas a melhor resposta que eu vi e que acredito é dado o número de imigrantes de baixa qualidade das ex-colonias espanholas.

    Quanto a veracidade do número, se você confia no numero espanhol ha de confiar tambem no frances ou portugues, uma vez que todos os numeros de paises da união europeia são avalizados pelo orgao chamado Eurostat!

    há sim loucuras feitas para se chegar ao número que o IBGE divulga, assim como muitos paises, mas o pior para mim é que o numero é feito por amostra tirada em 6 regiões metropolitanas:

    Rio de Janeiro

    São Paulo

    Porto Alegre

    Belo Horizonte

    Salvador

    Recife

    Os números de emprego são oriundos APENAS dos maiores centros econômicos do país!

    Não há uma cidade representativa do Centro Oeste nem do Norte.

    Em outros países o número é realmente nacional.

    Talvez se a Espanha divulgasse apenas os números de Madrid e Barcelona, o desemrpego seria na casa dos 12%.

    Se a França divugasse o desemprego em Paris e Marselha, seria de 5%

  31. Vcs acham que os economistas que trabalham no mercado financeiro e que utilizam-se de metodologias do “mainstream” confiam nos números do IBGE e do Guido? Claro que não, eles sabem ganhar dinheiro, mas guardam essas informações só para eles e deixam o circo continuar pra animar o povão. Os dados estão acessíveis, qualquer um pode baixar a planilha e fazer o mesmo que o Leandro fez.

  32. Leandro, o fato dos salários estarem subindo e a perceptivel dificuldade de se encontrar mão de obra não contraria seu artigo?
    Se o desemprego fosse de 20% da pop não deveria ser facil e mais barato contratar alguem?

  33. Acho que agora o desemprego voltará aos 30% de sempre:

    g1.globo.com/politica/noticia/2013/03/pec-das-domesticas-e-aprovada-em-primeiro-turno-no-senado.html

  34. Dúvida: um aumento do salário mínimo não geraria um aumento do desemprego? Considerando a taxa real de desemprego, que em 2006 chegou a 35%, e agora em 2012 estava em apenas 22%, e o salário mínimo quase dobrou desde 2006. Poderíamos dizer que o poder de compra diminui, pois o governo desvalorizou a moeda, mas eu não creio que desde 2006 o poder de compra tenha diminuído proporcionalmente ao aumento do salário mínimo(o dobro)

  35. Estou fazendo um trabalho sobre a taxa de desemprego e emprego no Brasil e fiquei bastante confusa pois cada pesquisada que eu dava obtinha uma informação diferente ‘~’ achar esse site foi um milagre e não vejo a hora de mostrar essa triste realidade pra minha turma ..claro citanto todos os créditos e passando o link do site :)~

  36. Sr. Leandro
    Perfeito em seu objetivo demonstrando a metodologia – ou falta dela – nos cálculos do IBGE. O senhor publica a real taxa todo mês ? Onde podemos encontrá-la ? O momento atual clama por profissionais de sua seriedade.

  37. Atualização das taxas de desemprego:

    Outubro – 2012

    IBGE oficial – 5,3%
    DIEESE – 10,5%
    IGBE real – 21,4%

    Novembro – 2012

    IBGE oficial – 4,9%
    DIEESE – 10%
    IGBE real – 20,8%

    Dezembro – 2012

    IBGE oficial – 4,6%
    DIEESE – 9,8%
    IGBE real – 20,5%

    Janeiro – 2013

    IBGE oficial – 5,4%
    DIEESE – 10%
    IGBE real – 25%

    Fevereiro – 2013

    IBGE oficial – 5,6%
    DIEESE – 10,4%
    IGBE real – 24%

    Março – 2013

    IBGE oficial – 5,7%
    DIEESE – 11%
    IGBE real – 23,5%

    Abril – 2013

    IBGE oficial – 5,8%
    DIEESE – 11,3%
    IGBE real – 23,3%

  38. Prezado

    Existem algumas inconsistências técnicas no seu texto. Você esqueceu de dizer que quando alguém para de procurar emprego ele sia da População Economicamente Ativa. Seu estudo deve também cotejar a relação PEA/PIA, sem isso fica um pouco falho metologicamente.

    No modelo do DIEESE estão os subempregados e no do IBGE não. Não há nada de errado nisto, são duas metodologias válidas e explicam o que estão medindo, que são coisas bem diferentes e coletadas em regiões diferentes.

    Só lamento informar, que de fato o Brasil está quase em pleno emprego mesmo, o que pode ser observado pelo aumento na relação entre o aumento real dos salários e o aumento real da produtividade do trabalho. O aumento desta relação só acontece em momentos de pleno emprego ou quase pleno emprego e é um componente inflacionário estrutural. Logo, não adianta brigar com a realidade.

    Bom dia

  39. Marcus Holst Eliseire

    Eu suspeitava destas coisas desde o princípio! Agora com sua análise minhas suspeitas encontram o necessario respaldo. Obrigado! Belissimo trabalho!

  40. Qual seria o calculo se excluirmos os funcionarios publicos contratados nos governos petista e as familias que mamam no bolsa familia e que portanto nao estao procurando emprego e nao aparecem na estatistica ?

    Esse numero assustaria muita gente. Além claro da metodologia bizarra que vc muito bem expos.

  41. Olá Leandro,

    Este assunto sempre me deixou intrigado, vendo anúncios de praticamente ‘pleno emprego’ no país e no dia a dia vemos muita gente miserável, muito subemprego, salários que não permitem uma vida adequada (claro que há gente que gasta mal, mas isso é outro assunto rsrsrs). Quem foi para outros países já deve ter notado que não há pessoas apertando botões em elevadores; não há cobradores de ônibus (reduz o preço da passagem); em postos de combustíveis há o sistema ‘self service’ (o que ajuda reduzir o preço do combustível); o número de caixas em supermercados é reduzido, e assim por diante. Estes empregos não desaparecem, acabam sendo absorvidos em outras atividades. (Vale ressaltar que em países desenvolvidos, mas em ‘crise’, não vemos milhares de pessoas vivendo em favelas). Crise de crédito afeta parte do comércio, setor de serviços, a construção civil, mas é temporário, por isso um aumento no desemprego em alguns países. Aos poucos estas taxas de desemprego vão cair novamente.

    É interessante quando vemos as taxas de desemprego medidas pelo IBGE e pelo DIEESE. Já cheguei a ver uma taxa medida pelo DIEESE 3 vezes maior que a do IBGE! Curioso, fui comparar as metodologias do DIEESE, IBGE e do INE espanhol (em andamento a comparação com o INE português). [INE: instituto nacional de estatísticas].

    O que posso dizer para vc é que em geral as metodologias são semelhantes, há inclusive medidas adotadas em conformidade com a Organização Internacional do Trabalho. Fiz um arquivo colocando lado a lado as definições e metodologias. A definição abaixo é usado pelo IBGE e também pelo INE espanhol e INE português, por exemplo:

    “São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que exerceram trabalho, remunerado ou sem remuneração, durante pelo menos uma hora completa na semana de referência, ou que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.”

    É algo completamente esquisito (“ao menos 1h completa…”), mas é assim que medem. (então temos um ranking de esquisitices, ao menos comparamos as esquisitices entre países…). Apenas nas notas técnicas do DIEESE não encontrei esse papo do ‘1h completa’ na semana de referência, ou eles são mais rigorosos ou devem utilizar isso também. (deste jeito, flanelinha é um cara empregadíssimo!).

    A maior diferença que percebi entre o IBGE e o DIEESE é que (ao menos minha impressão) o IBGE coloca mais pessoas como inativas (jeitinho? rsrsrs), e assim a taxa de desemprego fica menor, em relação ao DIEESE. Em relação às estatísticas espanhola e portuguesa, elas têm melhor qualidade, em minha opinião, porque abrangem uma proporção maior da população, e em todas as regiões de cada país.

    As estatísticas brasileiras ficam concentradas em 6 (IBGE) e 7 (DIEESE) regiões metropolitanas. A Espanha tem uma população estimada (2011) de 46.815.916 habitantes, a na estatística trimestral são entrevistados 60.000 domicílios. O Brasil tem uma população estimada (2011) de 195.200.000 habitantes, o DIEESE coleta dados no trimestre em 54.000 domicílios! (O IBGE faz uma pesquisa mensal em uns 40.000 domicílios). Isto para mim mostra que a qualidade dos dados brasileiros são inferiores porque a amostra é pequena (proporcionalmente a população de cada país). O DIEESE e o IBGE deveriam pesquisar um número 3 a 4 vezes maior de domicílios, em todas as regiões do país, para ter uma pesquisa de melhor qualidade.

