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Economia

“Habemus cursum”! “Habemus palestram”!

16/03/2013

“Habemus cursum”! “Habemus palestram”!

Sim, já temos o primeiro curso e a primeira palestra! Como responsável pela área acadêmica do IMB compartilho com vocês, em meu nome, no do Presidente Helio Beltrão e no de toda a valorosa equipe do Instituto, a grande satisfação, motivação e esperança de anunciar -- sem fumaça branca, mas com a pompa e a circunstância que somente o latim possui -- o início de nosso programa de cursos e palestras on line, nos moldes do Mises norte-americano.

Se dissermos apenas que essa auspiciosa notícia vem "preencher uma lacuna" em termos do ensino de economia e ciências sociais, estaremos caindo em um lugar comum, por isso preferimos afirmar que nosso programa, além de encher esse vazio, pretende revolucionar o estudo da ciência econômica e de todos os que se interessam pelas ciências sociais em nosso país, em uma perspectiva de longo prazo, entendido como uma geração.

Como se sabe, as faculdades brasileiras, particularmente as de economia, estão tomadas por keynesianos, neokeynesianos, schumpeterianos, marxistas, desenvolvimentistas e -- embora em número menor -- monetaristas; muitas instituições de ensino exigem que as dissertações de mestrado e doutorado de seus alunos empreguem métodos econométricos e algumas chegam a impor essa exigência até na graduação, em seus TCCs  (trabalhos de conclusão de curso).

Assim sendo, os jovens saem desses anos de estudos acreditando piamente que o estado deve ser o indutor do crescimento, ou que os gastos públicos e a política monetária devem ser usados como instrumentos contra os ciclos econômicos, ou que a tributação deve ser um instrumento de "redistribuição" de renda, ou que "João é pobre porque Pedro é rico", ou que a crise mundial que já perdura há seis anos pode ser atribuída a ausências de regulamentações dos governos, ou que "um pouquinho de inflação é bom para estimular o crescimento", ou que incentivos à demanda também são bons para o crescimento, ou que os lucros se constituem em um grande mal, ou que os empresários são todos malvados, ou que os bancos centrais são essenciais e devem ter atuações ativas sobre a economia, ou que o monopólio da moeda é muito bom e indispensável, ou -- o que não é incomum -- crendo sinceramente em todas essas falácias (e muitas outras) ao mesmo tempo.

É muito triste constatar que gerações sucessivas de economistas vêm tendo esses logros inoculados em suas mentes e depois passam o resto de suas vidas -- na academia ou fora dela -- os repetindo como papagaios bem treinados. Recebo incontáveis mensagens de estudantes de praticamente todos os recantos do Brasil queixando-se do ensino de viés marxista e estatista que recebem.

Pois bem, chegou a hora de acabarmos com essa hegemonia! A proposta do Instituto Mises Brasil é quebrar sem pressa -- mas sempre com o olhar voltado para o futuro e, consequentemente, para as novas gerações -- essa corrente perversa e mostrar ao maior número possível de pessoas a importância das liberdades individuais, da economia de mercado e da propriedade privada, conceitos que o IMB considera essenciais, multiplicando-os tal como as estrelas do mar o fazem.

Os cursos serão entremeados com palestras e serão todos ministrados dentro da perspectiva da Escola Austríaca de Economia, que acreditamos seja o caminho correto para quebrar esse paradigma intervencionista e prestador de cultos, odes e adorações ao estado, que contamina há bastante tempo não apenas a formação de economistas, mas também a de todos os que se dedicam às ciências sociais e que também, como se sabe, se propaga por todos os meios midiáticos.

 "Habemus palestram"!

A primeira de uma grande série de palestras já está marcada para o dia 4 de abril:  "Como paradigmas são quebrados: o exemplo da Escola Austríaca", com o Professor e empresário Erick Skrabe, criador e editor do Instituto Mises Chile e Instituto Mises Itália, que possui uma trajetória acadêmica e profissional extremamente rica e interessante: aos 17 anos ingressou no ITA, onde cursou os três anos do curso de matemática; colaborou na criação do Museu da Matemática Aguinaldo Ricieri; graduou-se em Administração de Empresas; fez seu MBA no Chile, na Universidade Adolfo Ibañez;  estudou em seguida na escola de negócios francesa INSEAD e na escola de economia da Universidade Bocconi, na Itália.

Em 1995, Erick abriu sua empresa na área de automação industrial e abriu escritórios no Brasil, Chile e Estados Unidos. Além disso, é também professor de Inovação, Consultoria e Logística na Universidade Anhembi Morumbi (São Paulo).

"Habemus cursum"!

O primeiro curso, no próximo mês de abril -- "Patologias macroeconômicas: como governos e bancos centrais provocam inflação, desemprego e crises econômicas" -- será ministrado em quatro aulas pelo Prof. Antony P. Mueller, um dos mais respeitados economistas da Escola Austríaca no Brasil e no exterior, Doutor em Economia pela Universidade de Erlangen-Nuremberg, Professor da Universidade de Sergipe, fundador e presidente do Continental Economics Institute, acadêmico adjunto do Ludwig von Mises Institute nos EUA e membro ativo do corpo acadêmico de nosso Instituto.

Convidamos você a participar desses eventos, únicos em nosso país, e a divulgá-los para o maior número de pessoas que vocês puderem. Para conhecer nossa programação basta acessar aqui, onde você poderá também encontrar pormenores e programas dos eventos e fazer a sua inscrição.

Podemos garantir que isto é apenas o começo. Acompanhe nossa página na Internet e você verá que nos próximos dias já poderemos proclamar no plural: "habemus cursos" e "habemus palestras"!

Os ventos da liberdade vão soprar com força, porque está surgindo a "Vniversitatis Mises Brazilis"!


Sobre o autor

Ubiratan Jorge Iorio

Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e é um dos nomes mais importantes da Escola Austríaca no Brasil.

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