Capitalistas e empreendedores não exploram nenhum trabalhador

Por definição, o capitalista é quem detém o capital e os meios de produção, o empreendedor é quem elabora e executa um plano de investimento — também chamado de empreendimento –, e o proletário é a mão-de-obra contratada para ajudar no empreendimento.


A propaganda socialista popularizou a ideia de que o capitalista e o empreendedor exploram o trabalhador apropriando-se de parte de seu salário na forma de lucro.  De acordo com este raciocínio, o operário constitui um elemento essencial do processo de geração de riqueza, mas ele é prejudicado porque surge um parasita, o capitalista, que o impede de reter a totalidade dos frutos de seu trabalho.  A realidade, no entanto, é bem outra.


Trabalhar só por trabalhar, isto é, a simples aplicação de esforço em alguma atividade, não necessariamente gera riqueza.  Se gerasse, as centenas de milhares de imóveis que foram construídas na Espanha durante a bolha imobiliária da década passada ou os vários aeroportos regionais que também foram construídos neste período utilizando o trabalho humano mas que hoje estão vazios e se revelaram desnecessários seriam vistos hoje como monumentos à prosperidade universal.  Mas a realidade é mais sombria: todos estes investimentos representaram uma enorme dilapidação de recursos escassos, recursos estes que poderiam estar hoje sendo utilizados em outras indústrias mas estão imobilizados nestes empreendimentos desnecessários.


É correto dizer que o trabalho ali empreendido foi uma completa perda de tempo.  Sendo assim, se todos os trabalhadores que foram empregados nestes projetos tão despropositados houvessem sido empregados em outras finalidades mais úteis, toda a sociedade — começando pelos próprios trabalhadores — teria sido beneficiada por esta boa alocação de esforços. 


Que o trabalho seja em muitos casos uma condição necessária para gerar riqueza não significa que ele seja uma condição suficiente.  É verdade que, antigamente, em uma ordem social extremamente simples e primitiva, praticamente qualquer trabalho permitia a geração de riqueza: as necessidades urgentes não satisfeitas (alimentação, vestuário, abrigo, ornamentação etc.) eram tantas, e os meios potenciais para se alcançá-las eram tão escassos e pouco variados (majoritariamente apenas a força bruta), que, com efeito, o único pré-requisito era o esforço físico.  A coordenação deste trabalho físico, embora importante, tinha apenas uma função meramente técnica, de modo que era fácil visualizar o esforço humano como sendo uma condição suficiente para melhorar o bem-estar.


Já em uma ordem social extremamente complexa, as necessidades não-urgentes a serem satisfeitas, bem como os meios disponíveis para se alcançá-las, são de uma variedade tão grande, que a função de selecionar onde a criação de riqueza deve ser maximizada e como isso deve ser feito advém de uma constatação básica: investir recursos em uma linha de produção significa não poder investir esses mesmos recursos em outra linha de produção; ou seja, seguir um determinado curso de ação impede a possibilidade de seguir outros cursos. 


Este é justamente o trabalho fundamental que o capitalista desempenha: como fomentador do empreendedorismo, ele seleciona, por sua própria conta e risco, quais serão aqueles empreendimentos que irão gerar mais valor para os consumidores e que, por isso, merecem receber financiamento.  Tais empreendimentos, uma vez colocados em prática por empreendedores, empregarão vários trabalhadores.  Da mesma maneira que para se encontrar a saída de uma enorme floresta é preferível ter um bom guia a ficar dando voltas contínuas e sem rumo, na hora de coordenar bilhões de pessoas para gerar riqueza é essencial contar com bons comandantes que evitem o naufrágio deste processo de coordenação social (a famosa “divisão do trabalho”).


É só então — quando um bom plano empreendedorial já foi criado por algum hábil empreendedor e o financiamento já foi levantado com o capitalista –, que o empreendimento pode começar a ser implantado e os fatores produtivos necessários para implantá-lo são contratados, entre eles os trabalhadores.  No entanto, vale enfatizar que o trabalhador é apenas um relevante companheiro de viagem, uma vez que esta viagem já havia sido iniciada antes de ele ser contratado.  Se de alguma forma fosse possível prescindir do trabalhador — por exemplo, robotizando sua ocupação –, o capitalista e o empreendedor ainda assim continuariam gerando riqueza com seu empreendimento.  Por outro lado, o operário seria incapaz de gerar riqueza sem o capitalista e o empreendedor (a menos que ele se tornasse também um empreendedor autônomo bem-sucedido e elaborasse um plano de negócios tão bom quanto ou melhor que o de seus rivais).


Consequentemente, são o empreendedor e o capitalista que cedem ao trabalhador parte da riqueza o empreendimento cria: longe de espoliar a mais-valia do proletário, é o trabalhador que fica com uma parte da mais-valia que corresponderia ao capitalista e ao empreendedor.  Marx, portanto, entendeu exatamente ao contrário o processo social do capitalismo: o valor não é extraído do proletário para o capitalista e para o empreendedor, mas sim do capitalista e do empreendedor para o proletário. 


Claro que, também ao contrário do que diz a propaganda marxista, em nenhum caso é válido dizer que o trabalhador explora o capitalista e o empreendedor: afinal, as relações trabalhistas são acordos feitos voluntariamente em que todos os lados ganham.  Se apenas um dos lados ganhasse, não haveria acordo voluntário.  Portanto, trata-se de uma relação na qual não existe parasitismo, mas sim simbiose.