    Sobre o seu gráfico, acho que as coisas não bem daquela maneira. Se entendi o que você fez, você incluiu no número de "não economicamente ativas" (inativas) as pessoas que o IBGE classifica como:

    1) pessoas desocupadas; 2) trabalhadores não remunerados; 3) pessoas com rendimento/hora menor que o salário mínimo/hora; 4) pessoas marginalmente ligadas à PEA; 5) pessoas desalentadas.

    Tem que se ter cuidado. Porque estes não são dados a mais, não podem ser somados, parte destes dados já estão considerados entre os inativos e ocupados. Exemplo: o número de pessoas marginalmente ligadas à PEA e pessoas desalentadas, já são parte do número de pessoas inativas, os números são explicitados apenas para mostrar quantos dos inativos estariam nestas condições. Deste modo, você somou algumas pessoas duas vezes. As pessoas com subemprego são consideradas com emprego, tanto aqui como em outros países, só que aqui o subemprego deve existir em proporção muito maior como escrevi no início.

    Tenho a impressão que "pessoas desalentadas", que o IBGE conta como "inativas" (explicitando quantas inativas são ‘desalentadas’) o DIEESE as conta como "desocupadas". Isso deve ocorrer também com as "Pessoas Marginalmente Ligadas à PEA". O número de inativos é maior no IBGE, mas demonstrar COMO eles fazem isso ainda não consegui, estou olhando os microdados.

    Em suma, os resultados do IBGE têm proporção maior de inativos do que o DIEESE, assim a taxa de desemprego fica bem menor (jeitinho?) e o governo faz a festa. Acredito que se o DIEESE entrevistasse um número 4 vezes maior de domicílios – mesma proporção que na estatística espanhola, e em todo o território nacional (mesmo com o blablabla de "ao menos 1h completa…") a taxa de desemprego deve estar entre 15% a 20%, algo não muito diferente dos países europeus ‘em crise’. A diferença maior deve ser no número de subempregados entre a população considerada ‘ocupada’, aqui deve ser maior que lá.

    Bem, é isso. Abraço.

  42. Ola pessoal, sou francês e moro aqui no Brasil vou tentar dar o meu opinião de maneira objectiva sobre o que vejo no pais.

    Cada pais tem seu truque para esconder os verdadeiros valores do desemprego. Realmente o calculo do desemprego no Brasil e de dar risada igual quando a Dilma fala que vai o lucro do petróleo pela educação.

    Comecei a me questionar sobre o assunto, quando vi na internet varias amigas recém formadas e não encontrando emprego, sera que o Brasil e muito entusiasmo com o calculo do desemprego igual ele era nas previsões do PIB esses últimos anos. Um amigo meu [Frances] já tinha me falado que o IBGE incluía o trabalho informal nas estatísticas e que também se tratava só de umas regiões, mas não acreditei realmente porque se for o caso já seria denunciado oficialmente no pais pela oposição politica mas era sem contar na corrupção integral dos políticos. Realmente não tem como fazer uma estimação do trabalho informal, então os cálculos são completamente manipulados a boa vontade dos políticos. Sem falar dos estados isentos na contagem que também contam com muitos desempregados.

    Pelo que sei do meu pais, e que os cálculos são também falsos voluntariamente, tipo uma pessoa de 58 anos recebendo ajuda do governo e que não procura emprego não e contado no desemprego, já e uma realidade que la aos 58 anos nenhuma empresa quer de você, o governo já tentou de dar incentivas pelas empresas empregar esse tipo de pessoas, mas sem resultados. Mas o que sei e que inclui todos os estados [departamentos la] na contagem e que o `malandro do semáforo` ou nenhuma forma de trabalho informal ajuda na contagem. Temos o problema la que do `desemprego voluntario`, o seguro de desemprego e bem remunerado e pode ir ate 2 anos e também o governo ajuda as pessoas a se formar para ganhar em empregabilidade e remuneração. Mas se um dia um governo tem a coragem de reduzir essas vantagens acredito que a taxa de desemprego vai cair drasticamente.

