Murray N. Rothbard (1926-1995)
"No livre mercado, todos ganham de acordo com o valor que sua produtividade tem em satisfazer os desejos dos consumidores. Sob a distribuição estatal todos ganham de acordo com o quanto podem roubar dos produtores." Murray N. Rothbard |
Murray N. Rothbard, um intelectual de variedade extraordinária, fez grandes
contribuições no campo da economia, da história, da filosofia política, e do
direito. Ele desenvolveu e estendeu a economia austríaca de Ludwig von Mises,
em cujos seminários ele foi um participante assíduo por muitos anos. Ele se
estabeleceu como o principal teórico austríaco na metade final do século XX, e
aplicou a análise austríaca a tópicos históricos, como a Grande Depressão de
1929 e a história do sistema bancário americano.
Rothbard não foi um intelectual de "torre de marfim", do tipo que
se trancava em seu mundo e se interessava apenas por controvérsias acadêmicas.
Muito pelo contrário, ele combinou a economia austríaca com uma fervorosa
defesa da liberdade individual. Ele desenvolveu uma síntese ímpar que combinou
os pensamentos de americanos individualistas do século XIX, como Lysander
Spooner e Benjamin Tucker, com a economia austríaca. O resultado foi uma nova
filosofia política, e Rothbard dedicou sua notável energia intelectual, durante
um período de quarenta e cinco anos, para desenvolver e promover seu estilo de
libertarianismo. Ao fazer isso, ele se tornou um gigante do intelectualismo
americano.
Murray Rothbard nasceu em 2 de Março de 1926, filho de David e Rae Rothbard.
Ele já era um aluno brilhante quando ainda era criança; e seu histórico
acadêmico na Columbia University, onde ele se formou em matemática e economia,
era notável. No departamento de economia da Columbia, Rothbard não recebeu
nenhum ensinamento sobre a economia austríaca, e Mises era apenas um nome pra
ele. No entanto, em uma matéria sobre teoria dos preços, dada por George
Stigler, ele encontrou argumentos contra as então populares medidas de controle
de preços e de aluguéis. Esses argumentos lhes foram de grande apelo; e ele
escreveu para o editor de um folheto no qual Stigler e Milton Friedman haviam
escrito um artigo sobre controle de aluguéis.
O editor em questão era a Foundation for Economic Education; e
visitas à sede do grupo levaram Rothbard a conhecer Ludwig von Mises. Rothbard
foi imediatamente atraído pela economia laissez-faire de Mises. E quando
Ação Humana, a obra-prima de Mises, surgiu em 1949, ela causou um grande
impacto
À medida que ele aprofundou seus conhecimentos em economia laissez-faire,
ele se viu em um dilema. Os argumentos para a provisão de bens e serviços pelo
mercado eram aplicáveis para todas as categorias. Sem restrições. Sendo assim,
não deveriam a proteção e a defesa ser ofertadas pelo mercado ao invés de
coercivamente através de um monopólio? Rothbard percebeu que ou ele abandonava
o laissez-faire ou se entregava completamente ao anarco-individualismo.
A escolha, definida no inverno de 1949, não foi difícil.
Rothbard logo despertou atenção do William Volker Fund, o principal grupo de
apoio aos estudantes do liberalismo clássico dos anos 1950 e início dos anos
1960. Ele começou um projeto para escrever um livro que explicaria Ação
Humana de uma maneira apropriada para alunos universitários; um capítulo de
amostra que ele escreveu sobre dinheiro e crédito ganhou a aprovação de Mises.
À medida que Rothbard continuou seu trabalho, ele transformou o projeto
original. O resultado, Man, Economy, and State, de 1962, se tornou uma obra
central da economia austríaca.
Rothbard estava completamente de acordo com o esforço de Mises em deduzir
todos os preceitos econômicos a partir do axioma da ação, combinado com alguns
postulados auxiliares. Em detalhes muito maiores do que Mises havia atingido,
ele realizou a dedução; e durante o processo, ele contribuiu com grandes
inovações teóricas para a praxeologia. Ele mostrou que o argumento contra o
cálculo socialista se aplica não apenas a uma economia controlada pelo governo,
mas também para uma única firma privada controlando toda a economia. Ela também
não poderia calcular. Rothbard também integrou a teoria do aluguel, de Frank
Fetter, com a teoria austríaca do capital; e demonstrou que um preço de
monopólio não poderia existir no livre mercado. Mais ainda, ele ofereceu uma
brilhante crítica à economia keynesiana, e antecipou grande parte da revolução
das "expectativas racionais" pela qual Robert Lucas mais tarde
ganharia o Prêmio Nobel.
Da maneira que Rothbard havia planejado, seu livro Man, Economy, and State deveria incluir em sua parte final uma
classificação abrangente, com suas respectivas análises, de todos os tipos de
intervenções governamentais. Essa seção também mostraria uma crítica
devastadora à aceitação padrão de que há alguma justiça na taxação, e uma
breve, porém brilhante, refutação antecipada dos argumentos anti-mercado
baseados na "sorte", que acabaram se provando tão influentes nos
trabalhos posteriores de John Rawls e muitos de seus sucessores. Infelizmente,
todo esse conteúdo apareceu na edição original em um formato completamente
truncado. Sua publicação completa viria apenas em 1972, sob o título de Power
and Market. A versão completa de Man, Economy, and State, da maneira que
Rothbard queria que fosse, está agora disponível no Mises Institute.
Esse trabalho de mestre estava longe de exaurir as contribuições de Rothbard
para a teoria econômica. Em um ensaio maior, "Toward a Reconstruction
of Utility and Welfare Economics", de 1956, ele mostrou que se
levarmos a sério o fato de que a utilidade é ordinal, e não cardinal, então as
visões anti-mercado da maioria dos modernos economistas defensores do welfare
devem ser abandonadas. A aplicação estrita das preferências demonstradas
permite dizer que os participantes de uma troca voluntária experam, ex ante,
se beneficiar. Se o economista se mantiver "livre de juizos de
valor", ele não poderá ir além dessa conclusão. Os principais artigos de
Rothbard sobre teoria econômica estão disponíveis na coleção de dois volumes
chamada The Logic of Action, publicada postumamente em 1997.
Rothbard dedicou atenção especial à teoria monetária. Nesse campo, ele
enfatizou as virtudes do padrão-ouro clássico e apoiou uma reserva bancária de
100%, ao contrário do atual sistema de reservas fracionárias. Esse sistema de
100%, ele argumentava, iria impedir a expansão creditícia que, de acordo com a
teoria austríaca dos ciclos econômicos desenvolvida por Mises e Friedrich
Hayek, levava a uma inevitável depressão. Ele resumiu suas visões para o
público geral no livro, frequentemente reimpresso, What Has Government Done
to Our Money?, de 1964, e também em um livro texto, The Mystery of
Banking, de 1983.
Rothbard mostrou o clarão que a teoria austríaca poderia trazer para a
história econômica no livro America's Great Depression, de 1963. Longe
de ser uma evidência das falhas de um capitalismo desregulamentado, a Depressão
de 1929 ilustra, pelo contrário, os perigos da interferência governamental na
economia. O colapso econômico veio como uma correção necessária para o boom
artificial induzido pela expansão monetária feita pelo Fed durante os anos
1920. As tentativas do governo de curar o declínio apenas serviram para piorar
as coisas.
Ao apresentar esse argumento, Rothbard se tornou um pioneiro no
"revisionismo de Hoover". Contrariamente aos mitos promovidos pelo
próprio Hoover e por seus acólitos, Hoover não foi um oponente do estado grande.
Muito pelo contrário, as suas políticas econômicas pré-moldaram o New Deal. A
visão de Rothbard sobre Hoover é hoje largamente aceita.