Em suma, o capitalista é o proprietário do capital (tanto do financiamento quanto dos meios de produção), o empreendedor elabora o plano de negócios, o trabalhador executa o plano em colaboração com vários outros fatores de produção, e o consumidor desfruta a enorme quantidade e variedade de bens assim produzidos.  Capitalismo de livre mercado, este é o nome deste arranjo.


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Leia também:


A teoria marxista da exploração e a realidade 


Por que a ideia de que o capitalista explora o trabalhador é inerentemente falsa 


As falhas, incoerências e falácias do arcabouço intelectual de Karl Marx 


 

0 comentário em “Capitalistas e empreendedores não exploram nenhum trabalhador”

  1. Marcelo Henrique

    Muito bem explicado. Aliás, pelo que parece os alunos dos cursos de Ciências Econômicas das universidades federais brasileiras têm aprendido o contrário. Alguns terminam o difícil curso de Economia, fazem Mestrado e até Doutorado e acabam por repetir, mecanicamente, os velhos chavões que os esquerdistas põem na boca dos jovens estudantes da Graduação.

    Bom ter gente pensando, pelo menos, aqui na internet, já que nas universidades está muito difícil.

    @tiocelo

  2. Não posso nem dizer que o texto não explicou o porquê de sua proposição, uma vez que intitular esse material com “Capitalistas e empreendedores não exploram nenhum trabalhador” não se propunha a tal. E realmente não o fez.

    Constatei que o autor, no entanto, preferiu palavras evasivas. Claro: a realidade de que se trata é tão complexa que talvez as contradições seriam elementos perigosos a serem tratados, o que comprometeria o objetivo no qual se pretendia chegar.

    Alguns comentários:

    1)não creio que o socialismo propagandista tenha papel exclusivo na narrativa da exploração do trabalho humano. Esta constatação vem de séculos. Somente quem está desse lado da “simbiose” é que pode explicitar o lado sombrio disso. Portanto, não é uma propaganda, no sentido definitivo da palavra, mas tão somente uma realidade que o capitalista/empreendedor tem pleno conhecimento.

    2)independente do momento tecnológico vivido, a força humana na geração de riqueza sempre foi e sempre será fundamental. Não adianta tentar aplicar um conceito de irrelevante a esse fator. Isso seria uma injustiça e imprudência econômico/social.

    3)falar de robotização para assustar a relevância do trabalho é outra imprudência. O lucro, tão almejado, é incoerente com o consumo, tão necessário para saciar a produção, o lucro. Ainda estamos conseguindo conviver com isso. Convido os empreendedores/capitalistas a transformarem 100% da mão-de-obra em robotização. Creio que o resultado será óbvio.

    4)o trabalhador, em partes, é incapaz de gerar riqueza sozinho. Se não fosse a implícita campanha para manter os desiguais em desigualdade e sustentando a desvalorização desse tipo de sujeito nem em partes essa regra prevaleceria. O sujeito dono apenas de sua mão-de-obra é qualificado como mercadoria e, como tal, é negociada tendo em vista exclusivamente a redução de custos. Releva-se, por outro lado, a tamanha importância desse mesmo sujeito quando ele se instala na outra ponta da geração de riqueza: o consumo.

    5)e foi cômico, ilógico e irrefletido a tentativa de inverter os papéis indicando que é o trabalhador que fica com a mais-valia do empreendedor/empresário.

    6)acordos trabalhistas são, via de regra, a formalização entre a exploração e a necessidade de sobrevivência. Existe parasitismo.

    Salienta-se, no entanto, que muitos capitalistas/empreendedores estão começando a amadurecer a percepção da importância do sujeito na geração de riqueza. Basta observar, contemporaneamente, as políticas de recursos humanos nas empresas amplamente lucrativas.

    Não há aqui o objetivo de desqualificar na totalidade um sistema em detrimento do outro. Há que se entender que a sociedade não pode ser erguida sobre valores e doutrinas únicas, mas sobre um mínimo de equilíbrio entre as partes. Caso contrário, a contradição e a definitiva relação conflitiva entre proletários e capitalistas sempre deixará um senso de instabilidade e risco nas relações sociais.

  3. Mercado de Milhas

    Graças a textos idiotas como esse que aumentam o número de marxistas.

    “é o trabalhador que fica com uma parte da mais-valia que corresponderia ao capitalista e ao empreendedor”

    Meu Deus.. ou isso foi mal traduzido ou o autor é completamente doido!

  4. O que dizer diante de tanta ignorância reacionária?! O que vemos na realidade é muito diferente, vemos burgueses explorando o povo, vemos pessoas que nunca tiveram um estudo vivendo do lucro só porque oferecem bens que as pessoas precisam e elevam a qualidade de vida, enquanto intelectuais e doutores que tanto se dedicaram e estudaram nada ganham?! Tudo bem que tais intelectuais nada produzem de útil e nada oferecem ao crescimento da riqueza do país, mas será isso justo? Ora, a vida não é só lucro e o lucro não pode ser o único motivador do trabalho!

  5. Andre Cavalcante

    Dividir para conquistar é uma das principais regras em qualquer guerra.
    O estado, por si, cria regulamentações e gera atritos desnecessários entre patrões e empregados justamente para dividir a “classe explorada” (neste caso, a classe produtiva: empreendedores e empregados). Assim, é mais fácil tirar a riqueza produzida por ambos e ainda botar a culpa em um ou outro, como quando o empregador faz descontos em folha para o governo e, na hora da demissão, o empregado “aproveita” para tirar até a última gota que pode. Esse estica e puxa só faz piorar as coisas. Imagine que os patrões e empregados se dessem muito bem, simplesmente eles poderiam decidir não mais retirar os impostos em folha ou emitir qualquer tipo de nota fiscal – o governo morreria em seguida.

