Em seu livro
O Caminho da Servidão,
F.A. Hayek explicou que, sob um governo socialista voltado para o planejamento
centralizado da economia, o seguinte cenário irá ocorrer:
1) Planos estatais serão criados com o intuito de
impulsionar a economia.
2) No entanto, por causa da
impossibilidade prática de se fazer qualquer planejamento econômico sob um
arranjo socialista, todos esses planos inevitavelmente irão fracassar.
3) Ato contínuo, os planejadores econômicos irão responder
criando ainda mais planos para "corrigir" os estragos gerados pelos planos
anteriores. À medida que estes também inevitavelmente
fracassam, os planejadores concedem a si próprios ainda mais poderes para "consertar
a economia", o que significa menos liberdade para os cidadãos e mais opressão
do estado.
4) Os planejadores econômicos, consequentemente, vão
se tornando cada vez mais ditatoriais, e cada vez mais dispostos a jogar fora
todo e qualquer resquício de moralidade.
A população é continuamente escravizada, sendo levada para o caminho da servidão.
O mais recente, e trágico, exemplo prático disso é a
democracia socialista da Venezuela. Primeiro,
o governo venezuelano arruinou completamente a economia com a adoção de medidas
socialistas. A mistura de hiperinflação (gerada
pela impressão desmedida de dinheiro), controle de preços e
estatizações de fábricas
e lojas não apenas não conseguiu gerar oferta abundante de nenhum bem,
como, ao contrário, gerou desabastecimento generalizado — as prateleiras das
lojas e dos supermercados estão vazias e as pessoas de classe média que antes
tinham emprego estão hoje esfomeadas, tendo de literalmente revirar latas de
lixo e matar gatos e pombos nas ruas para ter o que comer. (Veja relatos
completos e apavorantes aqui
e aqui)
Agora, para tentar "reverter" a fome e a escassez de
comida, o governo venezuelano decretou que os cidadãos venezuelanos serão compulsoriamente
convocados a trabalhar em fazendas agrícolas estatizadas por pelo menos 60 dias
para reverter a fome que vem castigando o país.
A Anistia Internacional declarou que o decreto "equivale
a trabalho forçado". A diretora da AI para as Américas, Erika Guevara-Rosas, afirmou
que "tentar abordar a severa falta de alimentos na Venezuela forçando o
povo a trabalhar no campo é como tentar curar uma perna quebrada com um
curativo".
Campos de trabalho forçado são uma das consequências
inevitáveis do socialismo.
Vale lembrar que a Venezuela já foi um país rico e
com petróleo farto. Hoje, além de ter
de importar petróleo (pois sua estatal petrolífera foi saqueada pelo
governo, como tende a acontecer com todas as estatais), sua população foi
reduzida à total mendicância por causa de seu governo.
O alerta sempre é válido: por mais belas que sejam
as "intenções sociais" proclamadas por políticos, o resultado do socialismo é
sempre um só.