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Javier Milei é o novo presidente da República Argentina! Pela primeira vez, a Argentina, e a América Latina, tem um presidente declaradamente anarcocapitalista. A vitória de Milei representa, acima de tudo, a derrota do Kirchnerismo, do Peronismo e do Socialismo que há décadas dominam a política argentina.
A vitória de Milei representa também um novo capítulo para as ideias de liberdade na tão sofrida América Latina: na Venezuela de Nicolás Maduro e do bolivarianismo chavista; na Colômbia de Gustavo Petro, das guerrilhas e do narcotráfico; no Chile de Gabriel Bóric e da tentativa fracassada de criar uma Constituição progressista; na Bolívia de Luis Arce e de Evo Morales; no México de Andrés Obrador e da violência dos cartéis; na Nicarágua de Pedro Ortega e da perseguição religiosa; no Brasil do lulopetismo e da democracia relativa. O segundo maior país da América Latina nos mostra que há esperanças.
A oportunidade perdida: Mises em Buenos Aires
Em 1959, Ludwig von Mises visitou a Argentina e palestrou em Buenos Aires para uma palestra formada por jovens estudantes, jornalistas, professores e empresários. Dado o desconhecimento do grande público sobre as teorias econômicas e políticas, Mises falou de maneira simples, porém assertiva, sobre capitalismo, socialismo, intervencionismo, política econômica, inflação e outros temas. Suas palestras foram transcritas e se tornaram o livro mais vendido de Mises: As Seis Lições.
A oportunidade que se apresentou a Mises e às ideias da liberdade pareceu perfeita. Mises rogava aos argentinos que fugissem do populismo peronista e dos presidentes militares, ambos igualmente intervencionistas. O professor Iorio descreve o evento:
“Mostra Ludwig von Mises que a melhor política econômica é aquela que limita o governo a criar as condições que permitem aos indivíduos perseguirem seus próprios objetivos e viverem em paz e que a obrigação do governo é simplesmente proteger a vida e a propriedade para permitir que as pessoas desfrutem da liberdade e da oportunidade de cooperar e de efetuar trocas entre si. Assim, o governo deve criar o ambiente que permita que o capitalismo possa florescer”.
Naquela época, o ditador Juan Domingo Perón, depois de anos de governos desastrosos que destruíram a economia argentina, estava exilado. Ele era o presidente desde 1946, mas foi deposto e forçado a sair do país em 1955.
Perón é um símbolo do populismo latino-americano e serve de inspiração para os economistas socialistas que o seguiram na Argentina. O peronismo, como ficou conhecida sua corrente política, nada mais é do que uma variação latino-americana do socialismo e do fascismo: estado forte, indivíduo fraco. Aqui no Brasil, tivemos um fenômeno semelhante, o Varguismo, representado pela figura do ditador fascista e populista Getúlio Vargas.
As palestras de Mises não surtiram o efeito desejado no público argentino. De fato, Perón voltaria à Argentina e seria eleito presidente em 1973. Sua segunda esposa, Isabelita Perón, foi sua vice-presidente e, após a morte de Juan Perón, assumiu o governo. Mas as seguidas e insustentáveis acusações de corrupção provocaram sua deposição em março de 1976.
Na conturbada história política argentina, não muito diferente do restante da América Latina, observou-se uma alternância entre governos populistas e socialistas e governos militares intervencionistas. Desde a década de 1990, as ideias peronistas permaneceram quase sem trégua no poder, entregando anos de inflação e dívida. A situação se tornou insustentável no começo dos anos 2000.
Mas a resposta às dificuldades econômicas e sociais do país foram das piores possíveis: dobrar a aposta. Um novo nome populista surgiu na Argentina: o Kirchnerismo. Não se tratava de uma grande novidade, já que representava a continuidade do peronismo, mas serviu para renovar as ideias socialistas no país.
