O professor Fabio
Barbieri ressalta, nesta aula, que é possível falar em Economia sem se utilizar
de dados econométricos ou dados fornecidos pelos governos.
Afirma que a tarefa da
economia é também a de identificar a causa da prosperidade ou do empobrecimento
de uma nação, comparando conjuntos de "regras do jogo" por meio do subjetivismo
e da complexidade da coordenação dos agentes.
O professor fala do
excesso de psicologismo e da crença no realismo de instrumentos métricos, por
meio dos quais a simplicidade de um modelo matemático é transferida para a vida
real, que é bem mais complexa.
Por causa dessa
matematização da economia, os economistas costumam gerar símbolos de
representação gráfica, sem se aprofundar no significado de cada um,
transformando todo o capital da economia em uma entidade autônoma. Como consequência, o capital fica
desconectado do subjetivismo dos agentes econômicos e da complexidade da
economia — o que é totalmente incompatível com os planos de ação dos
indivíduos.
O dilema metodológico
básico está na análise de dados, no qual o economista é escravo do método utilizado
e tem de procurar respostas onde elas não estão, o que aumenta a dificuldade em
obtê-las. Autores antigos falam em "fases metodológicas": a primeira fase, com John
Stuart Mill, contra o uso da matemática. A segunda fase, com Mises, generaliza
as atividades, negando a divisão entre economia e extra-economia, promovendo
uma interdisciplinaridade.
Olhando ao longo das
décadas, tudo o que os austríacos afirmaram ser ciência — e que é
sistematicamente negado pelo mainstream
econômico — passou a ser incorporado na fundamentação de problema econômico
das outras escolas.
Para compreender
melhor a Praxiologia e o Método da Economia, assista à aula do professor Fabio
Barbieri, disponível no link: