Pergunta um tanto off topic:
Li aqui ni IMB:
"Qualquer tentativa do governo de jogar o fardo tributário exclusivamente sobre os ricos fará apenas com que cada vez mais ricos deixem o país." Os chamados exilados fiscais
Entretanto, me deparei com argumentação contrária:
"Será que uma tributação mais progressiva poderia gerar fuga de capital, ou algo do tipo?
Mas se o capital decide sair do Brasil nesse momento ele ainda irá arcar com ainda mais perdas. A primeira é que se os agentes decidirem se desfazer dos ativos em moeda nacional ao mesmo tempo, o excesso de oferta de ativos fará o preço deles despencar. Pior, após vender os ativos, os agentes têm que fazer a conversão de reais em dólares, e se muitos agentes fazem isso, há forte desvalorização cambial, que demandará mais perdas.
Então ao invés do agente perder somente com impostos, ele perde com a queda nos preços dos seus ativos e com a desvalorização cambial. Ao invés de um só canal de perda, haveria três canais. E, com base na hipótese das finanças comportamentais, os agentes possuem aversão à perda. Logo, podemos concluir (usando o arcabouço das finanças comportamentais) que essa hipótese de fuga de capitais é frágil.
Claro, existem casos de ricos que mudam de país para serem menos tributados, mas nunca é um efeito manada e geralmente são milionários que não investem na cadeia produtiva, mas sim têm suas fortunas aplicadas no mercado financeiro. Um caso famoso, que a mídia brasileira fez estardalhaço, foi o do ator Gérard Depardieu na França, que se mudou para Bélgica para pagar menos impostos [22], e que entra no exemplo do típico milionário que nada tem a perder mudando de país, pois fez sua fortuna no cinema, não é um capitalista cuja fortuna depende de infraestrutura, da propriedade privada dos meios de produção e de um mercado consumidor para ela ser mantida e ampliada. "
Essa argumentação faz sentido lógico? É válida ou falaciosa?