A perda da reeleição dele não se deveu à sua frouxidão em tentar resolver a
questão do sequestro no Irã e à alta inflação durante todo o seu governo? Ele foi nomear o Paul Volcker bem na véspera das eleições, em agosto de 1979. A taxa de desemprego foi
subir mais em 1980 (de fato era véspera de eleição), tendo subido mais alguns anos depois, e então foi caindo gradativamente. Vi de que, com essa sua rigidez em dar pancada nos juros, ele sofreu várias pressões. Alguns grupos corporativistas também chiaram.
Aqui no Brasil, tivemos uma
queda no M1 em 2015. Na Turquia também houve uma queda no M1
recentemente, mas com a troca do presidente do banco central local, provavelmente isso será revertido. Erdogan possivelmente segue a doutrina islâmica que condena os juros, então não há o que fazer. Não sei como os católicos enxergam a questão dos juros e da usura, mas já li em algumas fontes de que a Igreja Católica condenava a usura, enquanto isso não acontecia no judaísmo, o que é uma das possíveis causas para o enriquecimento de vários judeus durante a Idade Média e nos séculos posteriores.
Tenho medo do que a equipe atual do Ministério da Economia pretenda fazer com relação à inflação, que já estourou o teto da meta. O Roberto Campos Neto tem focado muito na parte fiscal e atribui isso a causa para a desvalorização da moeda, mas ele se esquece que, justamente por causa dessa parte fiscal, é que o governo (inclusive ele) precisa pagar para oferecer uma moeda melhor, nesse caso aumentando mais a SELIC.
Me chamou atenção essa fala dele abaixo (dessa
notícia):
"Para nós, o importante não é o real, trabalhamos sob um sistema de câmbio flutuante. O importante é como o real contamina o canal de inflação para a inflação de curto prazo e para elevar expectativas. Estamos vigilantes quanto a isso e agiremos se necessário"