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Economia

Pior do que tá não fica?

10/09/2010

Pior do que tá não fica?

Com o slogan "vote Tiririca, pior que tá não fica", o PR lançou para candidato a deputado federal o palhaço Tiririca. A candidatura virou fenômeno de popularidade, e várias comunidades foram criadas no Orkut, algumas com mais de 50 mil participantes. O velho voto de protesto, daqueles cansados com "tudo que está aí", tem conquistado adeptos da esquerda à direita. E quem não está enojado com a política nacional?

O problema é que o tiro sai pela culatra. Ao contrário do movimento debochado dos comediantes do Casseta & Planeta, que lançaram no passado o Macaco Tião como candidato no Rio, o voto em Tiririca coloca de fato alguém no poder. Na verdade, pode colocar mais de um, pois a quantidade enorme esperada de votos pode arrastar mais colegas de legenda. O PR, que não é bobo, deu para Tiririca o disputado número 2.222, de fácil memorização, de olho nesta oportunidade. E tem muito marmanjo caindo nessa!

Pensando que estão protestando contra o governo, os eleitores de Tiririca estarão contribuindo com o projeto de poder do PT, uma vez que o PR é da base aliada de Dilma. Grande protesto! Ajudar a dar ampla maioria aos petistas no Congresso, para que os projetos "bolivarianos" tenham mais chance de passar. Pior que tá não fica? Fica sim! Vide Venezuela, Argentina, Bolívia e Equador, todos eles sob governos de "camaradas" do PT.

Trata-se de uma estranha forma de lutar pela liberdade contra "tudo que está aí". Fica até parecendo protesto de adolescente rebelde, que não costuma ligar muito para os resultados de suas ações, e apenas com a sensação de prazer que a rebeldia propicia. Acham-se malandros, mas não passam de inocentes úteis a serviço do PT. Se tivessem um espelho, talvez soubessem discernir melhor quem é o verdadeiro palhaço nessa história...

Sobre o autor

Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino é formado em Economia pela PUC-RJ e tem MBA em Finanças pelo IBMEC. Trabalha desde 1997 no mercado financeiro, primeiro como analista de empresas, depois como gestor de recursos. é autor de cinco livros: Prisioneiros da Liberdade.

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