    Gostaria de ter o testemunho de alguns recém formados pra saber quando tempo eles demoraram a encontrar um emprego em relação ao estudo superior feita ou se estão com dificuldades a encontrar um emprego e no caso por qual motivo em geral as empresas recusam dar uma chance.

    Tenho uma pergunta o desemprego e calculado sobre a população ativa ou sobre a população total do pais ?

  43. Gostaria de saber também como e considerada a população ativa no brasil, olhei num site francês e e estimada assim :
    A população ativa se define como as pessoas em idade de trabalhar que são disponíveis para o mercado de trabalho, que elas tem um emprego [população ativa ocupada] ou que elas estejam desempregadas [população ativa desocupada] isento as pessoas que não procuram emprego, como as donas de casa, estudantes, pessoas com deficiência que não permite atividade, e as pessoas vivendo de rendas. As idades dessa categoria vai de 15 a 64 anos.

  44. Leandro,

    Adorei seu blog e suas respostas ácidas para comentários irrelevantes. Realmente sinto uma necessidade orgânica de interagir com pessoas inteligentes. Abraços

  45. apesar de eu ser uma pessoa que tenta confirmar os dados antes de usalos, me pareceu bem realista sua exposição e como eu falo há tempos no valor econômico, sempre achei o calculo do IBGE uma verdadeira piada. agora que sei mais sobre a metodologia do IBGE, vou ter subsídios para meus comentários.

    parabéns por nos informar!!

  46. Murilo Prado Badaró

    Sempre desconfio deste baixo crescimento há algum tempo e o baixo desemprego. Alguma coisa esta errada.
    Esta taxa de 20% não corresponde a aceitação do governo pelas pesquisas, ou as pesquisas estão maquiadas.
    Estranho mesmo.
    Indicadores aceitam tudo, mas não sem antes queimar a imagem de quem os manipula. Esta coisa de maquiar dados e indicadores aqui no Brasil acaba com nossa imagem.

  47. Leandro,
    parabéns, excelente análise. Só faltou incluir na categoria dos “desalentados” a todos os empreendedores que assim nos sentimos por estar pagando a conta dessa farsa populista.:)

  48. Infelizmente acho que eles ja sabem que a taxa de desemprego está errado, eles sabem que tem um órgão privado que medida o desemprego e que o resultado é o dobro. Mas imagina o escândalo que faria, anos que o governo esta manipulando os resultados do desemprego e os brasileiros descobrir que o brasil nunca realmente conheci o pleno emprego, seria muito ruim pelo governo.

  49. Há um lado bom disso tudo: cada vez menos gente está se sujeitando a um trabalho repetitivo dentro de uma burocracia (pública ou privada) burra. Cada vez menos gente passando horas e horas dentro de um ônibus para chegar ao trabalho e fazer o que uma máquina poderia estar fazendo. As formas tradicionais de trabalho estão morrendo, em prol de formas mais autônomas e flexíveis. E isso pode ser visto como um avanço. Precisamos, claro, entender se as pessoas estão ganhando ou perdendo liberdades nesse processo.

  50. Leandro,

    Porque você critica a “arcaica legislação trabalhista” brasileira mas bota na conta do desemprego as pessoas nas condições 2, 3 e 4, condições que seriam perfeitamente normais em um mundo trabalhista “austríaco”?

    Em todo caso, espero com ansiedade seus próximos posts defendendo metodologias do DIEESE, como a do salário mínimo necessário…

    Observação: a caixa de comentários pede que façamos “comentários inteligentes e educados”. Você se incomodaria em definir melhor o que entende por comentário inteligente e educado, a começar por “animador de circo”?

  51. Observação: os métodos do IBGE sempre foram ridículos, no sentido de maquiar os índices pra melhor. Isso é assim desde antes de Lula. Se com os mesmos métodos ridículos os índices de desemprego melhoraram, então melhoraram de fato.

  52. Eu gostaria muito de ler um artigo falando sobre a taxa de desemprego no período do FHC comparada ao período Lula/Dilma. Por favor me avise por este email se escrever algo.

  53. É incrível com um post de 2012 continua super atual. Ainda mais nesta época de eleições.
    Espero que o próximo governo consiga ser melhor que este. Espero mesmo!

  54. “Na Europa, a coisa é ainda mais discrepante. Alguém realmente acredita que o real desemprego na França e em Portugal é a metade do espanhol? A impressão que tenho é que a Espanha é o único país que de fato adota uma metodologia mais rigorosa.”
    Qual a metodologia utilizada em Portugal, para que a taxa de desemprego seja tão discrepante?