  6. Apesar de ter alguns pequenos pontos de discordância do artigo (a idéia do trabalhador extrair “mais valia” do empreendedor foi terrível… é como dizer que os fornecedores dos insumos necessários à produção também extraem “mais valia”… aliás, eu acho bizarro o Rallo usar esse termo arcaico marxista, ainda que pra tentar contra-argumentar).

    Gustavo, seja bem vindo ao site. Recomendo que você dê uma passeada lendo vários artigos pra entender de fato o que o autor quis dizer. O texto foi pequeno e conciso, portanto, não teve como abordar com profundidade nenhum dos argumentos que ele tentou apresentar. No entanto, serve bem a esse propósito: apresentar essa idéia.

    Vou tentar dar algumas respostas a seus comentários, e deixar que alguns dos colegas mais pacientes que frequentam o site indiquem artigos pra você. Sempre tem algum que faz isso. 😀

    1)não creio que o socialismo propagandista tenha papel exclusivo na narrativa da exploração do trabalho humano. Esta constatação vem de séculos. Somente quem está desse lado da “simbiose” é que pode explicitar o lado sombrio disso. Portanto, não é uma propaganda, no sentido definitivo da palavra, mas tão somente uma realidade que o capitalista/empreendedor tem pleno conhecimento.

    R: Por favor, exemplifique trabalhos anteriores a Marx que “constatam” essa idéia. De preferência com séculos de idade, como você sugere. Há uma diferença básica entre fato e sentimento relacionado a um fato. O fato de um trabalhador se sentir explorado (como muitos se sentem) não significa que ele efetivamente esteja sendo. Como sentimento parte de idéias, muito desse sentimento vem da propaganda da exploração que se baseia na teoria de Marx. Logo, acredito que o autor tenha acertado nesse ponto.

    2)independente do momento tecnológico vivido, a força humana na geração de riqueza sempre foi e sempre será fundamental. Não adianta tentar aplicar um conceito de irrelevante a esse fator. Isso seria uma injustiça e imprudência econômico/social.

    R: Concordo contigo, e no futuro, quanto mais o trabalho físico for sendo substituído pelo de máquinas, mais o trabalho mental se tornará relevante e necessário, para a operação, manutenção, criação e aperfeiçoamento delas. No entanto, realmente não faz diferença quem executa o trabalho físico, e sim se ele é executado ou não. Basta olhar pra praticamente qualquer linha de produção hoje em dia, e só se vê máquinas desempenhando as tarefas de “força bruta”, e pessoas operando as máquinas e trabalhando em projetos.

    3)falar de robotização para assustar a relevância do trabalho é outra imprudência. O lucro, tão almejado, é incoerente com o consumo, tão necessário para saciar a produção, o lucro. Ainda estamos conseguindo conviver com isso. Convido os empreendedores/capitalistas a transformarem 100% da mão-de-obra em robotização. Creio que o resultado será óbvio.

    R: Não há incoerência entre lucro e consumo. Pelo contrário, o consumo é indispensável para haver lucro. Não vejo sentido nessa sua constatação. Sobre a robotização, como eu disse antes, é impossível robotizar 100% da mão de obra. Talvez algum dia, com a evolução tecnológica, a “mão” de obra (trabalhos que exijam esforço físico) seja 100% robotizada, mas nunca a “cabeça de obra”, por assim dizer.

    4)o trabalhador, em partes, é incapaz de gerar riqueza sozinho. Se não fosse a implícita campanha para manter os desiguais em desigualdade e sustentando a desvalorização desse tipo de sujeito nem em partes essa regra prevaleceria. O sujeito dono apenas de sua mão-de-obra é qualificado como mercadoria e, como tal, é negociada tendo em vista exclusivamente a redução de custos. Releva-se, por outro lado, a tamanha importância desse mesmo sujeito quando ele se instala na outra ponta da geração de riqueza: o consumo.

    R: Errado. O sujeito não é mercadoria, o trabalho é. Em qualquer regime não escravista todos são livres pra negociar seu trabalho ao melhor conjunto de preço (salário) + condições de trabalho que conseguir, e é o que todos fazem, mesmo que o conjunto ofertado seja muito aquém do que o trabalhador gostaria (em GRANDE parte por causa de leis trabalhistas, mas isso é assunto pra outro artigo). Não se releva a importância dele, apenas coloca-a em seu devido lugar. O trabalhador não é quem inventa, não é quem descobre, não é quem inova e, principalmente, NÃO É QUEM ASSUME OS RISCOS. Pode ser que o trabalhador invente, crie inovações, etc., mas ele também é livre pra continuar vendendo seu trabalho de criar/inventar/inovar por um salário fixo, ou de tentar correr o risco de abrir e operar um negócio. É isso que diferencia um trabalhador de um empreendedor. Inclusive, não concordo totalmente com a definição de empreendedor do autor. Ela beira a do Administrador, que pode ser um empreendedor, ou pode ser um empregado que faz tudo isso.

    6)acordos trabalhistas são, via de regra, a formalização entre a exploração e a necessidade de sobrevivência. Existe parasitismo.