Para Rothbard, a política bancária era a chave para se entender a história
econômica americana. Assim como (Jules) Michelet, ele acreditava que a história
é a ressurreição da carne, e suas discussões não eram áridas apresentações
estatísticas. Ele estava sempre preocupado em identificar os atores e
interesses particulares por trás das decisões históricas. A batalha entre os
Morgan e os Rockfeller nos círculos bancários, por exemplo, eram figuras
constantes em seus artigos dessa área, que foram compilados
Rothbard ia muito além da economia em seu trabalho histórico. Em uma série
de quatro volumes, Conceived in Liberty, 1975-1979, ele apresentou uma
detalhada explicação da história colonial americana que enfatizava os
antecedentes libertários da Revolução Americana. Como de costume, ele desafiou
a opinião dominante. Ele não tinha muita simpatia pelo Puritanismo da Nova
Inglaterra, e as virtudes e a liderança militar de George Washington não o
impressionavam. Para Rothbard, os Artigos da Confederação não eram um arranjo
excessivamente fraco que precisava ser trocado pela Constituição, que tinha um
foco mais centralizador. Bem pelo contrário, os Artigos em si permitiam um
controle central em excesso.
Apesar de Rothbard ter geralmente estado de pleno acordo com Mises, em uma
área ele sustentava que Mises estava errado. Mises afirmava que julgamentos
éticos eram subjetivos: os fins supremos não estão sujeitos a uma avaliação
racional. Rothbard discordava, sustentando que uma ética objetiva poderia ser
fundada baseando-se nas exigências da natureza humana. Sua abordagem, baseada
em seus estudos da filosofia aristotélica e tomista, foi apresentada em sua
grande obra The Ethics of Liberty, de 1982, seu principal trabalho de
filosofia política.
Em seu sistema de ética política, a soberania sobre si próprio é o princípio
básico. Dada uma concepção robusta dessa soberania individual, um monopólio
governamental compulsório dos serviços de proteção é ilegítimo; e Rothbard se
esforça para refutar os argumentos contrários advindos daqueles que apóiam um
estado mínimo - Robert Nozick sendo o principal deles. Ele contribui com
esclarecimentos importantes sobre problemas envolvendo a teoria jurídica
libertária, tais como a natureza dos contratos e o padrão apropriado de
punição; explica por que a argumentação instrumental de Mises a favor do
mercado não tem êxito completo, ainda que ele encontre muito valor nela; e
critica em detalhes cuidadosos a visão de Hayek sobre o estado democrático de
direito.
Rothbard modificou a famosa máxima de Marx: ele não só desejava entender o
mundo, como também alterá-lo. Ele se esforçou para aplicar as idéias que ele
tinha desenvolvido em seus trabalhos teóricos aos acontecimentos políticos
correntes e fazer com que as idéias libertárias ganhassem a atenção do público.
Uma questão para ele se destacava: assim como Randolph Bourne, ele afirmava que
"a
guerra é o o alimento do estado"; ele consequentemente se opunha a uma
política externa agressiva.
Seu apoio a uma política externa não-intervencionista levou-o a apoiar a
Velha Direita (Old Right). John T. Flynn, Garet Garrett e outros
"isolacionistas" de antes da Segunda Guerra Mundial compartilhavam da
crença de Rothbard de que havia uma conexão íntima entre o poder estatal e uma
política externa belicosa.
A situação ficou bem diferente com o conservadorismo do pós-guerra. Apesar
de Rothbard ter sido um dos primeiros colaboradores da revista National
Review, de William Buckley, ele
rejeitou a defesa agressiva da Guerra Fria capitaneada por Buckley e por outros
membros da equipe editorial, como James Burnham e Frank S. Meyer. Ele cortou
relações com esses auto-proclamados conservadores e, desde então, tornou-se um
dos seus mais ferozes oponentes. Por razões similares, ele passou a condenar
seus sucessores neoconservadores. Ele seguiu uma política pragmática de
alianças temporárias com qualquer grupo que, em um dado momento, se opusesse ao
militarismo e a aventuras estrangeiras. Ele esclareceu as bases de sua postura
política em um ensaio fundamental, "Left and Right: The
Prospects for Liberty". Esse ensaio apareceu em um importante e
erudito periódico, Left and Right, que ele criou. Esse periódico
continha grandes ensaios envolvendo história revisionista e política externa,
mas infelizmente durou apenas de 1965-1968.