Primeiro com Néstor Kirchner e depois com Cristina Kirchner, o peronismo do século XXI não foi muito diferente: mais inflação, corrupção, dívida e pobreza. Nem mesmo o respiro conservador de Maurício Macri foi capaz de corrigir os problemas. E a chegada de Alberto Fernández só pioraria a situação.
A Argentina, que no início do século XX figurava como um dos mais ricos, então a sexta maior economia do mundo, hoje amarga 40% de sua população na pobreza e inflação de preços na casa dos 140%.
Uma nova oportunidade: o fenômeno Milei
Mas nem tudo se perdeu e, 64 anos depois daquela visita de Ludwig von Mises, o povo argentino abraçou uma nova oportunidade.
Javier Milei ganhou proeminência na segunda metade da década de 2010, participando de debates calorosos na televisão, em que denunciava o socialismo e defendia as ideias da liberdade. Seu perfil combativo e sua retórica agressiva, somados à deterioração da economia argentina, lhe valeram uma exponencial popularidade.
Milei entrou na política em 2020, quando se juntou à coalização La Libertad Avanza. Identificando-se como anarcocapitalista, Milei defendeu o “liberalismo duro e puro” para derrotar o socialismo. Sua filosofia se resume ao respeito aos projetos de vida dos outros, ao princípio da não-agressão e à defesa da propriedade privada e de mercados desimpedidos.
Eleito deputado em 2021, o fenômeno Milei não parou de crescer. A destruição da economia pelos peronistas-kirchneristas tornou a candidatura de Milei à presidência um imperativo. Em seu plano de governo, Milei não se furtou apenas a denunciar os problemas, mas realmente apontou o caminho para as soluções.
A inflação, que chega a três dígitos, é um roubo perpetrado pelo banco central, explica Milei. A solução? O fim do banco central. Sua marca registrada durante a campanha eleitoral foi a serra elétrica, para simbolizar sua missão de reduzir drasticamente o tamanho do estado argentino. Milei também defende a desregulamentação do mercado legal de armas, a dolarização da economia, a adoção de vouchers educacionais para substituir as escolas públicas, o fim da obrigatoriedade da educação sexual integral, a reforma judicial e a modernização do mercado de trabalho, entre outras propostas.
Um novo dia raiou na América Latina
Passaram-se 64 anos desde as palestras de Mises em Buenos Aires e, hoje, Milei é o presidente eleito. Naquela ocasião, Mises visitou o país a convite de Alberto Benegas Lynch. Por coincidência, ou não, seu filho, também chamado Alberto Benegas Lynch, é o mentor de Javier Milei. “Ideias, e somente ideias, podem iluminar a escuridão”, ensinou Mises.
Só o tempo vai dizer se Milei, o primeiro presidente declaradamente anarcocapitalista da América Latina, será capaz de imprimir as mudanças que a Argentina tanto precisa. Mas o sinal que sua eleição envia a toda América Latina nos renova. Há esperança!




Por mais que eu mantenha um ceticismo salutar que ele vá conseguir governar ou mesmo reduzir a inflação;(A argentina não tem muitas reservas em dolares, como ele vai converter a base monetária e honrar os pesos sem ela?) Não posso deixar de ficar feliz;
VIVA LA LIBERTAD, CARAJO!
“tem um presidente declaradamente anarcocapitalista.” kkkkkkkkkkkkkkkk isso quer dizer porcaria nenhuma.Tem vários se dizendo liberais e anacrapitalista,mas na verdade não passam de social democratas moderados.
E como já disse antes aqui no sites.O Milei não passa de um delirio de salvador da patria e que será apenas um gradualismo que ira resolver nada,algo que aconteceu com macri.
Trocar uma moeda fiduciaria, por outra moeda fiduciaria,só mostra como ele não é anarcapitsliat coisa nenhuma.Ele teria era colocado o bitcoin como moeda . A unica coisa que ele vai conseguir com o dolarização é importar toda a inflação dos EUA que está perto de sair do controle.E para conseguir comprar dolar ele teria que demitir em massa servidores e militares para conseguir recusros.A Argentina assim como o Brasil tem servidores como um sistema de casta e vão fazer greves e mais greves
De resto,ele nunca falou em acabar com a seguridade social,salario minimo que assim como o banco central,são as preincipais base do socialismo.
