Indo um pouco além do argumento da falta de preços:
1) Dados são informações passadas e apenas isso. Podem auxiliar um investimento, mas não podem fornecer uma inovação, papel esse do empreendedor.
2) Robôs são apenas automações. Não confunda com o que você vê em filmes. Robôs e computadores só fazem aquilo para o que são programados. Com o avanço da programação, poderão executar tarefas complexas que exigem a leitura de inúmeras variáveis, como conduzir 100% o seu carro ou limpar a sua casa, mas jamais serão capazes de criar o que não existe. O papel do empreendedor nunca será substituído.
3) O governo pode fazer o papel empreendedor, mas limitado a poucas mentes, sem incentivos para melhorias e com interesses desconexo do consumidor. A economia de mercado fornece uma sociedade de mentes empreendedoras, com incentivos a melhorias e interesses alinhados ao consumidor.
Por isso, a sociedade de mercado sempre será melhor do que qualquer outra.
De resto, um supercomputador não vai a abolir a escassez, nem as externalidades advindas dela, nem a preferência variável dos consumidores, que inclusive indicam uma sociedade livre de coerção.
É impossível um governo, por mais "onisciente" que seja, ter os burocratas e técnicos que tenham todo o conhecimento da população. Mesmo com supercomputadores e internet, ainda assim o conhecimento estaria disperso e não seria possível ser totalmente absorvido por iluminados do estado.
Curiosidade: isso de supercomputador já foi feito. No Chile de Allende havia um projeto que tentaria implantar exatamente isso: uma economia centralmente planejada por
um computador gigante. E tudo em decorrência da tese de que o problema do socialismo pode ser resolvido com a coleta gigantesca de informações.