  55. O que eu sei sobre a metodologia para a taxa de desemprego em Portugal, é que todos aqueles que recebem Subsídio de Desemprego, Subsídio Social de Desemprego e Rendimento Social de Inserção(equivalente ao Bolsa Família no Brasil), são obrigados por lei a estarem registrados como desempregados à procura de emprego e consequentemente constam das estatísticas como desempregados, algo que não acontece com o Bolsa Família do Brasil que só é obrigatório ter os filhos na escola, e aonde temos mais de 25 milhões de desempregados que não constam das estatísticas de desemprego, nem como população economicamente ativa.

  56. sergio figueiredo

    estimado Leandro

    informa para nós, por favor, por esse critério, qual teria sido a taxa de desemprego nos anos de governo do PSDB para termos uma noção comparatória, abs

  57. Claudio Silvestre

    Pessoal vamos dar uma chance pro Aecio45, ele é neto do Tancredo, se não for bom daqui 4 anos o pt tá de volta. E que este tempo lhes sirva de lição para jamais roubar o povo brasileiro.

  58. Achei bem interessante o texto, mas fiquei curiosa para saber sobre como é a metodologia por trás das taxas de desemprego divulgadas dos países europeus também. Porque se eles usarem da mesma metodologia que o IBGE, então, pelo menos na hora de comparar, o indicador ainda serve. Agora, esquecendo essa parte da comparação de fato um indicador feito dessa forma não ajuda muito a ter uma noção da situação real.

  59. Muito interessante esses dados. Realmente era uma coisa que eu já via por si só, pelo menos, ao meu redor sempre via um desempregado, seja porque depende de outro familiar, ou porque nunca tinha um emprego fixo.

  60. É realmente muito bom ter contato com esse dados, uma vez que as propagandas e os informes nos dão uma outra visão dum Brasil muito diferente. É, realmente temos muito Estado.
    Cumprimentos, Cassiano.

  61. Carlos Alberto Giron

    Eh possivel realizar o mesmo raciocinio para o periodo 1990/2001 ??
    Em tal epoca (1990/2001), os criterios do IBGE eram diferentes dos atuais ??

  62. A taxa do DIESE é feita por amostra. Em Fortaleza, eles não vão aos bairros degradados fazer qualquer pesquisa por amostra. Só em beneficiados Bolsa Família são entre 25 a 30 milhões de desempregados, os quais não fazem parte da atual estatística de desemprego do IBGE.

  63. Guilherme Henrique

    Achei bem informativo o texto!

    Não sabia a diferença entre os dados do IBGE e DIEESE. O fato de um ser o dobro do outro
    mostra a conveniência sobre qual deve ser divulgado. Também achei interessante sua comparação entre o gerente do banco que é demitido e o os vizinhos trocando favores.

    Obrigado,
    Guilherme Henrique.
    Hospedagem de sites

  64. Que tal refazer as taxas de desemprego dos outros países citados?

    Ou na realidade, este indicar não serve para nada. Poderiamos vivermos sem ele?

  65. Cleiton Nascimento

    Realmente, grande análise Leandro. Infelizmente as pessoas não prestam muita atenção nos detalhes mais do que importantes das taxas que, de alguma forma o governo tenta jogar pra “debaixo do tapete”, camuflando assim uma realidade mais do que péssima em que estamos vivendo.

    Porque ao invés de não fazer algo para melhorar… ficam escondendo?

    Mais uma vez, parabéns pelo trabalho.

    Abraço…

  66. Essencial, atual e excelente artigo. Parabéns ao autor. Uma dúvida: não seria válido colocar os beneficiários de Bolsa Família para análise? Não é possível uma pessoa que ganhe 77 reais/mês ser considerada ”assalariada”. E, segundo a presidanta, são 50 e tantos milhões de dependentes deste programa.

    Você não incluiu de propósito?

    Obrigado e abraços!

  67. Cara, seu artigo em poucas palavras demonstra o que está acontecendo, é muita “passação de pano” em todo lugar, principalmente se tratando do IBGE, que é uma pesquisa que, em minha opinião, fortalece cada vez mais o governo com mentiras e distratos com verdadeira realidade do povo.