    R: Acordos trabalhistas são uma queda de braços na tentativa de se melhorar as condições da coletividade de trabalhadores de uma empresa, em detrimento das habilidades, produtividade e mérito individual de cada trabalhador. Em detrimento porque, ao investir no coletivo, sobra menos orçamento para se premiar quem realmente merece, e por causa disso, os incompetentes sempre se dão melhor do que os mais competentes nesses acordos, que geralmente vêm acompanhados da quebra de contrato protegida por lei (afinal, se você assina um acordo de trabalhar um certo número de horas por um certo valor, mas a lei – que é garantida pela ameaça do aparato de violência do estado – diz que o empregador DEVE pagar quem não trabalha chamando isso de “direito de greve”, você quebrou a sua parte no contrato) que levam os empreendedores a situações artificiais.

    Isso também é tema de outro artigo que seria bom você ler. Note que não sou contra a greve… sou contra a proteção por meio do uso da coerção de empregados que não querem trabalhar. Todos são livres pra procurar melhores empregos a qualquer tempo. Se um emprego é ruim, procure outro. Se não consegue encontrar, é porque não é o emprego que é ruim, mas o empregado. Logo ele deve rever seu conceito de valores e se conformar com a atual realidade, ou tentar mudá-la, investindo em cursos, por exemplo.

    Concordo que haja parasitismo, mas não do empreendedor sobre o empregado. Há parasitismo de alguns empregados sobre os empreendedores e sobre todos os outros empregados, quando esses decidem fazer greve.

    Salienta-se, no entanto, que muitos capitalistas/empreendedores estão começando a amadurecer a percepção da importância do sujeito na geração de riqueza. Basta observar, contemporaneamente, as políticas de recursos humanos nas empresas amplamente lucrativas.

    R: É verdade, mas políticas de recursos humanos são reflexo do poder de barganha que os trabalhadores têm. As empresas pagam salários melhores, oferecem planos de saúde e outros pacotes de benefícios não só porque reconhecem o valor de seus empregados, mas porque não têm muita escolha. Empresas concorrem entre si por empregados. A única maneira de conseguir captar e reter os melhores é oferecer um pacote de salário + benefícios + ambiente de trabalho melhor do que os seus concorrentes. Isso só corrobora a inexistência de exploração. Se empresas PRECISAM investir em políticas de recursos humanos é porque elas não possuem o poder de explorar empregados a seu bel prazer.

    Espero ter conseguido pelo menos fazer você pensar a respeito desses pontos.

    Abraços!

  7. Não sabia que a idiotia socialista que sempre viveu do bolso alheio, dava tantos palpites por aqui…

    Enfim, se há algum equivoco no texto, é a pretensão de tentar explicar obviedades para essa militância estupidificada pela propaganda do partido e que ainda acredita na mentira socialista.

    Vamos lembrar aos socialistas e esquerdistas de que no sec. XX, em todos os países em que se levou a sério a mentira marxista de que os capitalistas exploravam o trabalhador, o estado tomou conta dos meios de produção e foi o responsável direto pelo assassinato ou pela morte por fome de mais de 100 milhões de seus próprios cidadãos em tempos de paz, além da criação de ´gulags´ e outros campos de TRABALHO FORÇADO.

  8. O debate em torno do quão detestável, inaceitável e brutal é o lucro já é onipresente neste artigo. Em decorrência de minha piedade pelos estudiosos reacionários que aqui estão a defender a ideia erguida direta ou indiretamente pelo autor do artigo, abster-me-ei das discussões. Não seria de qualquer valia caso ocorresse minha entrada no debate, pois bastaria o mínimo do arcabouço neo-racional revolucionário para reduzir o argumento pró-empreendimento a um “mea culpa”.

    Entretanto, lembrar-vos-ei do quão inaceitável é a venda do trabalho de um homem ao outro. Trata-se da hierarquização das condições sociais por intermédio do serviço: A classe operária é submetida à humilhação intelectual e espiritual por meio de seus serviços, o que a torna alienada e reduzida ao nível individual devido à sensação de inferioridade advinda do trabalho. Ou seja, do assistente de pipoqueiro ao intelectual reacionário servidor do capital internacional, o trabalho os desliga da consciência de classe e os induz à uma posição brutal de inferioridade.

    Infelizmente, a filosofia burguesa permanece “simplista; distante de admitir a sacra-verdade:
    – Quando um trabalhador se oferece a prestar um serviço voluntariamente, ele não está trocando aquilo que lhe é de menor valor em troca de um ganho que lhe dá maior utilidade. Ele, na realidade, vende sua alma aos donos dos meios de produção, nega sua identidade como integrante da classe trabalhadora, destrói a própria família, torna-se alienado, passa a ser escravo do capital, oprimido pelo trabalho, reduzido a um mentecapto e incapaz de lutar por seu legítimo direito sobre tudo que pertence ao patrão. O assistente de pipoqueiro, contrariando o simplista pensamento reacionário, martiriza-se em prol das montanhas de lucro auferidas por seu superior, dono da carrocinha.

    O lucro foi o pecado original.

  9. Não sabia onde mandar essa informação e por isso estou mandando aqui, ela é parcialmente fora do tópico.

    Hoje no folha opnião surgiu este “incrível” discurso sobre o movimento tarifa zero.

    www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/06/1294177-nina-cappello-erica-de-oliveira-daniel-guimaraes-rafael-siqueira-por-que-estamos-nas-ruas.shtml

    Estava pensando em mandar um texto em resposta na folha/uol, mas sou um péssimo escritor (daí para pior) por isso pensei no pessoal daqui elaborar algum texto para acrescentar ao debate (ou serei eu mesmo…), caso contrário teremos apenas textos, ou totalmente estatizantes, ou de que o intervencionismo é algo bom.