E a progressistada woke já choraminga como carpideiras em velório pela vitória do Milei!
Chorem até desidratar! Merecem!
Qualquer coisa que ele faça por lá será infinitamente melhor que um dia regular da Argentina sob o governo Massa, que nada mais seria uma continuidade do peronismo por lá.
Queria agora, imensamente, ver a cara da parentada progressista! Especialmente do meu tio canhoto que abomina minha heterossexualidade, assim como o filhote dele, adepto fervoroso da famigerada sopa de letrinhas, que vê Bolsonaro como a Besta do Apocalipse e o “Lule” como o Jesus Cristo contemporâneo. Espero que estejam chorando até o final do dia!
Muito bom saber da drástica mudança que nossos hermanos se propuseram a fazer. Pode se tratar de um ato drástico frente ao colapso econômico estatista? Com certeza. No entanto, o simples fato da mídia tradicional e, consequentemente, a população tomar conhecimento da existência de ideias de liberdade já é um grande feito. A concretização das reformas bem como a formação de uma coalizão política já é uma outra história que veremos mais a frente. Torço muito para o sucesso do governo Milei e para que isso, de uma maneira ou de outra, provoque consequências positivas no Brasil.
Vamos ver se ele vai conseguir algo.
Muito bom; por quê o ”peruca”, vulgo ”el coiso” , vai cortar a mendicância da Argentina por mais empréstimos ”camaradas” via Bndes, que só servem para espoliar os pobres do Brasil.
Diante da vitória do libertário só resta dizer:
Prossegue a ópera bufa da economia argentina!
A questão não é o plano de governo dele, a questão é se ele vai conseguir implementá-lo, pois certas medidas precisam passar pelo congresso. Tomara que consiga, para jogar um balde de água fria na turma woke que já está torcendo contra =)
O Milei é o cara que está representando o movimento de mudança mais fantástico da história do ancapismo moderno. O cara já fez o que ninguém fez, saiu do total desconhecimento pra a presidência da república em 2 anos, criou um literal movimento, com milhares de pessoas, 100% anarco-capitalista num país com uma inflação galopante e uma economia totalmente falida. É algo que ninguém mais fará num prazo tão curto.
As ideias de liberdade não só prosperaram, como superaram outras ideias, que seriam mais tradicionais, como as ideias da Bullrich por exemplo, que terminou apoiando o Milei.
O que ele vai fazer e se ele vai conseguir fazer, só o tempo dirá, mas a façanha que está por vir na Argentina vai ser fascinante de testemunhar, coisa realmente interessante, de nível histórico na América Latina, ambos economicamente e socialmente. Um país sair da miséria do socialismo latino-americano e trocar 360 graus para um posto até de poder local aqui na América do Sul, um país que reconstituiu suas forças, que trilhou o caminho certo, vai ser um feito inigualável e de uma inveja mas também uma lição pra nós de tamanho com T maiúsculo.
Aos que criticam, aos que tem medo, tem temor de gradualismo, de gestão pouco proveitosa, não passa muito de subestimação do que um povo, e que uma situação tão extrema pode trazer de consequências, até bem rápidas, pra tentar mudar essa situação. É um tiro no escuro que vale a pena de ver.
Fico até triste com os pessimistas, não conseguem enxergar um dos momentos mais emocionantes de toda a história desse movimento. Onde ideias de liberdades foram tentadas, ao menos semeadas, todo país prosperou. Milei não é só um fenômeno temporário, é uma nascente de um rio, o início de uma chuva forte, de uma onda de liberalismo na América Latina. Rotular um evento tão incrível quanto esse de mero “delirio coletivo” é até feio na minha opinião.
Ao Milei força, a Argentina esperança, e ao movimento Libertário, liberdade.
Então à todos, “Viva La Libertad Carajo!”