A taxa selic tem caído e se mantido em níveis baixos de forma anunciada, sem sustos, previsível e progressiva acomodando uma necessidade de combate à recessão. Obviamente tem efeitos colaterais se utilizado de forma isolada.
Obviamente q pela lei universal de oferta e demanda quando um bem é ofertado em maiores volumes ele perde valor. Com juros selic baixos, isso ocorre com o dinheiro , que ofertado sob regimes de baixos juros fica em maior disponibilidade e assim perde valor, e a consequência imediata é o aumento dos preços de produtos, bens e serviços, como reflexo da desvalorização do poder de compra daquela moeda.
Isto posto não se pode negar a manutenção da atividade econômica, sobretudo nos setores da base populacional, preservando empregos e níveis mínimo de rendas num período tão trágico como o que o Brasil vive desde o segundo mandato do governo Dilma.
Me parece um tanto quanto contraproducente, depois de tanto esforço para chegar nos níveis atuais da selic, buscar corrigir os efeitos colaterais dessa política apenas voltando a aumentar a selic. A selic ideal não é um número. A selic ideal é aquela q se atrela a uma política de desenvolvimento q leva em conta outras frentes de desenvolvimento.
Ora, se a oferta do dinheiro reduz o valor do dinheiro implicando em aumento do custo do bem, a estratégia mais sustentável nesse contexto é estimular a produção dos bens, sobretudo com redução de impostos no curto prazo, mas tbm com educação e investimentos em tecnologia a médio prazo.
Com mais oferta de bens e produtos estes tendem a baixar de preco e assim se equilibrar como a questão da desvalorização da moeda causada pela oferta de crédito. Assim, chegaríamos a uma situação ideal onde teríamos oferta de crédito com oferta de bens e produtos, alto consumo sem inflação - q é o q um país com os altos níveis de demandas básicas e estrutuais como Brasil precisa ter.
Controlar os preços, controlando a oferta de crédito com juros maiores, não ataca a raiz do problema que é a mitigação das altas demandas de tudo, uma vez que reduz o consumo de bens necessários à redução do péssimo nível estutural e de vida do brasileiro, só estaremos trocando baixa qualidade de vida por inflação controlada.
Parabenizo o nobre comunista pela matéria. Mas entendo q o lugar de fala, de alguém que provavelmente ganha $$ com maiores juros influencia na leitura deste processo, que ao meu ver foi fiel no Polo que anlisou, porém parcial.
Por fim, uma outra abordagem q deve ser dada em curtíssimo prazo na questão dos combustíveis é buscar aumentar a oferta do produto com balanços de fluxos de consumo, utilizando-se de medidas mais inteligentes q as puramente monetárias. 20% do diesel do Brasil e 10% da gasolina são utilizados em motores estacionários que poderiam ser facilmente substituídos por motores elétricos nutridos por energia solar, reduzindo a demanda por combustíveis fosseis e injetando esa sobra no sistema aumentando a oferta e baixando o preco onde se nota o maior impacto na cadeia de preços, q é no setor de transportes.
É preciso entender o processo de forma mais holística. No meu entender.