    Acho que é importante sair um pouco do nosso âmbito e entrar em outras esferas para que as teorias da escola austríaca possam chegar em outros olhos e ouvidos.

  10. Já pensaram nos efeitos psicológicos do marxismo nas pessoas?

    Os trabalhadores em sua maioria têm mentalidade vitimista e amargurada, consideram-se praticamente condenados em uma prisão de trabalho forçado e veem seus chefes como feitores de escravos. A empresa e seus representantes são inimigos.

    Alguns utilizam a crença marxista de que em toda relação profissional sempre tem que haver um vencedor e um perdedor para justificar comportamentos que prejudicam a empresa e tentativas de dar golpes trabalhistas.

    Quando assumem cargos de chefia, invertem o raciocínio e passam a ver seus colegas trabalhadores como inimigos a serem vigiados, punidos e explorados, pois aprenderam que é assim que funciona.

    Muitos empreendedores e capitalistas de bom caráter sentem vergonha de terem lucro, pois aprenderam que é algo inerentemente mau e exploratório.

    Alguns empreendedores e capitalistas de mau caráter usam os conceitos marxistas de que o capitalismo é inerentemente predatório para justificar maus-tratos e outros comportamentos que prejudicam os trabalhadores, além de tentativas de dar golpes trabalhistas neles. Afinal, negócios são negócios.

    Em psicologia, isso se chama “profecia autocumpridora”. É como quando um aluno deixa de estudar ou estuda mal porque “sabe” que vai tirar uma nota ruim, comportamento que contribui para o resultado esperado e confirma a crença de que ele aconteceria.

    Não significa que o marxismo em si torna as pessoas ruins, significa que ele torna piores as pessoas que já são de má índole, pois serve de justificativa intelectual para atitudes e comportamentos ruins.

    E pessoas boas doutrinadas pelo marxismo, além de sentimentos de culpa, vitimismo, etc, têm seu comportamento deturpado para pior e ainda divulgam o erro, tudo na tentativa sincera de fazer o bem.

    Quando comecei a estudar filosofia política, fiquei surpreso de saber que Adam Smith viveu bem antes de Karl Marx. Afinal, se pressupõe que o conhecimento é cumulativo e progressivo. Como foi possível que algo tão inferior tenha surgido depois e dominado tantas mentes e corações? Foi uma tremenda degeneração!

    Karl Marx ensinou que a relação empregador x empregado é uma relação de parasitismo. Os neomarxistas estendem essa visão vitimista para todo tipo de relacionamento. O resultado é vitimismo, inveja, amargura, mediocridade, etc.

    Adam Smith ensinou que a relação empregador x empregado é uma simbiose. Não somos divididos em “vitimadores maus” versus “vítimas virtuosas”, mas seres humanos iguais em sua dignidade fazendo de forma voluntária intercâmbios que são mutuamente benéficos. Isso é muito mais dignificante!

    Que bom seria se as pessoas aprendessem menos Marx e mais Smith!

    * * *

  11. Artigo muito interessante que desmistifica um dos pensamentos mais comuns hoje em dia (infelizmente). Parabéns ao autor e a quem traduziu.
    Levando em consideração que gastar no presente é mais valioso que gastar num futuro e a incerteza do sucesso do empreendimento, não seria a diferença entre o que o trabalhador recebe e o que o capitalista ganha nada mais que um “juros”?

  12. Texto interessante que vai de encontro ao que se prega pela esquerdopatia acadêmica Brasil adentro. Só faço a ressalva de que com relação ao trecho que diz que “são o empreendedor e o capitalista que cedem ao trabalhador parte da riqueza o empreendimento cria”, digo que não seria exatamente cessão, mas uma troca (salário por força de trabalhao), mediada por uma remuneração regulada quase sempre pelo mercado. A grande dificuldade está em se pagar um valor justo como remuneração ao trabalhador, vez que, quase sempre, ambos os polos estão insatisfeitos: um porque acha que ganha aquém do merece; outro, porque paga além do que acha que pode (e deve). No mais, o texto é bastante proveitoso. Parabéns.

  13. O objetivo ideológico do autor deste artigo, foi de tentar dissimular a relação de exploração dos capitalistas sobre a classe trabalhadora. Somente quem não trabalha 44 horas semanais(ou mais), numa indústria de produção, pode acreditar que não existe exploração do capitalista sobre o trabalhador. Aliás, se esta exploração, de fato, não existe, como vocês liberais explicam que tenha ocorrido ao longo da história, as lutas dos trabalhadores, por melhores condições de trabalho e pela redução da jornada laboral? se não existe exploração, por que os trabalhadores fazem greves? Não é uma forma de se oporem a superexploração capitalista?? Outra pergunta: No período que Marx escreveu(século xix), os trabalhadores trabalhavam 14,15, 16 horas por dia, por baixos salários,sem direitos trabalhistas e em condições de trabalho muito degradantes; sendo que crianças e mulheres trabalhavam. Minha pergunta é: esta realidade histórica descrita por Marx, não é uma prova da exploração do homem pelo homem, presente no capitalismo? E essa exploração do homem pelo homem, no capitalismo liberal,do século xxi, não esta muito bem representada nas condições de trabalho observadas atualmente em Bangladesh, México e países desenvolvidos, onde os imigrantes exercem práticas de trabalho análogas a escravidão?