Em um esforço para alargar a influência do pensamento libertário no mundo
acadêmico, Rothbard fundou o Journal of Libertarian Studies, em 1977.
Esse periódico começou auspiciosamente com um simpósio sobre a obra de Robert
Nozick, Anarchy, State, and Utopia.
E até hoje, ele permanece como o mais importante periódico hospitaleiro a
idéias libertárias.
Rothbard criou em 1987 um outro periódico, o Review of Austrian
Economics, com o intuito de fornecer
um veículo erudito de idéias para economistas e outros interessados na teoria
austríaca. Ele também é o principal periódico em sua área de especialidade, e
existe até hoje, tendo mudado seu nome, em 1997, para Quarterly Journal
of Austrian Economics.
Em seus comentários sobre eventos correntes, Rothbard demonstrava uma
incrível capacidade de condensar uma enorme quantidade de informação sobre
qualquer assunto que o interessasse. Fossem questões sobre facções concorrentes
no Afeganistão ou as fontes de investimento em petróleo no Oriente Médio, ele
sempre tinha os dados relevantes sob seu comando. Um mostruário de suas
colunas, tirados do Rockwell-Rothbard Report, está disponível no livro The Irrepressible
Rothbard, de 2000. Um outro periódico que ele fundou, The Libertarian
Forum, apresenta seus comentários
sobre diversos tópicos entre o período de 1969-1984. Ele apresentou uma
abrangente e popular explicação sobre o libertarianismo em seu livro For
A New Liberty, de 1973.
Um último triunfo acadêmico ainda faltava para Rothbard, e ele veio
tristemente apenas após a sua morte. Em dois grandes volumes, sua obra Economic
Thought Before Adam Smith and Classical Economics, de 1995,
apresentou uma explicação erudita, minuciosa e detalhada sobre a história da
teoria econômica. Adam Smith, contrariamente à crença geral, não foi o fundador
da economia moderna. Sua defesa da teoria do valor-trabalho, modificada e
continuada por seus sucessores ricardianos, desviou a economia para o caminho
errado. Os heróis do estudo de Rothbard foram os escolásticos espanhóis -
que bem antes de Smith já haviam desenvolvido a teoria do valor subjetivo -, e
outras figuras, tais como Cantillon, Turgot e Say. Ele dissecou o pensamento
religioso herético que moldou o marxismo e fez um retrato mordaz da
personalidade e do pensamento de John Stuart Mill.
Rothbard estava intimamente associado ao Ludwig von Mises Institute desde
sua fundação em 1982 por Llewellyn H. Rockwell, Jr. Essa organização se tornou
o principal veículo de promoção de suas idéias, e ele serviu como seu
vice-presidente acadêmico
Ele lecionou no Brooklyn Polytechnic Institute (Instituto Politécnico do
Brooklyn) de meados dos anos 1960 até meados dos anos 1980; de 1986 até sua
morte em 7 de janeiro de 1995, ele possuiu o título honorário S.J. Hall
Distinguished Professor de Economia da Universidade de Nevada, Las Vegas
A "estrutura indispensável" para a vida e a obra desse gênio
criativo e versátil foi a sua adorada esposa, JoAnn Rothbard, e sua combinação
de realização erudita e defesa engajada da liberdade ainda permanece inigualada.
Cronologia de Murray N. Rothbard
1926 Nasce em 2 de março
1942 Ensino Médio,
1945 Bacharelado em Matemática, na Columbia University
1946 Mestrado em Economia, na Columbia University
1949 Faz uma análise de A Mencken Chrestomathy
1954 "In Defense of Extreme Apriorism"
1956 "Toward a Reconstruction of Utility and Welfare Economics"
Ph.D. em Economia pela
1958 "A Note on Burke's Vindication of Natural Society"
1959 "Human Rights Are Property Rights"
1960 "The Mantle of Science"
"The Politics of Political Economists"
1961 "Statistics: The Achilles' Heel of Government"
"The Fallacy of the 'Public Sector'"
1962 The Panic of 1819: Reactions and Policies
Man, Economy, and State
"The Case for a 100 Percent Gold Dollar"
1963
"Mercantilism: A Lesson for Our Times?"