    Onde já se viu algum ser considerar mais de 50 milhões de usuários de um programa que dá 70 reais por mês como assalariados?

    Excelente artigo Leandro, parabéns!

  68. Oi, artigo antigo mas vim parar nele de alguma forma.

    Ótimo artigo, estou faz algum tempo querendo saber esses numeros. Óbvio que o valor de 5% não pode ser verdade, como isso poderia ser compatível com 14 milhões de famílias sobrevivendo a base de bolsa? Por sinal, esse é outro número que engana: O governo insiste em dizer que tirou essas pessoas da miséria, mas eles não estão completamente fora né?

    Usando numeros de fontes diferentes e divulgados em jornais e nas campanhas (ou seja, fontes precárias) resolvi calcular o número de pessoas que não *gera* renda acima da linha da miséria, e esse número parece ter subido de ~12% (2002) para ~30% (2014). Ou seja, mais pessoas estão no fundo do poço, mas agora o governo ajuda. Será que você não quer fazer uma análise mais completa?

    Mas fiquei curioso para saber como estava a situação antes, durante o governo do FHC, além de como está a situação atualmente, com o PIB estagnado…. será que você teria paciência de fazer mais essa coleta de dados e publicar?

  69. Gostaria de saber o porque destas taxas horríveis de desemprego estarem ocorrendo durante o domínio do PT no cenário da política brasileira!

    Pestista ou apoiadores, faça-me o favor de abrir os olhos e enxergar a realidade.

    Cumprimentos de um espectador de uma “república de todos”,

    Anonimo.

  70. Artigo excepcional. Uma pena que toda a população não tenha acesso a esse tipo de informação e acabe tendo acesso muitas vezes somente as informações mostradas da forma que o governo quer.

  71. Tatiana Rizzi Corpo Perfeito Ja

    Olá boa noite! E a situação do desemprego no nosso país agora, quero dizer nos dias de hoje como esta? Provavelmente muito pior! Somos influenciados pela mídia e achamos que tudo que ela diz é verdade, mas será mesmo? Tenho minhas dúvidas, por isso procuro informações fora da televisão, e assim cheguei no seu artigo que por sinal esta muito bom, parabéns!

  72. José Ricardo Bernardes

    Já existe um gráfico atualizado para o meio de 2015? Seria interessante uma atualização do gráfico. A matéria e opinião ainda servem.

  73. Já existe um gráfico atualizado para o meio de 2015? Seria interessante uma atualização do gráfico. A matéria e opinião ainda servem.²

  74. As taxas de desemprego de Portugal, França e Espanha são feitos pelo eurostat uma estatística europeia que usa o mesmo método em todos os países da UE então a Espanha não tem uma qualidade estatística diferente dos demais pois esses dados são da mesma organização.

  75. Andrea Calheiro

    Se possível gostaria que vc fizesse um levantamento do ano de 2002.Fiquei chocada agora com a discrepância que já sabia ser grande pois trabalho em emprego regular com o Ibope e faço todos estes tipos de pesquisa. Deveria chegar a mais de 50% daí se explica mais de 200 crianças morrendo de fome por conta de doenças da fome como foi mostrado em uma serie na rede globo. coisa com a que Lula com todos os seus defeitos acabou, não se houve mais falar em morte por inanição.

  76. Curiosidade: cinco anos após a publicação deste texto — que gerou vários xingamentos de pessoas que apoiavam o governo da época –, o IBGE passou a adotar estatística semelhante à usada no artigo acima, rotulando-a de “taxa de subutilização da força de trabalho”.

    Já é um avanço, pois se trata de uma mensuração bem mais realista — embora o atraso na adoção desta metodologia seja injustificável.

    Atualmente, a taxa nacional está em 23,9%. Na Bahia, chega a espantosos 40,1%. Em Santa Catarina, 10,9%.

    agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/18012-pnad-continua-taxa-de-subutilizacao-da-forca-de-trabalho-fica-em-23-9-no-3-trimestre-2017.html

  77. Bom dia grande Leandro, poderia me ajudar por gentileza?

    Estou realizando um trabalho e montando meu indicador austriaco. Entrei no site linkado do artigo, porem nao tem a continuidade, ela estaciona no tempo.

    Aonde eu acho a continuidade da serie desses dados?

    Alias, obrigado pelo trabalho prestado

    Grande abraço

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