  14. Eu acho que as vezes os anarco-capitalistas (me considero um minarquista, apesar de ter lido os artigos aqui do site explicando porque esse sistema ‘e impossivel, que o Estado sempre tende a crescer, e etc) sao radicais demais em algumas afirmacoes, se preocupando apenas em ser o contraponto extremo do discurso marxista, esquecendo que pode haver um meio termo.

    Um exemplo claro disso esta na afirmacao abaixo:

    “Consequentemente, são o empreendedor e o capitalista que cedem ao trabalhador parte da riqueza o empreendimento cria: longe de espoliar a mais-valia do proletário, é o trabalhador que fica com uma parte da mais-valia que corresponderia ao capitalista e ao empreendedor. Marx, portanto, entendeu exatamente ao contrário o processo social do capitalismo: o valor não é extraído do proletário para o capitalista e para o empreendedor, mas sim do capitalista e do empreendedor para o proletário.”

    Durante e depois da realizacao do empreendimento, se os operarios foram necessarios (ou seja, a robotizacao nao foi possivel), ‘e obviamente conclusivo que sem eles nao haveria empreendimento e nao haveria o valor a ser dividido (bem como tambem ‘e obvio que sem o capitalista/empreendedor nao haveria o empreendimento).

    Entao a conclusao ‘e que nem o capitalista espolia o proletario nem este se apropria da mais-valia que corresponderia ao capitalista. Ambos entram em acordo voluntario numa transacao que os beneficia, como o autor conclui no paragrafo seguinte.

    Abraco!

  15. Poderiam indicar textos sobre as tais lutas em prol de direitos trabalhistas? Que importância tiveram em contrapartida ao acumulo de capitais e inovações tecnológicas?

  16. Gustavo,

    Bem vindo ao site.

    Eu sou daqueles que lêem e pouco escrevem, pela ausência de tempo.

    Como um ex-socialista, posso lhe dizer que este site é a melhor fonte de material para desmistificar o capitalismo e pulverizar o socialismo, como é conhecido.

    Tenha paciência com a galera deste fórum. Isso se chama “ser humano” – entidade com capacidade de inteligência que, em certos momentos, julga ser uma pessoa esclarecida e acima da verdade.

    Colega, estamos todos na mesma caverna, enxergando lampejos da claridade platônica.

    Abs!

  17. Amarilio Adolfo da Silva de Souza

    A relação entre trabalhador e capitalista é benéfica para ambos e para a sociedade em geral, desde que os acordos sejam respeitados pelas partes, sem burocracia.

  18. Olá!
    Estava lendo sobre o conceito de mais-valia – na Wikipédia – e me deparei com essa crítica à escola austríaca. Gostaria que vocês a comentassem.

    “Segundo os marxistas existe um problema, no entanto, nas críticas neoclássicas, que é o fato de, nesta escola, o juro ser tido como a remuneração natural do capital monetário, a qual é gerada pelo seu uso produtivo; daí, na crítica de Böhm Baverck, os trabalhadores, ao abrirem mão de pouparem seu salário, consentirem implicitamente no lucro capitalista. Para Marx, esta noção de que o juro seja uma remuneração “natural” do capital é uma característica daquilo que ele chama, nas suas Teorias de Mais-Valia, “economia vulgar”: o juro não é uma categoria natural, e sim social; para Marx, os trabalhadores não podem “escolher” gastar seus salários “mais tarde” (o que já era proposto, com o nome de “teoria da abstinência” por um pós-ricardiano, Nassau William Senior, que Marx critica n’O Capital), pela simples razão de que necessitam deles para sobreviver materialmente; o lucro, por sua vez, depende de processos de produção concretos para existir: se eu coloco um capital de longo prazo para render juros com um prazo de carência de 15 anos, e neste ínterim o negócio em que investi falir, ficarei tão inadimplente quanto ficaria se fosse menos “abstinente”.
    Para Marx, o juro é apenas e tão somente uma forma pela qual a mais-valia social geral – a soma das várias mais-valias particulares – circula ao nível microeconômico e é redistribuída entre os vários capitalistas – fundamentalmente, daqueles que realizam a produção industrial para os portadores do capital financeiro. Ao analisar o juro como uma variável autônoma, Marx de certa forma antecipa a teoria monetária de Keynes, que considerava que a igualdade entre poupança e investimento, longe de representar um equilíbrio entre oferta e procura de capitais, seria uma simples identidade contábil.
    Existe aí, portanto, entre o marxismo e a economia neoclássica, um vácuo conceitual não facilmente resolvível, especialmente quando se trata de autores da escola Austríaca, que, seguindo os princípios estritos do fundadores da escola neoclássica, o inglês William Stanley Jevons e o alemão naturalizado austríaco Menger, tentam explicar todos os fenômenos econômicos com base na ideia de utilidade marginal e não dão nenhum papel a quantidade de mão de obra na determinação do valor, contrariamente à escola neoclássica inglesa de Alfred Marshall , que, como já dito, busca uma síntese entre a Economia Clássica Inglesa, e o neoclassicismo jevoniano.”

  19. De sopetão, dou três respostas:

    1. Segundo os marxistas, os capitalistas parasitam os trabalhadores. Ora, o parasitismo econômico só pode levar a uma situação de maior pobreza dos parasitados do que seria de outra forma. Mas observa-se o contrário, com a eliminação dos capitalistas, a pobreza dos trabalhadores aumenta imensamente, e foi o que aconteceu nos países onde se adotou o socialismo conforme o proposta de Marx (estatização dos meios de produção, que era o que Marx considerava a fase intermediária rumo ao comunismo). Como disso resultou pobreza, falta de produtos, fome. Além disso, nunca se observou um sistema realmente próspero onde os meios de produção não fossem privados (ou pelo menos boa parte deles). A experiência indica que capitalistas (donos privados de meios de produção) são úteis à sociedade, e governantes socialistas são os verdadeiros parasitas.

    2. Os governantes defensores do socialismo, mais os sindicatos, mais os fundoS de pensão controlados por sindicatos, mais os apoiadores do socialismo, dominam a maior parte da riqueza da sociedade, mesmo nos países não socialistas. Eles não precisam de nada mais para implantarem o seu sistema. Criem as suas tais empresas “justas”, “dos trabalhadores”, seguindo um rigoroso “planejamento central”. Em vez disso ficam acusando e cometendo crimes contra quem produz.

    3. A mais valia é uma falácia baseada no falso conceito de valor como sendo o trabalho socialmente gasto para produção dos bens, que foi já totalmente aniquilado intelectualmente.

  20. “não são coerentes com a postura de quem defende a liberdade e a igualdade”

    Quem é o ignaro que defende essas duas coisas mutuamente excludentes?! Qualquer um que seja incapaz de perceber essa dicotomia tem de ser escrachado mesmo, pois não passa de um papagaio descerebrado que fica repetindo slogans de DCE sem fazer a mínima ideia do seu significado.

    Sobre os comentários, freqüento este site há uns três anos, e todos os comentários que foram ridicularizados foram altamente merecidos, pois eram pessoas defendendo medidas totalitárias, relativismo moral e mais poder a políticos e burocratas. Isso tem de ser impiedosamente escarnecido mesmo.

  21. excelente , ótimo artigo, até eu como anarquista já sabia que o problema não é o capitalista e sim os encargos por trás disso, claro, sempre vão existir uma certa opressão no meio de produção, Mas realmente é lenda dizer que todo capitalista é opressor, pena que as pessoas se guiem no que os outros falam, se soube-se o quanto o Estado suga um bom empresário e deixa os maus empresários prosperarem , nosso setor mineral é um exemplo, Por que o brasil não vende “produtos”, em vez de “minérios”… sugiro um artigo explicando o porque o Brasil não consegue fazer um carro, não consegue fazer um avião etc…

  22. Quem é o ignaro que defende essas duas coisas mutuamente excludentes?!
    Realmente agora sei porque vocês debocham e ridicularizam quem tem ideias diferentes das suas, é por falta de cultura e argumentos, quem tem a capacidade de dizer que Liberdade e Igualdade são mutuamente excludentes, nunca ouviu falar da Revolução Francesa, que curiosamente reivindicava:
    -O respeito pela dignidade das pessoas
    -Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei
    -Direito à propriedade individual
    -Direito de resistência à opressão política
    -Liberdade de pensamento e opinião
    Muito antes da existência da Escola Austríaca.

  23. O IMB acredita que nossa visão de uma sociedade livre deve ser alcançada pelo respeito à propriedade privada, às trocas voluntárias entre indivíduos, e à ordem natural dos mercados, sem interferência governamental. Portanto, esperamos que nossas ações influenciem a opinião pública e os meios acadêmicos de tal forma que tais princípios sejam mais aceitos e substituam ações e instituições governamentais que somente:

    a) protegem os poderosos e os grupos de interesse,

    b) criam hostilidade, corrupção, e desesperança,

    Fiz este recorte e digo-lhes: Qual a logica disso tudo? Pois usando as palavras de um dos frequentadores ” eh de um relatismo moral ” gritante, mas isso so vale quando alguem questiona a escola austriaca e voces que acreditam que ela eh infalivel… Esses dois topicos jamais existiram ou existirao quando o mercado eh o senhor unico e exclusivo da economia.

  24. Por que hostilidade, corrupcao e desesperanca, so sao coisas que os governos geram? ( na pratica eh verdade, mas temos exemplos que nao eh bem assim) O mercado que pelo que entendi seria algo abstrato que nao escolheria os seus preferidos e sim so os capazes de sobreviver em um ambiente de concorrencia e nao existiria pessoalidade! Eh isso? Realmente preciso me esforcar, comecei a flertar com EA. ( mas por prevencao nao acredito que ela seja a resposta para tudo…) Mas vejo por exemplo que alguns teoricos dizem que so ha corrupcao entre governo e algum esperto do mercado que quer ganhar uma concorrencia… Exemplo privado: Uma empresa privada pode muito bem corromper outra! Ah mas isso nao vale, porque eh so um instrumento de se ganhar a concorrencia e no fim os dois ganham… Mas se outra empresa tivesse ganho a mesma que “nao corrompeu” teriam ganhado muito mais e esta mesma que perdeu por algum motivo faliu( lei do mais forte), mas essa situacao hipotetica nao importa pois os atores de todo processo sao privados e todos os conceitos morais nao valem quando o cenario eh este. Lhe digo que no mundo real, ha sim preferencias entre privado e privado( coisa semelhante nas relacoes privado governo) e que nao seguem nenhum criterio elencado na teoria da livre concorrencia. Na pratica em minha opiniao tudo nao passa de uma luta por poder!