"Money, the State, and Modern Mercantilism"
Departmento de Economia, New York Polytechnic Institute,
1964 What Has Government Done to Our Money
1965 Editor de Left and Right (até 1968)
1969 Aceita um cargo de professor no Brooklyn Polytechnic
1967 "The Great Society: A Libertarian Critique"
1968 "Biography of Ludwig von Mises"
1969 Economic Depressions: Causes and Cures
Editor, The Libertarian Forum
1970 Power and Market: Government and the Economy
"The
1971 "Lange, Mises and Praxeology: The Retreat from Marxism"
"Ludwig von Mises and the Paradigm for Our Age"
1972 Education, Free and Compulsory: the Individual's Education
A New History of Leviathan (ed.)
"Herbert Hoover and the Myth of Laissez Faire"
"War Collectivism in World War I"
"Capitalism versus Statism"
1973 For a New
"Praxeology as the Method of the Social Sciences"
"The Essential von Mises"
"Paul Samuelson's Economics, Ninth Edition"
Editor, Books for Libertarians, Setembro de 1973 - Setembro de 1974
1974 "Egalitarianism as a Revolt Against Nature"
"Justice and Property Rights"
"Value Implications of Economic Theory"
1975 Conceived in
"Gold versus Fluctuating Fiat Exchange Rates"
1976 Conceived in
"New Light on the Prehistory of the
"Praxeology, Value Judgments, and Public Policy"
"The Austrian Theory of Money"
"The New Deal and the International Monetary System"
"Ludwig von Mises and Economic Calculation Under Socialism"
1977 Conceived in
"Robert Nozick and the Immaculate Conception of the State"
Faz a introdução de Capital, Interest, and Rent, de Frank A. Fetter
Editor, Journal of Libertarian Studies, até 1995
Resident Scholar do Cato Institute
1978 "Freedom, Inequality, Primitivism and the Division of Labor"
"Society Without a State"
"The Foreign Policy of the Old Right"
"Austrian Definitions of the Supply of Money"
1979 Conceived in
"The Myth of Efficiency"
1980 Faz a introdução de The Theory of Money and Credit (A Teoria da Moeda e do Crédito)
1981 "The Laissez-Faire Radical: A Quest for the Historical Mises"
"The Myth of Neutral Taxation"
1982 The Ethics of
"Law, Property Rights, and Air Pollution"
Vice-Presidente para Assuntos Acadêmicos do Ludwig von Mises Institute
1983 The Mystery of Banking
"The Federal Reserve as a Cartelization Device"
1985 Faz a introdução de Theory and History
"Professor Kirzner on Entrepreneurship"
"The Case for a Genuine Gold Dollar"
1986 Editor fundador do The Review of Austrian Economics (até 1995)
Compêndio de artigos lançado em uma homenagem feita na celebração de seu aniversário
S.J.
"Breaking out of the Walrasian Box"
1987 "Frank A. Fetter: 1863-1949"
"Imputation"
"Time Preference"
1988 "The Myth of Free Banking in
Ludwig von Mises: Scholar, Creator, Hero
1989 "The Hermeneutical Invasion of Philosophy and Economics"
1990 "Karl Marx: Communist as Religious Eschatologist"
"Concepts of the Role of Intellectuals In Social Change Toward Laissez Faire"
1991 "The End of Socialism and the Calculation Debate Revisited"
1992 "How and How Not to Desocialize"
"The
"The Case for a Genuine Gold Dollar"
1993 "Mises and the Role of the Economist in Public Policy"
1994 "The Consumption Tax: A Critique"
The Case Against the Fed
1995 Morre
"Bureaucracy and the Civil Service in the
"Egalitarianism and the Elites"
Wall Street
Economic Thought Before Adam Smith
Classical Economics
1996 "Origins of the Welfare State in
1997 The Logic of Action (2 volumes)
1998 The Ethics of
"The Dangerous Nonsense of Protectionism"
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