O professor Alberto Oliva fala, na primeira parte da
aula ministrada no Summer School do IMB, sobre a diferença entre as noções de
coletividade e coletivismo.
Fala sobre a tendência brasileira em relacionar o
individualismo com o egoísmo — ignorando a definição de que individualismo é
autonomia individual — e discorre também sobre o emprego nocivo da palavra
"coletivismo", a qual os intervencionistas exploram.
Quem tem desígnios, objetivos e tira conclusões não
é a "classe social", mas sim seus indivíduos, que dificilmente teriam
desígnios, objetivos e conclusões homogêneos
—cenário ignorado pelos intervencionistas que atribuem ao coletivo uma
personalidade superior à do indivíduo.
O professor fala sobre como o coletivismo foi
transformado em ferramenta fundamental para a luta de classes, numa suposta
ação cooperativa. Afirma que acreditar em mentes supra-individuais é
neurologicamente impossível e tal concepção tornaria os indivíduos marionetes
do sistema, neutralizando a responsabilidade individual sobre a ação humana e,
consequentemente, a atribuição de culpa.
Atualmente, o conceito de um nível consciente
"superior" ao do indivíduo deixou de ser necessariamente referente à "classe",
para ser substituído por "etnias", "gênero", "raça", "culturas" etc.
Alberto Oliva dá exemplos do vocabulário típico
coletivista, os aspectos históricos do individualismo, fala da noção kantiana
de felicidade individual e trata o coletivismo como álibi para não assumir a
responsabilidade devida pelos próprios atos.
Confira a primeira parte de Individualismo e
Coletivismo, com o professor Alberto Oliva.