  25. Prezados

    Estou muito feliz pelas palavras de resposta, comecei a ler o Von Mises, nao consigo parar… ( Economic policy: thoughts for today and tomorrow) e li boa parte dos comentarios do frequentadores deste site… E me parece que muitos de voces nao acreditam nas proprias palavras do “mestre” e inclusive de uns articulistas… ( mas creio que muitos me taxarao de analfabeto funcional, pois nao sou economista, no livro supracitado a esposa do Von Misses recomenda a leitura para nao economistas). Nao entendo a repulsa infundada pela acao do governo, mesmo que este prese pelo bem estar da sociedade, nao falo chefes de executivo salvadores, falo de representantes comprometidos com o melhor para sociedade, ( o proprio Von Mises nao descarta a presenca do governo) por exemplo para intermediar conflitos entre particulares,criar leis anti trustes para evitar a formacao de oligopolios estaveis, entre outras. Nao concordo com o que ele(VM) alega para o origem do capitalismo… Pois confrontando o que se ler em historia e livros de outros autores( inclusive o odiado K.M e que o proprio Von Mises alega que ele explica muito bem a origem de muitas coisas), resumindo comparando com a historicidade do direito, da engenharia, da politica, das ciencias fisicas e biologicas e de outras areas do conhecimento humano existe conflito nas alegacoes por todas as vertentes, mas quem sou eu para questionar os sabios? Pois tenho que melhorar muito para comecar a ficar ruim… Sobre corrupcao entendo que existe a concepcao moderna do conceito, por isso citei ” que alguns teoricos dizem que so ha corrupcao entre governo e…” E recebo respostas boas e concisas, mas insistindo, para mim corrupcao no sentido amplo da palavra, nao se limita a acao entre acao no dueto publico privado, gostei do exemplo da padaria! Poderia citar tambem a compra de pequenas empresas de informatica por gigantes do setor( na intencao de manter o oligopolio ou o monopolio, mas isso nao seria corrupcao, pois o empresario que vendeu seu negocio mas que supostamente ameacaria os grandes, foi retirado desta parte do mercado nao foi corrompido… E sim o vendeu de forma consciente. Pois privado nao corrompe privado, pois para participar deste meio vou me limitar a concepcao moderna da palavra. Ainda sobre monopolio e oligopolio, a historia nos da exemplos de alguns setores que se impuseram e que concorriam em poder com o poder representativo, lembro que, sem conotacoes conspiratorias, grandes corporacoes atuais e passadas, mandam( mandavam) e desmandam( desmandavam) nos setores que atuam e que atuaram e nao se apresentavam( apresentam) instaveis em sua existencia e isso nao pode ser negado.
    Agradeco-lhe Leandro por seu ponto de vista! Mas com ressalvas, para nao esticar o assunto, entendo sua posicao.
    Renato Souza a muito tempo li que donos de postos de combustivel acordavam entre si os precos, formando o micro cartel local em pequenas cidades, bom talvez eles pagassem os fiscais do governo( corrompendo-os) para serem coniventes ou pior nao tinha como constatar fraudes ou …) e nao se poderia caracterizar como cartel ou “mini cartel” com esse exemplo, que nao pode ser usado para gerar uma regra( coisa que vejo as montes por aqui, o uso de exemplos isolados para da embasamento a uma “lei”.
    Entendo que quando o governo apoia a existencia do monopolio ” ha tramoia” mas uma outra parte do governo responsavel por punir as fraudes e os roubos, sempre sao requisitadas para “salvar” e tornar mais civilizada as relacoes sociais e economicas… Mas para nao esticar a conversa entendo-o.
    Sr Anarcofobico espero que seu apelido seja tambem uma ironia, pois assim o deduzo, pois vejo que em seus comentarios abusa desta figura de linguagem( e acho muito bacana) se estiver certo, seja bem vindo a este mundo, ou melhor, eh bom saber que existe mais seres com essa inclinacao e nao necessariamente com as mesmas opinioes, e quem sabe ja esteja nela a mais tempo do que eu, senao, desconsidere minhas palavras. E vamos buscar a felicidade!

    Abracos a todos

    anonimo

  26. Excelente texto, se me permite gostaria de fazer uma pequena adição. São tantas as contradições do marxismo, pra começar a desculpa de que o empresário cria crises com o objetivo de destruir o próprio patrimônio numa espécie de “destruição criativa” para continuar explorando o empregado. Só ver o que Ford fez para descobrir que isso não é verdade: criou a linha de montagem para baratear os custos de produção e levar ao mercado o carro popular, para ser consumido pelos próprios empregados a um preço acessível. Basicamente dizem que o empresário não gosta de dinheiro! E o pior é que isso ainda faz a cabeça de muita gente…

  27. Então pelo fato de os tais Capitalistas ter acesso ao Capital e do Empreendedor ter o privilégio de nascer com as habilidades certas, fica reservados a eles terem uma qualidade de vida e maior ascendências econômica ?
    O trabalhador cumpriu com seu papel social ao passo de sua habilidade pessoal.
    Então o sistema todo é baseado em o que se pode chamar “sorte” e muito menos merecimento.

  28. Cleidison Soares Lirio

    Agora eu pergunto uma coisa, se vocês não querem o socialismo, o que fazemos com os impostos e o Estado?

    Ele não serve pra nada se suga o nosso dinheiro e depois não pode devolver como socialismo ???

  29. Cleidison Soares Lirio

    E dar $100, depois protestar porquê acha errado receber os 50$ de volta é um ato inteligente?

    Só pensar, amigo..

    Não dói nem nada..

  30. Em uma ditadura comunista/socialista o trabalhador só tem uma única opção: ser empregado do único patrão que existe, o estado. Já em uma democracia de livre mercado o empregado é livre para escolher entre continuar sendo empregado ou também ser um empreendedor montando seu próprio negócio. Que doença mental é essa que faz alguém preferir viver como escravo do estado?

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